Febraban reafirma manifesto condenando intenções golpistas de Bolsonaro

Entidade dos bancos confirmou em nota, nesta quinta-feira (2), o apoio do setor ao manifesto de industriais, agricultores e banqueiros, intitulado “A Praça é dos Três Poderes”, que teve a sua divulgação adiada pela Fiesp após chantagens do governo

Febraban reafirma manifesto condenando intenções golpistas de Bolsonaro

Febraban reafirma manifesto condenando intenções golpistas de Bolsonaro

 Por   Publicado em 2 de setembro de 2021

 

Praça dos Três Poderes, em Brasília (Foto: reprodução)

Entidade dos bancos confirmou em nota, nesta quinta-feira (2), o apoio do setor ao manifesto de industriais, agricultores e banqueiros, intitulado “A Praça é dos Três Poderes”, que teve a sua divulgação adiada pela Fiesp após chantagens do governo

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nota nesta quinta-feira (2) reafirmando o conteúdo do manifesto que teve o apoio de mais de 300 líderes empresariais dos setores financeiro, industrial e agrícola contra as ameaças de Bolsonaro à democracia. A Febraban informou que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) não consultou as demais entidades que assinaram o manifesto que pede harmonia entre os poderes antes de suspender sua divulgação.

O motivo do adiamento da divulgação do manifesto foi a reação do próprio governo, que chantageou os empresários ameaçando retirar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal dos associados da Febraban. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, sugeriu, inclusive, que os bancos deixassem a entidade se o manifesto fosse divulgado com a assinatura da federação. A entidade de bancos diz em nota que reafirma apoio ao manifesto e que respeita posição do BB e Caixa de “se posicionaram contrariamente à assinatura” do documento.

 

“A Febraban confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa”, diz a nota. A entidade avalia que, “no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da FIESP, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto”.

A reação da Febraban, além da nota divulgada pelo setor do agronegócio defendendo a democracia e, também da divulgação, hoje, quinta-feira (2) de um manifesto assinado por mais de 300 líderes empresariais de Minas Gerais, em oposição à direção da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) que havia manifestado apoio ao governo, mostra que é muito forte o repúdio da sociedade e dos empresários aos intentos golpistas de Jair Bolsonaro.

 

Leia a íntegra da nota da Febraban


A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) reafirma o apoio emprestado ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, cuja adesão se deu, desde o início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) assumiu a coordenação do processo de coleta de assinaturas e se responsabilizou pela publicação, conforme e-mail dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto.

 

A FEBRABAN considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade. A Federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto.

Diante disso, a FEBRABAN avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da FIESP, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto.

A FEBRABAN confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio