“Irão para a cadeia e não haverá anistia”, diz deputado do PT a comandante da Aeronáutica

Jorge Solla condenou a declaração do brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior

“Irão para a cadeia e não haverá anistia”, diz deputado do PT a comandante da Aeronáutica

“Irão para a cadeia e não haverá anistia”, diz deputado do PT a comandante da Aeronáutica

Jorge Solla condenou a declaração do brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior

Por Lucas Rocha

 
FOTO: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
 

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) criticou duramente nesta sexta-feira (9) a entrevista em que o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, faz insinuações sobre um possível golpe militar.

“Ao Comandante da Aeronáutica, não vamos avisar 50 vezes: se vocês tomarem qualquer atitude de intervenção na democracia brasileira, irão para a cadeia. Dessa vez, não haverá anistia. Vocês estão isolados no planeta, ninguém vai chancelar golpismo no Brasil”, tuitou o deputado.

 

 

 

Alerta às instituições

O brigadeiro afirmou que a nota conjunta das Forças Armadas e do Ministério da Defesa com ataques ao presidente da CPI do Genocídio, Omar Aziz (PSD-AM), é um “alerta às instituições” e frisou que “homem armado não ameaça” ao ser indagado sobre a possibilidade de um novo golpe no país.

“Não… Homem armado não ameaça. Não existe isso. Nós não vamos ficar aqui ameaçando. O presidente do Senado (Rodrigo Pacheco) foi bastante feliz na sua colocação. As autoridades precisam entender o que está por trás da autoridade. Nós precisamos entender que o ataque pessoal do senador (Omar Aziz) à instituição militar não é cabível a alguém que deseje ser tratado como Vossa Excelência. Porque nós somos autoridades. O comportamento de cada um de nós, das autoridades, exige ponderação e entendimento do todo. E essa disputa política do país é normal, mas sinto ser em tão baixo nível, em nível muito raso. Sinto que esta disputa deve ter como limite os riscos que ela pode trazer à institucionalidade do país. Essa disputa política não pode ultrapassar os limites da aceitabilidade, que começa pelo respeito às instituições, entre os Poderes. E aí estou falando em tese. Não estou dando recado para ninguém”, disse ao ser colocado diante da tese de ameaça de golpe por oposicionistas do governo Jair Bolsonaro.