“Nosso objetivo é derrotar o bolsonarismo na Câmara”, afirma Orlando
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que “o pior dos mundos seria a Câmara ser anexada ao Planalto” e que o foco da oposição é derrotar o candidato de Bolsonaro na eleição da Mesa da Casa no dia 1º de fevereiro.
“Nosso objetivo é derrotar o bolsonarismo na Câmara”, afirma Orlando
Por Hora do Povo Publicado em 14 de dezembro de 2020
Deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP). Foto: Vinicius Loures - Câmara dos Deputados
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que “o pior dos mundos seria a Câmara ser anexada ao Planalto” e que o foco da oposição é derrotar o candidato de Bolsonaro na eleição da Mesa da Casa no dia 1º de fevereiro.
“É possível derrotar o Bolsonaro – e a oposição vai precisar fazer uma aliança com setores que se diferenciem dela”, disse.
“Há um entendimento na oposição de que não permitiremos a vitória do Bolsonaro. Isso é possível porque no campo conservador há uma diferença. Eles têm a mesma agenda econômica – à qual nos contrapomos –, mas eles têm diferenças políticas. E nós temos de trabalhar essa diferença política, inclusive para tentar frear um pouco a agenda econômica”, analisou o deputado, entrevistado pela revista CartaCapital.
“Se o Bolsonaro anexar a Câmara ao Palácio do Planato, sabe-se lá Deus o que pode acontecer no próximo período”, frisou Orlando.
O deputado disse que não acredita “que o Bolsonaro eleja o presidente da Câmara”, mas declarou “que ele vai lutar muito”. “O Bolsonaro é o símbolo maior da velha política. Não tenho a menor dúvida de que ele usará todos os recursos para tentar anexar a Câmara”, afirmou o parlamentar.
Orlando enfatizou que não acha Bolsonaro com força para eleger o próximo presidente da Câmara, mas advertiu que isso passa pela oposição fazer uma aliança ampla na eleição da Mesa da Câmara.
“Não acredito que, hoje, ele tenha força, desde que nós consigamos construir uma aliança. A esquerda sozinha não tem força para eleger o presidente. Você tem três pedaços da Câmara: o campo da oposição, o campo do Rodrigo Maia e o campo bolsonarista. O nosso objetivo é impedir que o campo bolsonarista seja majoritário”, explicou.
Questionado sobre o fato do PSOL lançar candidato próprio para marcar posição e a oposição discutir o apoio e não um nome para ser lançado, Orlando respondeu que: “Queremos discutir uma agenda para que a Câmara seja independente do Planalto. Não discuto quem marca posição, mas não adianta jogar para a galera, que pode ser uma coisa bonita para ganhar likes na internet. Mas o jogo jogado de verdade tem que ser antibolsonarista”.