Bolsonaro se isola e já teme traições

“Ciro Nogueira e Arthur Lira escondem Bolsonaro em campanhas de aliados”, estampa o título.

Bolsonaro se isola e já teme traições

Bolsonaro se isola e já teme traições

Charge: Hector

Por Altamiro Borges

O jornal Estadão publicou nesta sexta-feira (29) uma reportagem que vai atiçar ainda mais a mania de perseguição do já neurótico “capetão” – que tem insônias constantes, chora no banheiro escondido da "Micheque" e tem uma arminha bem ao lado da cama. Ela indica que as traições estão no forno. “Ciro Nogueira e Arthur Lira escondem Bolsonaro em campanhas de aliados”, estampa o título.

A matéria revela que “diante da vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto no Nordeste, o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (Progressistas-AL), e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas-PI), escondem Jair Bolsonaro das campanhas dos seus principais aliados locais”.

Ninguém quer aparecer ao lado do "capetão" no Piauí 

 

O caso do Piauí é escandaloso. O diretório estadual do Progressistas, controlado pelo oportunista Ciro Nogueira – um dos chefões do fisiológico Centrão –, acionou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para tentar proibir a circulação de imagens de seus candidatos ao lado do impopular e odiado presidente da República. Ninguém quer aparecer ao lado do “capetão”.

Na ação, o partido justifica que Jair Bolsonaro “possui altíssimo índice de rejeição em pesquisas mais recentes” e informa que o material que circula no WhatsApp de seus candidatos ao lado do presidente é “fake news”. O Progressistas afirmou ainda ao TRE que, diante da crescente impopularidade do presidente, eles serão prejudicados se aparecerem ao seu lado.

O candidato antibolsonarista em Alagoas

“Assim como o ministro da Casa Civil, Arthur Lira também esconde o presidente na sua propaganda em Alagoas. Suas publicações o apresentam como ‘Arthur Lira é foda’ e não trazem menção a Jair Bolsonaro. Com R$ 16,5 bilhões de orçamento secreto para distribuir entre seus aliados no Congresso, os marqueteiros de Lira apostam na imagem de um tocador de obras independente e padrinho direto dos recursos para o Estado”, completa o jornal Estadão.

Candidato à reeleição, o presidente da Câmara Federal ainda apoia um antibolsonarista declarado ao governo de Alagoas, o senador licenciado Rodrigo Cunha (União Brasil). Em 1999, o então deputado Jair Bolsonaro votou contra a cassação de um colega que mandou matar a mãe de Cunha e inclusive fez a defesa do mandante do crime político.

O Republicanos do "bispo" Edir Macedo

Ciro Nogueira e Arthur Lira fazem jogo duplo. Em seus Estados, eles escondem o rejeitado presidente. Já no restante do país, os caciques do Centrão bajulam o fascista, sempre em busca de mais cargos e benesses do governo e das milionárias emendas parlamentares do “orçamento secreto”. Já outros “aliados” nem mais disfarçam o isolamento do “capetão”.

Nesta semana, a Folha revelou que “a ausência do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, na convenção que oficializou a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), no domingo (24), incomodou bastante seus aliados no Palácio do Planalto... A irritação com Pereira foi ainda maior por causa de seu histórico de apoio vacilante ao presidente”.

Como relembra o jornal, no início deste ano, Marcos Pereira – que é ligado a Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus – ameaçou não embarcar na coligação de Jair Bolsonaro. “Só foi convencido a permanecer após receber a filiação de nomes de peso, como Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de São Paulo, a ex-ministra Damares Alves e o vice-presidente, Hamilton Mourão”. As concessões do “capetão”, porém, não animaram muito o serviçal do “bispo”.

Para o psicopata fascista que ocupa o Palácio do Planalto até mesmo a visita do presidente nacional do seu partido, o PL, ao ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, é motivo de desconfiança. Nessa quarta-feira (27), Valdemar Costa Neto “se encontrou com o presidente do TSE para tentar aliviar a tensão causada por ataques de Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas... A ideia do encontro foi sinalizar que as falas de Bolsonaro não refletem a posição do partido sobre as eleições”, descreveu a Folha. O “capetão” deve estar se borrando nas calças com medo das possíveis traições!