1º de Maio: centrais e partidos repudiam carestia, desemprego e o “Mito” no DF

Centrais sindicais e partidos de oposição se reuniram para protestar contra o presidente da República e a política econômica do Planalto

1º de Maio: centrais e partidos repudiam carestia, desemprego e o “Mito” no DF

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1º de Maio: centrais e partidos repudiam carestia, desemprego e o “Mito” no DF

 Por   Publicado em 1 de maio de 2022

Concentração foi na Asa Norte, no Distrito Federal. Foto: Reprodução - TV Globo

Centrais sindicais e partidos de oposição se reuniram para protestar contra o presidente da República e a política econômica do Planalto

A manifestação contra o governo de Bolsonaro (PL) foi realizada em Brasília (DF), na manhã deste domingo (1º). O ato ocorreu no Eixão Norte, via expressa localizada a 6 quilômetros do Congresso Nacional, onde estavam concentrados apoiadores de Bolsonaro.

Também houve ato a favor do presidente da República na Esplanada dos Ministérios, com a participação do chefe do Executivo. O ato foi esvaziado.

No ato do Primeiro de Maio, seis centrais sindicais e sete partidos — PSB, PCdoB, PSol, PV, PCB, PSTU e UP —, se reuniram para protestar contra a carestia, o desemprego e pedir a saída de Bolsonaro e para protestar contra o governo Ibaneis Rocha (DF).

PAUTA ECONÔMICA

No ato, centrais e partidos apresentaram como pauta o fim da inflação, mais empregos e renda e a revogação de normas, como o teto de gastos públicos e a Reforma Trabalhista, que precarizou profundamente as relações de Trabalho.

Estava na pauta também a defesa do fortalecimento da democracia, que o bolsonarismo, sob a liderança de Bolsonaro ataca constantemente, e dos direitos sociais e pela valorização do salário mínimo, aposentadoria digna e de servidores.

De acordo com o movimento, o aumento do preço dos combustíveis, do gás de cozinha e das tarifas de água, energia e do transporte público piorou a condição de vida dos brasileiros.

Foi citado, ainda, que a alta dos preços dos alimentos e a taxa de desemprego têm transformado o cotidiano das pessoas em luta incansável contra a fome e pela sobrevivência.

PAUTA DAS CENTRAIS SINDICAIS

O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil), Flauzino Antunes, destacou que o ato no Dia do Trabalhador simboliza a necessidade de reflexão sobre a “luta diária em relação ao capital, aos direitos, aos empregos, à democracia e à vida”.

“Coisas óbvias que a gente tem que ressaltar para que o povo brasileiro se atente contra o governo do genocida que está no Palácio do Planalto, porque ele negou a ciência, negou a doença [covid-19], negou os direitos trabalhistas e os empregos, e quer acabar com a democracia. Precisamos ser a voz da resistência contra o genocida do Bolsonaro”, declarou.

 

“Há falta de investimento na educação e na ciência. Os servidores não estão sendo valorizados, [Bolsonaro] acabou com a reforma agrária, acabou com os empregos, e ainda fala que a culpa é nossa. É absurdo o que o Bolsonaro faz com os trabalhadores”, acrescentou Antunes.

‘LUTAR POR UM PAÍS NOVO’

O presidente do PCdoB no Distrito Federal, João Vicente Goulart, destacou que o Brasil precisa se libertar desse governo que impõe o regime antipopular, relembrando a ditadura que teve início em 1964 e amplamente defendida por Bolsonaro.

“Nós temos perdido muitos daqueles direitos que tínhamos anteriormente à Reforma Trabalhista. Temos que ter muita esperteza, tirar o Bolsonaro, que está fazendo novamente a filosofia militar para dentro de nossa pátria. A filosofia dos canhões, das armas, da tortura e da morte. Vamos lutar por um País novo”, frisou João Vicente.

‘DIA DE LUTA’

“O 1º de maio é uma data marcante para a classe trabalhadora. É, historicamente, um dia de luta, mobilização e unidade”, destacou o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

E acrescentou: “Nesse sentido, é muito importante que as entidades sindicais, que são o instrumento de luta dos trabalhadores, realizem atividades para se aproximarem das suas bases”.

Entidades sindicais vinculadas à CUT realizaram atividades, na sexta-feira (30) e neste domingo. O Sindicato dos Bancários celebrou a data com dois shows gratuitos.

O Sindicato dos Comerciários (Sintramacom-DF) também preparou evento para a categoria. Tiveram shows da banda Forró Diretoria e do cantor Cardoso Chagas, além de café da manhã, almoço com churrasco e sorteio de brindes aos filiados. Evento foi no Sesc de Taguatinga, das 8h às 17h.

O Sinpro-DF (Sindicato dos Professores) organizou a 7ª Corrida do Sindicato dos Professores, realizada no sábado (30). Após dois anos suspensa por conta da pandemia da covid-19.