Relatório de transição aponta paralisação de obras de habitação para baixa renda no país

Relatório de transição aponta paralisação de obras de habitação para baixa renda no país

CRÉDITO: MARIANA LINS/ESP.CB/D.A PRESS.

Relatório de transição aponta paralisação de obras de habitação para baixa renda no país

Publicado em  Ana Maria CamposEixo Capital

Coluna Eixo Capital, por Samanta Sallum (interina)

O Grupo de Trabalho Cidades do Governo de Transição entregou ontem o relatório de diagnóstico da área, depois de levantar informações com o Ministério do Desenvolvimento Regional e com o Tribunal de Contas da União (TCU). A situação é alarmante, segundo o documento. Há previsão de paralisação de obras de habitação de interesse social a partir de fevereiro de 2023 por falta de orçamento no ano que vem.

Sem dinheiro para socorro a desastres
Falta dinheiro também, no momento, para prevenção e socorro às cidades em caso de desastres causados por temporais e deslizamentos, como o ocorrido no Paraná, no início da semana. O documento ainda alerta que o governo Bolsonaro “abandonou” os projetos de saneamento.

“Caos”
“Não há outra palavra para definir a situação que não seja caos. Na próxima, semana vamos entregar um outro relatório que aponte caminhos para alguma solução”, adiantou à coluna Geraldo Magela, um dos coordenadores do GT. Magela é petista de Brasília, ex-deputado e ex-secretário de Habitação do DF.

Petrobras paga valor recorde de impostos

Já o Conselho de Administração da Petrobras aprovou ontem o Plano Estratégico para até 2027, em que ressalta que a empresa está muito bem. No documento, destaca que pagou valor recorde de R$ 222 bilhões em impostos ao governo brasileiro este ano.

Novas plataformas
Os investimentos previstos para o período 2023-2027 são de US$ 78 bilhões — 15% superiores ao plano passado. A companhia alocará ainda cerca de US$ 20 bilhões em afretamentos de novas plataformas.

Lula manda parar venda de refinarias
O presidente eleito Lula vai alterar a composição do Conselho da Petrobras. Das 11 cadeiras, o governo federal tem 6. E assim o Plano Estratégico da companhia será revisto. Lula já pediu freio na venda de refinarias.

Representante do DF
O Distrito Federal tem um representante no atual Conselho, Edison Garcia, que é presidente da CEB Holding.

Cotados
Magda Chambriard, ex-diretora da ANP no governo Dilma, e o senador pelo Rio Grande do Norte Jean Paul Prates (PT), que está no GT de Minas e Energia, são os nomes cotados para assumir a Petrobras.

Na paz e na segurança
Apesar de ter se empenhado na campanha de Bolsonaro, o governador Ibaneis Rocha (MDB) já virou a chavinha e está no módulo “friendly” com o governo eleito de Lula. Colocou-se à disposição do petista no que precisasse do GDF na sua volta como morador de Brasília. Ontem, em clima de descontração, recebeu, no Palácio do Buriti, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e a futura primeira-dama do país, Janja. A reunião foi para tratar da cerimônia de posse presidencial, em 1º de janeiro. “Trabalharemos para que tudo ocorra da melhor forma possível, com segurança e paz”, disse Ibaneis.

Saia-justa por causa da Secretaria de Segurança
A questão é como ficará Anderson Torres, ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF. Falou-se numa volta dele para o governo local. Mas, tradicionalmente, o nome escolhido para o cargo é resultado de entendimento com o governo federal. E os petistas não querem o escudeiro de Bolsonaro na Segurança da capital federal. Integrantes do STF também não. Saia justa para Ibaneis.

Posse do Sindepo e da Adepol
As diretorias do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Distrito Federal (Sindepo/DF) e da Associação dos Delegados de Polícia Civil do DF (Adepol/DF), eleitas para o triênio 2023/2025, tomaram posse, ontem, no auditório da Polícia Civil. A delegada Cláudia Alcântara é a nova presidente do Sindepo/DF. É a primeira mulher a assumir a entidade. Atuou como delegada-adjunta no início da Delegacia da Mulher (Deam), foi subsecretária de Inteligência, secretária de Justiça do DF e também chefe da Assessoria Institucional da PCDF.

Paridade salarial
O delegado Amarildo Fernandes foi reeleito para a Adepol. Participou da mobilização pela paridade salarial da categoria e pelo plano de saúde do Inas, junto ao GDF.

Presenças
Foi prestigiado o evento tanto pelos representantes de direita como pela esquerda. Estiveram presentes Robson Cândido, diretor geral da PCD; a senadora eleita Damares Alves; a distrital eleita e delegada Jane Klébia; Manoel de Andrade, conselheiro do TCDF; a deputada federal Érika Kokay; Wellington Luiz, eleito distrital; Manoel Arruda, presidente do União Brasil DF; e o senador Izalci Lucas, entre outros.