O poder do Centrão no governo Bolsonaro: quase R$ 150 bilhões
Fora as emendas, importantes cargos públicos tiveram o comando de nomes do Centrão, responsável por administrar bilhões
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O poder do Centrão no governo Bolsonaro: quase R$ 150 bilhões
Fora as emendas, importantes cargos públicos tiveram o comando de nomes do Centrão, responsável por administrar bilhões
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Jornal GGN – O governo Bolsonaro foi um governo do Centrão. É o que mostram diretamente as verbas destinadas pelo mandatário, dos cofres públicos, ao grupo de partidos conhecidos pela barganha política no Congresso.
Levantamento feito pelo Globo calculou que R$ 901 milhões do chamado “orçamento secreto” foram destinados aos três principais partidos do Centrão: PP, PL e Republicanos.
Além disso, são esses mesmos partidos que tiveram a maior quantidade de nomeações em postos-chave da administração público. Isso significa não somente o comando de Ministérios, como de órgãos federais de importância que, juntos, mobilizam quase R$ 150 bilhões da máquina pública.
Segundo O Globo, esses cargos-chave foram responsáveis pelo controle e condução de R$ 149,6 bilhões. Isso é mais do que o total destinado, na data de hoje (24), pela sanção do Orçamento por Bolsonaro, a dois Ministérios inteiros: o da Defesa e o da Educação.
O Ministério da Saúde, um dos que mais necessitará recursos públicos para o combate à pandemia, pelo terceiro ano consecutivo, quase recebeu o mesmo que estes órgãos comandados pelo Centrão: R$ 160 bilhões.
Além disso, a Casa Civil ganhou recentemente uma importância ainda maior nas decisões do governo. Além de ser estratégica na articulação política do Planalto com os deputados e senadores e também junto aos Ministérios, ela recebeu a palavra final na gestão do Orçamento.
O ministro da Casa Civil é Ciro Nogueira, senador do PP. O partido, inclusive, teve com o parlamentar outros 16 indicados dentro da pasta. O Republicanos recebeu, segundo o jornal, outros 8 nomeações estratégicas do governo, como a Presidência do Banco do Nordeste (BNB), entregue a Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido que Bolsonaro se filiou.
Importante área de garantias de direitos sociais, o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) também foi entregue ao Centrão no governo Bolsonaro. É presidido por um dos braços-direitos de Ciro Nogueira, Marcelo Lopes da Ponte. No FNDE, foi nomeado Garigham Amarante Pinto – ligado a Valdemar – como um dos diretores.
Ainda, o gabinete do senador Alessandro Vieira (Cidadania-RE) e dos deputados Filipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PSB-SP) investigaram que 16 outros órgãos comandados por pessoas do Centrão tiveram o controle de R$ 1,1 bilhão de gastos públicos no ano passado.