Biden aprova estratégia nuclear secreta dos EUA diante da expansão nuclear da China e possível ataque coordenado com Rússia e Coreia do Norte

Biden aprova estratégia nuclear secreta dos EUA diante da expansão nuclear da China e possível ataque coordenado com Rússia e Coreia do Norte
Documento confidencial revela preparação dos EUA para possíveis confrontos nucleares coordenados
por Sérvulo Pimentel
Na última terça-feira, 20 de agosto, o jornal The New York Times revelou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou em março uma nova estratégia nuclear altamente confidencial, com foco na rápida expansão do arsenal nuclear da China. A medida reflete a crescente preocupação de Washington com a possibilidade de um ataque coordenado envolvendo China, Rússia e Coreia do Norte.
Expansão nuclear chinesa
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De acordo com o The New York Times, o plano estratégico de Biden foi motivado pela previsão de que o arsenal nuclear da China poderá atingir 1.000 ogivas até 2030 e 1.500 até 2035, números comparáveis aos dos Estados Unidos e da Rússia. Essa expansão acelerada representa uma importante e grave mudança na balança de poder global, forçando os EUA a revisar sua estratégia de dissuasão nuclear, que até então se concentrava principalmente na Rússia.
O avanço nuclear chinês, segundo o jornal norte-americano, foi mais rápido do que as autoridades americanas previram, com o país investindo em novas instalações de mísseis e aumentando consideravelmente seu arsenal. Esse crescimento expressivo preocupa o governo dos EUA, que vê na China uma ameaça potencialmente tão grande quanto a Rússia.
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Temor de ataque coordenado
Além da preocupação com a China, a nova estratégia de Biden também reflete o temor de que os Estados Unidos possam enfrentar um ataque nuclear coordenado envolvendo China, Rússia e Coreia do Norte. A aproximação crescente entre Moscou e Pequim, bem como a escalada dos programas de mísseis norte-coreanos, são fatores que intensificam esses receios.
O documento altamente confidencial aprovado por Biden em março orienta as forças americanas a se prepararem para possíveis confrontos nucleares com esses três países. Essa preparação inclui a revisão das capacidades militares dos EUA e a adaptação da estratégia de dissuasão para lidar com múltiplas ameaças simultâneas.
Reorientação estratégica
Essa nova orientação marca uma mudança na postura nuclear dos Estados Unidos, que por décadas se concentrou quase exclusivamente na Rússia. Agora, com a ascensão da China como uma potência nuclear e a instabilidade na Coreia do Norte, Washington está ajustando sua estratégia para enfrentar um cenário global mais complexo e imprevisível. Além disso, ainda tem o Irã.
O The New York Times destacou que o novo plano de Biden é um reflexo da realidade geopolítica atual, onde a colaboração entre adversários nucleares, como China e Rússia, representa uma ameaça sem precedentes para a segurança global.
O jornal também ressaltou que a nova estratégia permanece em grande parte secreta, com detalhes ainda não divulgados ao público ou ao Congresso, mas a preparação para esse novo cenário nuclear é evidente e urgente.