Manchetes dos jornais  de domingo 22/06/2025 

Manchetes dos jornais  de domingo 22/06/2025 

                            

Edição de Chico Bruno                            

 

Manchetes dos jornais  de domingo 22/06/2025           

 

 

CORREIO BRAZILIENSE – Estados Unidos atacam Irã com bombardeiros   

 

O ESTADO DE S. PAULO – Trump entra na guerra e bombardeia instalações nucleares no Irã 

 

     

O GLOBO – EUA atacam centrais nucleares e entram na guerra de Israel contra o Irã   

 

   FOLHA DE S. PAULO – Trump entra na guerra ao lado de Israel e ataca alvos nucleares do Irã 

 

Valor Econômico – Não circula hoje   

 

   Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes do dia 

 

Trump rasga a seda - Donald Trump anunciou pelas redes sociais que os bombardeiros B-2, lançados a partir do Oceano Pacífico e capazes de escapar dos radares, atingiram três instalações nucleares iranianas “com sucesso”. A ofensiva norte-americana ocorreu antes do prazo dado pelo próprio presidente para analisar a participação do país no conflito no Oriente Médio. Após 10 dias de guerra, a tensão aumenta na região. Pouco mais de duas horas depois, em breve pronunciamento na noite deste sábado, Trump defendeu os bombardeios: “Ou haverá paz, ou haverá tragédia para o Irã”, disse. Israelenses afirmam terem matado dois líderes iranianos suspeitos de arquitetarem os ataques a Israel em outubro de 2023. O governo do Irã avisou que a resposta será “devastadora”, com o envio de mais drones às cidades israelenses. 

 

 

 

A estratégia da “mulher de bem” para 2026 - Mesmo inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a afirmar publicamente, ontem, em coletiva, que será o principal nome da direita nas eleições presidenciais de 2026. No entanto, dentro do próprio Partido Liberal crescem articulações em torno do nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como possível substituta, caso Bolsonaro permaneça fora da disputa. O protagonismo de Michelle, porém, divide opiniões no partido e entre especialistas. Por estar bem-posicionada nas pesquisas eleitorais e por atrair o voto feminino, há lideranças, dentro do partido, que testam o seu potencial. Por outro lado, seu nome ainda enfrenta resistência por outras alas do PL, tanto por razões políticas quanto pessoais. Na pesquisa Genial/Quaest divulgada recentemente, Michelle aparece com 39% das intenções de voto em um cenário contra Lula (43%) e Jair Bolsonaro (41%), dentro da margem de erro. Procurados pelo Correio, interlocutores do PL evitam falar abertamente sobre sua possível candidatura. Nos bastidores, porém, a avaliação é de que a presença de figuras, como Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, e Romeu Zema, governador de Minas Gerais, cria um cenário competitivo e pulverizado dentro da direita. Questionado sobre uma possível candidatura de Michelle, Bolsonaro foi direto: “Pergunta para a Michelle. Ela é a primeira que vai falar, a primeira a falar vai ser ela”, disse na coletiva de ontem, após sair do hospital DF Star, em Brasília. 

 

 

 

Bolsonaro está com pneumonia viral - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no hospital DF Star, em Brasília, na manhã de ontem, após passar por uma bateria de exames motivada por um mal-estar sentido durante compromisso na última sex ta-feira, em Goiânia. A avaliação médica confirmou um quadro de pneumonia viral, mas Bolsonaro afirmou que se sente bem e pretende manter a agenda nos próximos dias. Bolsonaro estava na capital goiana para participar da Feira de Agronegócios (Agrovem), quando começou a apresentar sintomas, como calafrios, náuseas e tosse. De volta à capital federal, foi atendido pelo cirurgião Cláudio Birolini, responsável por sua última operação, em abril deste ano. Apesar das recomendações e do diagnóstico de pneumonia viral, Bolsonaro disse estar disposto a seguir com sua agenda política visando à presidência em 2026. Ele planeja compromissos em São Paulo e Belo Horizonte, sempre com o acompanhamento médico. 

 

 

 

A volta de Haddad - A semana em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, volta das férias será crucial para organizar o jogo a fim de tornar mais palatável a medida provisória que substitui o decreto do IOF. Até aqui, porém, não há sinal de que fará o que o Congresso deseja, ou seja, corte de despesas com preservação das emendas. 

 

 

 

Tem que cortar… - A oposição já afirmou que não vai sugerir onde cortar para “não cair na armadilha que o governo” tenta armar, porque se a sugestão atingir programas sociais, o Planalto culpará os oposicionistas pela decisão.  

 

 

 

Mas não aqui - Os opositores avisam de antemão que não aceitam nenhum corte de gastos no setor do agronegócio. Governistas têm especulado nos bastidores se esse seria um caminho, já que, em sua concepção, é o setor mais rico do país, “beneficiado” com isenções e incentivos fiscais. Já do lado do agro, os parlamentares defendem que o governo os “persegue” e quer “atacar” quem mais produz no Brasil. “É sempre o mesmo enredo: quando o governo precisa de recursos, mira no campo, tratando o produtor rural como um caixa eletrônico”, afirma o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), presidente da comissão de agricultura da Câmara.  

 

 

 

E o jabuti das eólicas? - A derrubada do veto das usinas eólicas offshore pegou o setor desprevenido. Os empresários articulavam nos bastidores pela manutenção do veto. Inclusive, uma semana antes da sessão, em jantar na Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), empresas do setor apelaram diversas vezes para que os parlamentares votassem para manter o veto. Empresários alertavam que o “jabuti” da contratação de energias fósseis deixaria a conta mais cara e iria contra o objetivo do Brasil de depender menos de energia não renováveis. 

 

 

 

A volta de Bolsonaro - A contar por sua fala logo após a bateria de exames, o ex-presidente Jair Bolsonaro retoma a agenda ainda esta semana. Quinta-feira, Belo Horizonte. E, daqui a uma semana, em 29 de junho, estará na Avenida Paulista, para o ato “Justiça já”. 

 

 

 

Demonstração de força - A ideia dos bolsonaristas é mostrar força eleitoral em meio ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). A avaliação interna dos aliados do ex-presidente é a de que o cerco está se fechando e que o processo da tentativa de golpe deve ter um desfecho até agosto ou setembro. Até lá, avaliam, é preciso manter os apoiadores mobilizados com as manifestações. 

 

 

 

Palavra do especialista - Advogado tributarista e sócio no Carvalho Borges Araujo Advogados, Guilherme Peloso Araujo afirma que o governo errou ao não unificar todas as medidas referentes ao Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) no projeto de lei enviado ao Congresso Nacional para isentar quem ganha até R$ 5 mil mensais. “Ao separar discussões tão importantes (da isenção para quem ganha até R$ 5 mil), o governo age inadequadamente, uma vez que as alterações deveriam ser tratadas conjuntamente em uma reforma do Imposto de Renda”, analisa Araujo. 

 

 

 

Falta de planejamento - O advogado tributarista acredita ainda que as medidas anunciadas pelo governo, sem aviso prévio, mostram “a sensação de desespero arrecadatório e falta de planejamento”. “Não resta dúvida de que a tributação da pessoa física merece passar por reformas. Contudo, não pode ser realizada por meio de ‘puxadinhos’ inflamados por discursos populistas que rotulem ‘super ricos’ ou ‘moradores de coberturas’”, ressalta Guilherme Peloso Araujo.  

 

 

 

E a guerra, hein? - Com as autoridades do Distrito Federal de volta ao Brasil e em segurança, tem muita gente no governo local avaliando que é preciso pensar duas vezes, daqui para frente, no caso de convites que estejam em desacordo com as recomendações do Itamaraty sobre visitas a países situados em áreas de conflito. Não dá para desprezar alertas diplomáticos. 

 

 

 

O discurso de 2026 - Aos poucos, o PT e o governo montam o discurso que levará às eleições do ano que vem. Já estão certos dois pontos. O primeiro é o uso da medida provisória que substituiu o decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), na avaliação do Planalto, o projeto de “justiça tributária”. A ideia será mostrar que, com as medidas do governo, o país voltou a distribuir renda. O segundo é colar a tarja de antidemocrata na testa de qualquer candidato que o Jair Bolsonaro (PL) patrocine, seja quem for. Esse discurso embalou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, no segundo turno. O plano é repetir a dose. 

 

 

 

Vale lembrar - Quanto mais Bolsonaro, que está inelegível, exigir que seu potencial candidato, seja quem for, garanta-lhe indulto e outras benesses, mais o PT levará a sua campanha pelo viés de defesa da democracia. Se o rótulo de antidemocrata não colar no candidato da direita, Lula terá que fincar os dois pés no discurso da distribuição de renda, da responsabilidade social. A consolidação do discurso de justiça social é vista no governo como o grande capítulo desta temporada pré-eleitoral. Por isso, a ordem, por enquanto, é insistir nas medidas anunciadas. 

 

 

 

Pelo menos, 8 mil desabrigados - Um ano após as enchentes que destruíram praticamente o Rio Grande do Sul, o estado volta a registrar aumento no número de desabrigados pela chuva em meio à falta de recursos do governo gaúcho. O total de desabrigados supera 8 mil, o número de municípios com registros de ocorrências subiu, ontem, para 107 e três mortos foram registrados, conforme dados da Defesa Civil divulgados ontem.  

 

 

 

Cidade de SP acolheu quase 5.000 imigrantes em abrigos este ano - A cidade de São Paulo acolheu 4.810 imigrantes oriundos de 90 países entre janeiro e maio deste ano, segundo dados da gestão Ricardo Nunes (MDB). Destes, 2.555, ou 53%, são de Angola. Os dados foram compilados pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, que encaminhou os imigrantes para centros de acolhimentos do município. Depois dos angolanos, a cidade recebeu 570 venezuelanos, 255 marroquinos, 250 bolivianos, 216 congoleses, 132 afegãos, 131 colombianos, 59 haitianos, 58 argentinos, 51 paraguaios, 48 peruanos, 47 tunisianos e 46 sul-africanos. Na sequência a lista reúne imigrantes de Chile (26), Cuba (25), Portugal (23) e Guiné (20). Também chama atenção que, entre os acolhidos, há imigrantes de países com altos indicadores de qualidade de vida, como Japão (6), Alemanha (5), Espanha (5), França (5), Inglaterra (2), Polônia (1), Noruega (1), Romênia (1) e Suécia (1). 

 

 

 

Congresso derruba veto do governo - O Congresso Nacional derrubou na última terça-feira (17) um veto do presidente Lula que, segundo os articuladores da medida, dificultava a pesquisa de novas drogas para uso em seres humanos. A derrubada contou com participação do líder do PP na Câmara dos Deputados, Dr Luizinho (RJ), que negociou aval do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O veto havia sido aplicado pelo governo em um projeto da ex-senadora Ana Amélia (PSDB-RS) aprovado em 2024, que dizia, em um dos seus artigos, que empresas farmacêuticas poderiam interromper o fornecimento gratuito de medicamentos experimentais aos que participaram de pesquisas cinco anos depois de serem lançados. A justificativa do governo é que esse limite temporal prejudicaria os cidadãos. "Atualmente, é assegurado a todos os participantes, no final do estudo, por parte do patrocinador, acesso gratuito e por tempo indeterminado a métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos que se demonstraram eficazes", dizia o veto. Para os defensores da derrubada do veto, estabelecer o prazo de cinco anos é importante para manter a viabilidade econômica e a atratividade para empresas e pesquisadores. 

 

 

 

57% apoiam direito à reeleição - Pesquisa Datafolha mostra que a maioria dos brasileiros (57%) é a favor de permitir que presidentes, governadores e prefeitos disputem a reeleição, na contramão da proposta de reforma política que tramita no Senado. Outros 41% são contrários à possibilidade de continuidade no cargo. O levantamento indica, por outro lado, que a maior parte da população (59%) apoia a ampliação de todos os mandatos eletivos de quatro para cinco anos, como prevê o projeto. Nesse caso, 37% são contrários. Os dois pontos são temas centrais da proposta de emenda à Constituição que foi aprovada no mês passado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (PEC 12/2022). Ela pretende acabar com a reeleição no Executivo e unificar a duração dos mandatos e as datas das eleições. 

 

 

 

Benção fiscal - Desde 2023, estados e municípios aprovaram pelo menos 30 projetos em benefício de igrejas, ampliando isenções como ICMS e taxas de lixo. A PEC de Marcelo Crivella visa expandir a imunidade tributária para incluir contribuições como INSS. Essa movimentação reflete a influência crescente das bancadas evangélicas, apesar de alegarem que as isenções são um direito constitucional. Governadores também aderiram, concedendo benefícios diversos. 

 

 

 

‘Situação do país está ruim, a minha nem tanto’ - Pesquisa qualitativa realizada por Eduardo Sincofsky revela a percepção de eleitores sobre o Brasil e o governo Lula. Apesar de alguns reconhecerem melhorias em suas vidas pessoais, muitos veem o país sem rumo e sentem "fadiga" com Lula, considerado inferior aos seus mandatos anteriores. Medidas tributárias propostas pelo governo não geram apoio popular, apesar de alinhadas com a opinião pública sobre justiça tributária. 

 

 

 

Indicado por Bolsonaro - Indicado por Jair Bolsonaro ao STF, o ministro Nunes Marques tem se destacado por uma postura moderada e imprevisível, atuando como contraponto em casos sensíveis e buscando um equilíbrio entre diferentes correntes da Corte. Conhecido por seu perfil garantista, Marques mantém relações próximas com Lula e outros membros do tribunal, o que reflete em suas decisões e alianças, distanciando-se, por vezes, de pautas bolsonaristas. 

 

 

 

Eduardo embaralha jogo em SP - A candidatura de Eduardo Bolsonaro ao Senado por São Paulo está indefinida devido à sua ausência prolongada nos EUA, levantando especulações sobre sua substituição. Jair Bolsonaro apoia a candidatura do filho, mas sua situação jurídica complica o cenário. Enquanto isso, Tarcísio de Freitas considera Guilherme Derrite para a chapa, criando uma disputa interna na direita. Na esquerda, Márcio França surge como opção. 

 

 

 

Plaraforma para esposas - O PL Mulher está se tornando uma plataforma para esposas e parentes de políticos do partido, visando as eleições de 2026. Com Michelle Bolsonaro à frente, a estratégia dá visibilidade a mulheres inexperientes, mas ligadas à política por laços familiares. Exemplos incluem Dana Vidal Costa, esposa do presidente do PL, e Lays Jordy, esposa de um deputado. O objetivo é aumentar a representatividade feminina, embora levante questões sobre a independência política dessas candidatas. 

 

 

 

Primeiro 'ensaio' - A fim de neutralizar o “efeito Ramagem” em uma futura campanha ao governo do Rio, o atual presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar, pretende aproveitar viagens do governador Cláudio Castro (PL) para cumprir uma agenda intensa de visitas a obras e entregas de equipamentos públicos. Uma amostra foi vista na semana passada, a primeira de Bacellar como governador em exercício depois da articulação que tirou de vez o então vice de Castro, Thiago Pampolha (MDB), da linha sucessória. Ele percorreu municípios de diferentes regiões do estado, como Campos dos Goytacazes, São Gonçalo, Teresópolis e Paracambi, acompanhado por uma comitiva de deputados e prefeitos, numa tentativa de consolidar a imagem de “gestor”. 

 

 

 

Como opera o bolsonarismo - Diferente de outros grupos ideológicos no Brasil, o bolsonarismo funciona como um “partido digital”: uma estrutura organizada e descentralizada, que disputa poder político e eleitoral à margem das instituições e legislações formais. A tese consta em uma pesquisa conduzida pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), CCI (Centro para Imaginação Crítica) e DX (Instituto Democracia em Xeque) que analisou a atuação digital do bolsonarismo e de parlamentares do Partido Liberal (PL). O estudo destaca que, embora utilize a estrutura do Partido Liberal (PL), o Partido Digital Bolsonarista (PDB) não se confunde com a legenda e opera como uma entidade paralela, com estratégias próprias e até membros que não estão filiados à sigla presidida por Valdemar Costa Neto. Os pesquisadores analisaram as redes sociais de todos os parlamentares federais do PL, mas com foco em dez deles de dois grupos: parlamentares tradicionais do Centrão (Josimar Maranhãozinho e Antônio Carlos Rodrigues) e os bolsonaristas com forte presença digital (Abilio Brunini, André Fernandes, Bia Kicis, Caroline de Toni, Chris Tonietto, Eduardo Bolsonaro, Gustavo Gayer e Nikolas Ferreira).