Lula sobre redução do salário mínimo: 'Irresponsabilidade do Guedes'

Lula sobre redução do salário mínimo: 'Irresponsabilidade do Guedes'

Lula sobre redução do salário mínimo: 'Irresponsabilidade do Guedes'

Por: Taísa Medeiros - Correio Braziliense

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 (Foto: Reprodução/Facebook/Janones)  
Foto: Reprodução/Facebook/Janones

Ao lado do deputado federal André Janones (Avante-MG), membro da campanha lulista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teceu críticas ao ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Guedes. A live aconteceu na noite desta sexta-feira (21). A pauta central da transmissão foi a redução do salário mínimo.

 

“Quero dizer para vocês que é irresponsabilidade do ministro Guedes falar uma coisa dessas. Eles acham que os aposentados, pensionistas, pessoas que recebem o BPC são um fardo para o país. Na verdade vocês estão recebendo o que já pagaram para esse país”, disse o ex-presidente.

 

Paulo Guedes, confirmou, nesta quinta-feira (20), que o governo pretende desvincular o reajuste do salário mínimo, que é a base para a correção das aposentadorias, à inflação do ano anterior, mas negou congelamento ou correção menor do que os índices de preços.

 

Crescimento do PIB

 

Lula criticou, ainda, que Bolsonaro fala do crescimento da economia, o qual, segundo o petista, não é sentido pela população. “Não basta o PIB crescer se não é distribuído. A gente vê no jornal que o PIB cresceu, mas cresceu pra quem?”, questionou. “Vocês têm direito ao aumento real à medida que a economia cresce, o salário mínimo também vai crescer”.

 

O ex-presidente citou dados dos aumentos do salário durante seus governos. “A lei de não permitir redução foi no meu período de governo com o aumento de salário mínimo de 74%. A gente dava a inflação, que era a correção, e depois dava o aumento real”, frisou.

 

Janones é a figura mais polêmica da campanha petista. Recentemente, sob a alegação de que Janones ajuda a "disseminar fake news" contra o presidente Jair Bolsonaro, partidos da base do governo pedem a cassação do deputado. O primeiro foi o PP, representado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

 

Segundo Nogueira justificou no Conselho de Ética da Câmara, o parlamentar age com "irresponsabilidade" e "inconsequência". Na quarta-feira (19/10), o PL de Bolsonaro também aderiu ao movimento. Na ação, o deputado é acusado de "prática incompatível com o exercício do mandato parlamentar".