Trump diz que aceitaria se encontrar com Nicolás Maduro

"Eu pensaria sobre o assunto", disse Trump, acrescentando que "raramente se opôs a encontros"

Trump diz que aceitaria se encontrar com Nicolás Maduro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que consideraria a hipótese de se encontrar com o mandatário da Venezuela, Nicolás Maduro.

A declaração foi dada durante uma entrevista ao site Axios publicada no último domingo (21/06). "Eu pensaria sobre o assunto", disse Trump, acrescentando que "raramente se opôs a encontros".

"É como eu digo, você perde muito pouco com essas reuniões", afirmou o magnata. Os EUA consideram Maduro um ditador e reconhecem o opositor (e autoproclamado presidente) Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, como chefe de Estado legítimo da Venezuela.

Nesta manhã, dada a repercussão da declaração, Trump disse, pelo Twitter, que só discutiria com Maduro “uma saída pacífica do poder” e chamou o governo do presidente venezuelano de “regime opressor”.


Casa Branca
Trump afirmou que consideraria hipótese de uma reunião com Nicolás Maduro
No entanto, quase um ano e meio após a ascensão de Guaidó, o país continua sob controle de Maduro, em uma crise que dividiu a comunidade internacional. Cerca de 60 nações reconhecem a legitimidade do opositor, incluindo EUA, Brasil e quase toda a União Europeia, mas a maior parte dos países, com destaque para China e Rússia, apoia o chavista.

A tensão entre Caracas e Washington se agravou em maio passado, quando a Venezuela prendeu 52 mercenários, incluindo dois militares aposentados do Exército norte-americano. Segundo Caracas, o grupo orquestrava uma invasão sob ordens dos EUA, que negam envolvimento no caso.

De acordo com um livro escrito por John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, e que será lançado nesta terça-feira (23/06), Trump considera Guaidó "fraco" em comparação com Maduro, que seria "forte".


REDAÇÃO OPERA MUNDI
(*) Com Ansa