Manchetes dos jornais de domingo 20 de outubro de 2024

Manchetes dos jornais de domingo 20 de outubro de 2024

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais de domingo 20 de outubro de 2024

 

 

O ESTADO DE S.PAULO – Nunes liga Boulos a extremismo e é tachado de incompetente; apagão fica em segundo plano

 

O GLOBO – Compra sem licitação vira regra na gestão da saúde no Estado do Rio

 

FOLHA DE S.PAULO – Um terço das ferrovias país é sucata; governo busca retomada 

 

CORREIO BRAZILIENSE – Empreender, uma missão para os fortes

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Troca de farpas - Os candidatos a prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) adotaram estratégias distintas para alcançar o mesmo objetivo no debate realizado pelo Estadão e pela TV Record na noite deste sábado, 19. Em busca de aumentar a rejeição ao adversário, ponto central na segunda etapa da eleição, o prefeito da capital paulista tentou pintar Boulos como radical, enquanto o candidato do PSOL sugeriu que a administração de Nunes é corrupta e ineficiente. A falta de energia elétrica, que dominou o debate da Band no início da semana, também esteve presente, mas sem a predominância anterior. Seguindo o script já conhecido, o candidato do PSOL criticou o prefeito pela falta de poda e manejo das árvores e Nunes responsabilizou o governo federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por não romperem o contrato com a Enel. Ambos defenderam o fim do contrato com a concessionária. Padrinhos políticos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem Boulos fez uma transmissão ao vivo neste sábado, e Jair Bolsonaro (PL), que terá agenda com Nunes na terça-feira, 22, pouco apareceram: o presidente foi citado no caso da Enel e o ex-presidente apenas quando Boulos perguntou a Nunes o que Bolsonaro fez de errado na pandemia de covid-19. 

 

Numa boa - Gestora de 25 UPAs e 26 hospitais e institutos fluminenses, a Fundação de Saúde faz compras emergenciais, com dispensa de licitação, ou sem cobertura contratual uma praxe administrativa. Apenas em 2023, dos 757 contratos assinados 618 (81,6%) foram fechados sem pregão, a um custo de R$ 1,6 bilhão. As contratações estão na mira do Tribunal de Contas do Estado, que vê má gestão, negligência e irregularidades. Um dos fornecedores é o PCS Saleme, investigado na fraude de exames de HIV para transplantes, que recebeu em dois anos R$ 10 milhões.

 

Trilhos abandonados - O governo federal está próximo de dar início à retomada gradual de 11,1 mil quilômetros de trilhos abandonados da malha ferroviária nacional. Hoje, o equivalente a 36% das ferrovias do país virou sucata, e as atuais concessionárias terão de indenizar os cofres públicos para que possam renovar seus contratos com a União. Segundo técnicos do governo, essas indenizações têm capacidade de gerar aproximadamente R$ 20 bilhões, recurso que poderá ser reinvestido no próprio setor ferroviário. Os trilhos abandonados estão nas mãos de três empresas, que assumiram trechos da antiga malha ferroviária federal no fim dos anos 1990. A maior parte do traçado inoperante é controlada pela concessionária Rumo, dona de um total de 4.900 quilômetros de ferrovias paralisadas. O abandono também marca boa parte dos trilhos da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional. São 3.000 quilômetros sem uso. Outros 3.000 inutilizados estão sob a tutela da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela VLI Logística, empresa que tem a Vale como principal sócia. Os detalhes para a retomada dos trechos deverão ser divulgados em breve pela ANTT e pelo Ministério dos Transportes. As concessionárias acompanham cada passo dessa operação, porque são hoje as maiores interessadas em se livrarem desse passivo.

 

Os iluminados - O Brasil está entre os cinco países do mundo com maior número de empreendedores. Mas conduzir uma atividade empresarial demanda sacrifícios e representa desafios diários. Na imensa maioria dos casos, os empreendedores participam diretamente das decisões relativas ao negócio e desempenham funções operacionais. Isso provoca, entre outras consequências, sobrecarga de trabalho e sensação de isolamento. Apesar das dificuldades, ser dono do próprio trabalho é fonte de motivação. “Eu sei que estou semeando dentro de uma terra fértil, e isso tem retorno”, conta Hulda Rode, que abriu uma startup voltada para novos escritores.

 

Suspeito identificado - A Polícia Civil de São Paulo identificou um dos suspeitos do atentado a tiros contra José Aprígio da Silva, prefeito de Taboão da Serra, na Região Metropolitana da capital paulista. Os investigadores buscam um homem de 33 anos, que não teve o nome divulgado. Ele estaria no Nissan March, do qual partiram os disparos, que emparelhou com o Jeep Renegade blindado do candidato a reeleição. O veículo usado no ataque contra José Aprígio foi encontrado queimado horas depois do crime.

 

Deputado expulso do PL - O deputado federal Junior Mano (CE) foi expulso do PL, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro, por apoiar o candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão, no segundo turno. Ele irritou-se com o fato de que o parlamentar participou de um comício ao lado do petista e não tenha feito o mesmo gesto em relação ao candidato André Fernandes (PL). A disputa pela capital cearense é uma das mais acirradas disputas do país. Os dois postulantes têm 43% de intenção de votos, de acordo com a última pesquisa Quaest divulgada na sexta-feira.

 

Alcolumbre na lida - Depois da viagem a Roma, onde acompanhou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao II Fórum Internacional Esfera, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil AP), retoma a campanha para presidir a Casa com o objetivo de tentar sufocar as chances de candidaturas alternativas. Ele que até aqui havia deixado esse trabalho com os presidentes dos partidos, começa a marcar reuniões com as bancadas. A primeira será com o PP, de Ciro Nogueira. Alcolumbre planeja ser candidato único. Para isso, tem que dobrar o PSD, que tem a senadora Eliziane Gama (MA) como pré-candidata; o PL, que também se movimenta em torno do senador Rogério Marinho (RN); e o Podemos, que tem a senadora Soraya Thronicke (MS) na disputa.

 

Novos membros e guerra na pauta - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca hoje para a 16ª Cúpula dos Líderes dos Brics, em Kazan, na Rússia, com dois objetivos em vista: fechar os critérios para a criação da categoria de “países parceiros” do bloco e buscar propostas factíveis para a obtenção da paz no Oriente Médio — além de uma eventual posição conjunta sobre o tema. Em relação ao primeiro assunto, a presidência brasileira do bloco recebeu várias solicitações de adesão de outras nações. Porém, o governo Lula não pretende apadrinhar nenhum país que deseje entrar no Brics. Porém, o ponto alto da cúpula será a discussão das duas frentes de guerra abertas por Israel — ao Sul, na Faixa de Gaza, contra o Hamas, e ao norte, no Líbano, contra o Hezbollah. Lula tem condenado as ações militares autorizadas pelo presidente israelense Benjamin Netanyahu.

 

Pimentel (42%) e Cristina (39%) empatam na disputa de Curitiba - Os candidatos à Prefeitura de Curitiba Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) aparecem tecnicamente empatados na pesquisa Quaest divulgada neste sábado (19). Trata-se da primeira pesquisa feito pelo instituto sobre o segundo turno da campanha. Na pesquisa estimulada, Pimentel está numericamente à frente, com 42% das intenções de voto. Cristina vem em seguida, com 39%. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos. Além disso, 15% disseram que vão votar branco ou nulo ou não votaria. E 4% estão indecisos.

 

Frente mais ampla - O fraco desempenho da esquerda nas disputas municipais acendeu ainda mais o alerta no governo e no PT para uma eleição considerada chave em 2026: a do Senado. O temor é de que a renovação de dois terços da Casa — 54 das 81 cadeiras — leve a um domínio dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deixe a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso ele seja reeleito, acuada. Com isso, parlamentares e dirigentes do partido têm defendido alianças com nomes de centro ou até ligados à direita, desde que não sejam bolsonaristas. Seis dos atuais nove senadores petistas terão o mandato encerrado daqui a dois anos. Por outro lado, no PL do ex-presidente, oito dos 14 parlamentares estão assegurados na Casa até 2030. O núcleo de senadores bolsonaristas, no entanto, é ainda maior, já que contempla nomes de outras legendas, como a ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF), por exemplo. Em 2023, Rogério Marinho (PL-RN) concorreu ao comando da Casa como candidato do ex-presidente e obteve 32 votos. A votação é considerada como base pelo governo para medir o tamanho da oposição. Bolsonaro não esconde a intenção de priorizar a eleição do Senado em 2026. Ele já declarou ter a expectativa de aumentar a bancada do PL para 20 parlamentares. Ter maioria na Casa é visto como estratégico na guerra contra o Supremo Tribunal Federal, uma vez que cabe aos senadores votar pedidos de impeachment contra ministros da Corte.

 

Em Manaus empate técnico - A pesquisa Quaest divulgada neste sábado sobre o segundo turno em Manaus traz o empate técnico entre os candidatos. O atual prefeito David Almeida (Avante) registra 43% das inteções de voto ante 41% do seu adversário, Capitão Alberto Neto (PL). A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Ainda segundo a Quaest, o número de indecisos chega a 4%, e 12% optam pelo voto branco, nulo, ou não vão votar. O resultado é o primeiro divulgado pelo instituto desde o início do segundo turno. O atual prefeito somou 32,16% dos votos, e viu o adversário do partido de Bolsonaro chegar a 24,94%. Além de estar à frente da máquina pública municipal, Almeida concorre com apoio das duas principais lideranças nacionais do Amazonas, os senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD). Os parlamentares são aliados do presidente Lula.