Cobaias humanas e a “purificação da raça”.

Após o fim da 2ª Guerra Mundial, os crimes de guerra cometidos pelos Nazistas eram tão insuportáveis que as forças aliadas vitoriosas, que já se preparavam para a “guerra fria”, resolveram impor alguma forma de punição aos responsáveis pela geração daquela máquina de destruição e extermínio do gênero humano.

Cobaias humanas e a “purificação da raça”.

 

 

Cobaias humanas e a “purificação da raça”.

Carlos Russo Jr.

Após o fim da 2ª Guerra Mundial, os crimes de guerra cometidos pelos Nazistas eram tão insuportáveis que as forças aliadas vitoriosas, que já se preparavam para a “guerra fria”, resolveram impor alguma forma de punição aos responsáveis pela geração daquela máquina de destruição e extermínio do gênero humano.

No final, o julgamento por um Tribunal Militar Internacional foi considerado importante para educar o mundo sobre o que havia acontecido. E que servisse de exemplo. Os processos e julgamentos Nuremberg começaram em 20 de novembro de 1945, tendo se estendido até 1949.

117 proeminentes membros da liderança política, militar e econômica da Alemanha Nazista foram julgados.

Neste pôster nos debruçaremos exclusivamente sobre crimes onde estiveram envolvidos profissionais de saúde nazifascistas. Foram médicos e enfermeiros alemães, muitos com alta formação científica, que iniciaram pesquisas em seres humanos submetendo-os a limites impensáveis de dor, mutilação, degeneração e frio assassinato.

Os horrores que abaixo elencamos foram apresentados no julgamento de alguns dos réus aprisionados em Nuremberg. Muitos juízes militares pediram repetidas vezes que os procedimentos fossem interrompidos para se recuperarem dos relatos e de cenas de terror inaudito que ouviam e visualizavam.

Os envolvidos, que haviam sido presos (muitos, como Mengele, haviam conseguido fugir para países da América Latina e México), confirmaram sempre seus experimentos e jamais se disseram deles estarem arrependidos!

Detalhes sobre os experimentos dito “científicos” com cobaias humanas.

De acordo com a acusação, nos Processos de Guerra de Nuremberg, estavam incluídas as seguintes experiências:

1. Experiências com gêmeos.

Experiências com gêmeos em campos de concentração, para mostrar as semelhanças e diferenças na genética e na eugenia de gêmeos, bem como para ver se o corpo humano pode ser manipulado. Dentre as 1500 submetidas, menos de 200 pessoas sobreviveram aos estudos.

2. Experimentos sobre congelamento

Os experimentos com congelamento/hipotermia foram conduzidos para o alto comando nazista. Deveriam simular as condições dos exércitos nazistas na Frente Russa.

Um deles forçou prisioneiros a permanecerem em um tanque de água gelada por até três horas. Em outros, estudos colocaram prisioneiros nus em campo aberto durante várias horas expostos a temperaturas abaixo de zero grau Celsius. Os experimentos de congelamento eram divididos em duas partes. Primeiro para determinar quanto tempo seria necessário para baixar a temperatura corporal até à morte, e, segundo, qual a melhor forma de reanimar a vítima congelada.

3. Experimentos sobre malária.

Foram realizados no campo de Dachau. Detentos saudáveis foram infectados pelo mosquito ou por injeções de extratos de glândulas mucosas das fêmeas de mosquitos infectados.

Depois de contraírem a doença, estas pessoas foram tratadas com várias drogas para testar sua relativa eficiência. Mais de 1.000 pessoas foram utilizadas nesses experimentos, e desses, mais da metade morreu durante os experimentos.

4. Experimentos com gás mostarda.

Em diversos campos foram realizados investigações para o tratamento das feridas causadas por gás mostarda. Pessoas foram deliberadamente expostas a gás mostarda e outros gases, o que causava graves queimaduras químicas. Todas foram assassinadas.

5. Ensaios com sulfas.

Indivíduos foram infectados com bactérias como a Streptococcus e Clostridium tetani. A circulação sanguínea foi interrompida nas suas duas extremidades do ferimento para criar uma condição semelhante a feridas de um campo de batalha. A infecção foi tratada com sulfonamida e outras drogas sob a supervisão da Bayer, para determinar a sua respectiva eficácia. Não houve sobreviventes.

6. Esterilização.

Em torno de março de 1941 e janeiro de 1945, foram conduzidos experimentos sobre esterilização em Auschwitz, Ravensbrück, e outros lugares. O objetivo desses experimentos foi desenvolver um método de esterilização que seria adequado para esterilizar milhões de pessoas com o menor tempo e esforço possíveis. Foram utilizadas cargas de raios-X, cirurgias e diversas drogas.

Mesmo a população ariana não deixou de apresentar milhares de vítimas. O governo nazista esterilizou cerca de 400.000 pessoas, como parte de seu programa de esterilização obrigatório. Especula-se que injeções intravenosas contendo iodo e nitrato de prata tenham sido bem sucedidas em esterilizar, embora tenham provocado sangramento vaginal, dor abdominal grave e câncer do colo uterino.

Mas a radiação era o tratamento favorito para a esterilização.

7. Experimentos com tifo.

Em Buchenwald, uma grande quantidade de prisioneiros saudáveis foi infectada com a bactéria do tifo, para que produzissem anticorpos e de seus soros, vacinas.

Outro prisioneiros s foram usados para determinar a ineficácia/ eficácia de vacinas e um grande número de diferentes produtos químicos.

Centenas de indivíduos morreram.

Experimentos com a febre amarela, a varíola, tifo, paratifo A e B, cólera e difteria, também foram realizados.

8. Envenenamento.

Experimentos foram conduzidos em Buchenwald para investigar o efeito de diferentes venenos. Eles foram administrados secretamente na alimentação de indivíduos. As vítimas morreram em consequência do envenenamento ou foram sacrificadas logo após a administração, para a realização de autópsias.

9. Queimaduras provocadas por bombas incendiárias.

Experimentos foram conduzidos em Buchenwald para testar o efeito de vários preparados farmacêuticos em queimaduras que haviam sido infligidas a prisioneiros com o fósforo de bombas incendiárias.

10. Experimentos de altas altitudes.

Os prisioneiros do campo de concentração de Dachau foram utilizados para simular as condições a altitudes de até 20 km. de altitude. O encarregado, Dr. Sigmund Rascher realizava vissecções no cérebro das vítimas que sobreviviam ao experimento inicial. Rascher foi executado pelos próprios nazistas, acusado de irregularidades financeiras.

 

Profissionais de Saúde julgados em Nuremberg.

1. Médica Herta Oberheuser, condenada á prisão perpétua e prof. Dr. Karl Gebhardt, condenado à morte.

A dupla realizou experimentos com seres humanos no campo de concentração de Ravensbrück (local em que foi assassinada Olga Benário, esposa de Luís Carlos Prestes), sob a supervisão do Dr. Karl Gebhardt.

Uso de sulfas, sob o patrocínio da Bayer Farmacêutica, até o nível de toxidade e paralisia renal.

Pesquisas em 84 presas políticas buscando regeneração de nervos e enxertos ósseos, sem sobreviventes.

Oberheuser ainda matou crianças saudáveis ​​com injeções de óleo e barbitúricos (evitan, da Bayer); em seguida, retirava seus membros e os órgãos vitais para análise. O tempo entre a injeção e a morte era entre três e cinco minutos, com a criança totalmente consciente até o último momento.

Eles executaram também algumas das mais terríveis e dolorosas experiências médica em feridas deliberadamente infligidas. Para simular feridas de combate dos soldados alemães que lutavam na guerra, Herta Oberheuser introduziu objetos estranhos, tais como farpas madeira, pregos enferrujados, lascas de vidro, sujeira, ou a serragem nas feridas.

2. Karl Brandt, comandante médico pessoal de Hitler, condenado à morte.

Coordenou programas de eugenia, abortos em prisioneiras e extermínio de crianças com problemas mentais e deficiência física, visando a “purificação racial”.

Elaborou o plano nacional de eutanásia de judeus em câmara de gás, que culminou em mais de seis milhões de assassinatos. Era Doutor em Neurologia pela Universidade de Berlim.

3. Médico Karl Gebhadt, condenado à morte.

Foi o médico pessoal de Himmler. Coordenou execuções em massa e experiências em seres humanos. Efetuava fraturas e estudava o processo de regeneração, bem como induzia a infecções e tratamentos com sulfas. Sendo ortopedista, efetuou retirada e implante de membros. Após os experimentos, pessoalmente executava as vítimas.

4. Médico Joachim Mrugowsky, condenado à morte.

Médico "higienista" coordenou experiências em seres humanos e elaborou métodos rápidos para extermínio em massa com gases tóxicos.

5. Médico Joseph Menguele, fugitivo, veio a falecer placidamente no Brasil.

O "Anjo da Morte" de Auschwitz talvez tenha sido o pior de todos os monstros nazi fascistas em suas experiências. Doutor em Medicina e Antropologia.

Efetuou injeções em crianças para mudança de cor dos olhos.

Realizou amputações, esterilizações e estudos com hipotermia em água congelante.

Experiências com mais de 1500 gêmeos.

Realizou dissecações em seres vivos e sem sedação, incluindo separação de gêmeos siameses.

Tinha também o hábito de supervisionar a retirada de ouro dos dentes das vítimas para o "esforço de guerra".

6. Enfermeiras Vera Salvequart e Elizabeth Marschall, condenadas à morte.

Enfermeiras que coordenavam o envio de grupos de prisioneiros para as câmaras de gás, definiam quais os “internos”, mulheres e criança,s que iriam para "gaseamento", em diferentes campos de extermínio.

Preenchiam atestados de óbitos e coordenavam o recolhimento de dentes de ouro dos mortos para o "esforço de guerra".

 

Ainda hoje, passados 75 anos, sentimo-nos chocados com estes métodos e atrocidades.

Mas a paranoia nazi fascista não se importa com a vida humana. Por isso temos sempre que dizer bem alto:

VIDAS IMPORTAM, ONTEM, HOJE E SEMPRE!