MPF pede análise de risco de segurança de jornalistas que atuam no Alvorada
Afirmou que o governo precisa agir. Apoiadores hostilizam profissionais. Segurança sacou arma, diz jornalista
MPF pede análise de risco de segurança de jornalistas que atuam no Alvorada
Afirmou que o governo precisa agir
Apoiadores hostilizam profissionais
Segurança sacou arma, diz jornalista
O MPF (Ministério Público Federal) enviou à Justiça Federal um documento em que aponta que existem riscos aos jornalistas que cobrem o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na portaria do Palácio da Alvorada, onde o mandatário mora com a família. Bolsonaro tem o hábito de, ao sair ou entrar, parar para falar com apoiadores e dar entrevista a jornalistas que estão no local.
A informação foi publicada pelo portal UOL, nesta 2ª feira (3.mai.2021), que afirmou que o parecer pede a tomada de providências, a partir de uma análise técnica da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia.
A Procuradoria defende que “seja determinada a adoção de medidas administrativas aptas a resguardar a integridade dos jornalistas e profissionais de imprensa que realizam a cobertura diária do Presidente da República [Jair Bolsonaro] na porta do Palácio da Alvorada”.
Segundo a reportagem, o Ministério Público afirmou à juíza da 1ª Vara Federal de Brasília Solange Salgado que o governo precisa agir para garantir a proteção dos profissionais de comunicação e a liberdade de imprensa.
O Poder360 aguarda retorno sobre o parecer do MPF, bem como do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança do presidente da República.
COMO FUNCIONA
Apoiadores do presidente ficam lado a lado com os jornalistas, apenas com uma grade entre os 2 grupos. A proximidade têm resultado em agressões aos profissionais de imprensa.
No domingo (2.mai.2021), apoiadores xingaram os jornalistas que acompanhavam a agenda de Bolsonaro. Minutos depois, um dos seguranças do local agiu de forma truculenta com equipes de reportagem, segundo o relato de uma das jornalistas presente.
A repórter Carla Bridi, da CNN Brasil, que presenciou a situação, compartilhou uma publicação no Twitter. Segundo ela, um dos funcionários da guarda do Palácio chegou a sacar uma arma para ameaçar ela e a equipe do canal de notícias.
Em nota, o GSI informou que os agentes que acompanhavam Bolsonaro cumpriram os protocolos para esse tipo de evento. Segundo o órgão, os jornalistas que cobrem o presidente no Palácio da Alvorada conhecem esses ritos.