Dia do trabalhador: conheça origem do feriado de 1° de maio

Dia do trabalhador: conheça origem do feriado de 1° de maio

Dia do trabalhador: conheça origem do feriado de 1° de maio

Data tem reconhecimento internacional e retoma história de opressão vivida pela classe operária durante revolução industrial

 

Carteira de trabalho e previdência social
Carteira de trabalho e previdência social. Crédito: Fernando Madeira

Você sabia que o Dia do Trabalhador surgiu de uma greve operária, nos Estados Unidos da América (EUA), em 1886, durante a revolução industrial, com objetivo de conseguir melhores condições de trabalho? O movimento sindical, segundo a história, começou isolado em Chicago/EUA, mas ganhou força rapidamente, levando milhões de pessoas a protestarem nas ruas, por melhores condições de trabalho. Quem nos conta detalhes nesta edição especial do "Que História é Essa?", é o historiador Rafael Simões.

Dia do trabalhador, que história é essa?

Falar um pouco sobre as condições de trabalho e de vida dos trabalhadores desde o início da Revolução Industrial: longas jornadas, condições insalubres, castigos físicos etc, e das lutas que se desenvolvem nesse período inicial. Estamos falando de fins do século XVIII e início do século XIX.

Revolta dos trabalhadores nos Estados Unidos, contra a longas jornadas e baixos salários, começa de forma pacífica, na cidade de Chicago, no dia 1º de maio de 1886. Com a repressão policial as manifestações se tornam violentas.

Em junho daquele ano, um desconhecido lança uma bomba durante uma manifestação na Praça Haymarket, em Chicago, matando 15 pessoas.

A polícia prendeu manifestantes e seis deles foram condenados a morte, um se suicidou antes da execução.

Em 1891, dez trabalhadores foram mortos em Paris nas comemorações de 1º de maio. Isso reforçou o simbolismo da data.

A partir dessa e outras manifestações pelo mundo, a data foi crescentemente reconhecida pelos países. A França em 1919, o Brasil em 1924.

Leis trabalhistas no Brasil:

Antes da CLT, assuntos dos nossos comentaristas Alberto Nemer e Cassio Moro, na Coluna Retrabalho, tivemos apenas algumas poucas legislações sobre trabalho infantil, trabalho feminino e acidentes de trabalho, com quase nenhuma fiscalização.

A partir de 1934 começaram a ser editadas leis dos direitos trabalhistas: como salário mínimo, jornada de trabalho como conhecemos hoje, de 8 horas diárias, férias e liberdade sindical. Em 1943 foram unificadas na CLT. Só valiam, no entanto, para os trabalhadores urbanos.

Só em 1963, durante o governo do presidente João Goulart, é promulgado o Estatuto do Trabalhador Rural que estende a eles os direitos da CLT.

Só em 2013, durante o governo da presidente Dilma, foi garantida a igualdade de direitos trabalhistas dos/as trabalhadores/as urbanos/as e rurais para as/os trabalhadoras/trabalhadores domésticos em nosso país.