Manchetes dos jornais de domingo 08-10-2023

Manchetes dos jornais de domingo 08-10-2023

 

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais de domingo 08-10-2023

 

Valor Econômico – Não circula aos sábados, domingos e feriados

 

FOLHA DE S.PAULO – Maior ataque em 50 anos faz Israel abrir guerra ao Hamas

 

O GLOBO – Israel sofre maior ataque em 50 anos

 

CORREIO BRAZILIENSE – Horror sem precedente leva Israel à guerra

 

O ESTADO DE S.PAULO – Israel é atacada por terra, mar e ar; Netanyahu declara guerra a radicais islâmicos 

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Nova guerra - Em um ataque-surpresa maciço por terra, mar e ar sem precedentes nas últimas décadas, Israel sofreu neste sábado, desde as primeiras horas da manhã, uma ofensiva coordenada em larga escala com uma chuva de mais de 2.500 foguetes e invasão por centenas de combatentes palestinos que deixou o país em choque com ao menos 250 mortos e 1.590 mil feridos, levando as autoridades a declararem estado de guerra e emergência nacional, com a convocação de reservistas. Em resposta, o o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, instou os palestinos a saírem de Gaza e prometeu "reduzir os esconderijos do Hamas a ruínas". A onda de ataques, batizada pelos palestinos de “Operação Dilúvio de al-Aqsa”, começou nas primeiras horas da manhã e levou o terror a dezenas de cidades e localidades no sul e no centro de Israel — incluindo Jerusalém e Tel Aviv — atingidas pelos foguetes ou invadidas por combatentes que abriram fogo contra prédios das forças de segurança, atiraram em carros nas estradas e capturaram dezenas de civis e militares como reféns — fontes falam em 57 pessoas.   Militantes invadiram ao menos 22 cidades. Em resposta, Israel desencadeou a “Operação Espadas de Ferro”, lançando bombardeios pesados em Gaza e “deixando ao menos 200 mortos e mais de 1.600 feridos, segundo fontes palestinas. O ataque do Hamas foi criticado por Lula. Nas redes sociais, o presidente escreveu que “o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito".

[8/10 07:48] Celso Tesoureiro Ppl Sp: RESUMO DE DOMINGO, 08/10/2023 - 2ª parte

 

O ataque terrorista do grupo Hamas a Israel e o contra-ataque do país à Palestina deixou ao menos um brasileiro ferido. As informações foram apresentadas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) ao Correio no meio da tarde deste sábado (7/10). Ainda segundo o Itamaraty, este brasileiro já está recebendo assistência da embaixada. O ministério também apontou que dois brasileiros estariam em uma festa no kibbutz de Khibert Mador, a 150m da fronteira com a Faixa de Gaza, alvo de ataques, mas ainda não houve contato com eles. Em outro comunicado à imprensa neste sábado, o MRE afirmou que monitora a situação com a Embaixada do Brasil em Tel Aviv, em Israel, e do Escritório de Representação em Ramalá, na Palestina. São estimados 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil brasileiros na Palestina, a grande maioria fora da área afetada pelos ataques.

 

Saúde exonera diretor responsável por show com dança erótica - O Ministério da Saúde exonerou neste sábado (7/10) o Diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da pasta. Segundo nota publicada pelo ministério, o diretor "assumiu integralmente a responsabilidade pelo episódio inadmissível" de um evento com um show erótico no 1º Encontro de Mobilização para a Promoção da Saúde no Brasil. Segundo o jornal Estadão, o nome do diretor é Andrey Lemos. 

 

"O atual governo só sabe mentir, roubar e destruir" - A presidente do PL Mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, disse ontem (7) no encontro do partido em Belo Horizonte, que "o atual governo só sabe mentir, roubar e destruir". Michelle também alfinetou a atual primeira-dama Janja Lula da Silva. Segundo ela, "a atual só tem vocação para turistar e para aumentar seu álbum de fotos". Michelle participa de um encontro de mulheres, no Expominas. No local, gritos de "Lula ladrão",  da militância bolsonarista. Hoje, a ex-primeira-dama participa da marcha contra o aborto, que vai se concentrar a partir das 7h da manhã, na Praça da Liberdade. A passeata está marcada para sair às 9h em direção à Savassi. O ato foi convocado por parlamentares bolsonaristas em resposta a possibilidade da legalização do aborto até 12 semanas de gravidez ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Michelle também descreveu o estágio da gravidez até às doze semanas e afirmou que a Justiça quer "matar essas crianças".

 

Protejam o governo - Os ministros palacianos estão em sintonia e agindo em conjunto no sentido de reverter os tropeços da equipe de Lula em vários temas, inclusive na pauta de costumes. Partiu deles a ordem para a demissão dos responsáveis pelo fiasco da apresentação cultural no Ministério da Saúde e a ideia da reunião dos ministros políticos para cobrar uma “blitz” no Congresso. A ordem é evitar que a oposição angarie discurso contra o Poder Executivo. A avaliação é a de que, numa sociedade conservadora como a brasileira, não dá para provocar polêmica, nem deixar passar a ideia de que há um liberou geral em relação aos costumes nos projetos governamentais. O momento é de cuidar da redução das desigualdades, do meio ambiente e da economia e se manter atento para não dar margem a críticas que possam refletir na sociedade.

 

Hora dos recados - Não é de hoje que senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) conversam sobre a preservação das prerrogativas dos Poderes, mas sem conclusão sobre o que deveria ser feito. Foi diante da ausência de um consenso, que veio a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a toque de caixa, da proposta que limita as decisões monocráticas dentro da Suprema Corte na semana passada. E, a partir daí, a conversa se acelerou, mas ainda não há um projeto consensual em relação às propostas que tramitam no Legislativo. Aliás, o que o Supremo deseja é a autorregulação, que os parlamentares rechaçam. Em tempo: na hora em que o projeto for a plenário, a maioria dos líderes  aposta que será aprovado. Existe, hoje, um sentimento na Casa de que é preciso fazer com que o STF entenda que legislar é função do parlamento, onde o ritmo nem sempre é o das decisões monocráticas. Aliás, a aprovação em 42 segundos, conforme revelam os próprios senadores em conversas reservadas, foi uma forma de dizer ao STF que, quando o Senado quer, ele também sabe decidir rapidamente.

 

Justo agora - O Brasil já assume o Conselho de Segurança da ONU com o desafio enorme de mediar os conflitos, não só na Europa quanto no Oriente Médio. A reunião de emergência convocada para este fim de semana em que o Hamas atacou Israel foi apenas o começo. “Neste momento, precisamos reforçar a necessidade de diálogo e da construção de um caminho de negociação pela paz, não apenas neste caso, mas nas demais guerras deflagradas no mundo”, disse o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), ao se referir aos ataques do Hamas a Israel e prestar solidariedade ao povo israelense.

 

Leilão de Lira no interior de Alagoas reúne ministros de Lula e Bolsonaro - Enquanto acontece o 2º Leilão Nelore Lira, na fazenda Santa Maria, localizada no município de São Sebastião (AL), a 127 km de distância da capital Maceió, os comércios se fecham.O sábado (7) é dia de feira, mas às 12h já há poucas pessoas na rua e as barracas se desfazem na cidade de cerca de 32 mil habitantes onde fica a propriedade do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Segundo Lira relata em discurso no evento, vêm pecuaristas de Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraíba, Bahia, Tocantins e "de todos os lugares do Brasil". Entre eles estão o ministro do Esporte, André Fufuca, e o senador Ciro Nogueira, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, todos correligionários de Lira no PP e anunciados ao microfone. "Muita genética, muito produto de qualidade, touros avaliados, touros testados, um grande grau de excelência", afirma Lira em trecho do material de divulgação. A Folha tentou acesso ao evento, mas não passou do primeiro portão. Segundo uma cerimonialista, apesar do convite público, aquele evento possuía uma lista de nomes e somente autorizados poderiam entrar. A assessoria de imprensa do deputado afirmou o mesmo. Pelas redes sociais, o evento mostrou grande estrutura, com bebidas alcoólicas, bufê e churrasco de fogo de chão, além de um largo espaço com mesas e cadeiras cobertas por uma tenda para os convidados. A festa de encerramento ficou a cargo da cantora Bizay, chamada por Lira de "nova Marília Mendonça". Ao encerrar o evento, que durou cerca de quatro horas, o presidente da Câmara disse que integra o agronegócio "com o coração". Dos 297 animais à venda, 293 (46 machos, 15 fêmeas e 232 bezerros) pertenciam à Lira Agropecuária, de propriedade do presidente da Câmara. O governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB), adquiriu duas vacas com valores totais de R$ 150 mil. Ele tem negócios no ramo agropecuário. Também adquiriram gado os deputados Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) e Vicentinho Júnior (PP-TO). Arthur Lira arrecadou cerca de R$ 4 milhões com as vendas —a depender da forma de pagamento dos arrematantes. A receita de R$ 195 mil com uma vaca foi doada para uma entidade que atende mães de crianças com microcefalia. O patrimônio total da Lira Agropecuária com gado é desconhecido. O rebanho do deputado não apareceu nas declarações de bens que ele apresentou à Justiça Eleitoral nos últimos pleitos.

 

Governo quer lançar app para prevenir roubo de celular - O Ministério da Justiça e Segurança Pública quer lançar até o final de outubro um aplicativo e um site onde o usuário poderá cadastrar previamente seu celular para que, em caso de furto ou roubo, pessoas de confiança consigam bloquear o aparelho. Desta forma, seria possível evitar que o assaltante acesse aplicativos bancários e pessoais, minimizando os danos provocados ao dono do celular, afirma o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. A iniciativa é uma parceria com Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e Anatel (agência nacional de telecomunicações). Cappelli diz também que estão ocorrendo conversas com Google e Meta para permitir o bloqueio do sistema operacional Android, no primeiro caso, e de redes sociais, no segundo. O dono do aparelho deverá cadastrar o celular no aplicativo ou no site, em uma autenticação via ambiente Gov.br, do governo. "Lá, o usuário cadastra duas pessoas de confiança que seriam acionadas em caso de roubo ou furto. A pessoa autorizada vai poder entrar e bloquear o aparelho", diz Cappelli. Assim, seria possível acelerar essa etapa, em vez de o usuário precisar ligar para bancos e a operadora de celular para reportar o furto. Na avaliação do secretário, a medida pode reduzir bruscamente o roubo de celulares no país sem confronto ou violência. "Você desestimula o roubo. O ladrão não vai ter acesso nem aos apps e o aparelho vai valer R$ 10. Se o Google entrar, vai apagar o sistema operacional Android. Aí vira um pedaço de metal."

 

Para bolsonaristas acusam relator acelerar processos - Aliados de Jair Bolsonaro (PL) veem um esforço do relator das ações contra ele no TSE, Benedito Gonçalves, de liberar rapidamente o maior número de processos até novembro, quando deixará a corte. As ações questionam lives feitas por Bolsonaro durante a campanha do ano passado e um ato no Palácio do Planalto em que recebeu apoio de cantores sertanejos e governadores. Uma delas, a AIJE 0600828-69, foi liberada antes que houvesse encerramento de instrução e alegações finais da defesa. Ao todo, Bolsonaro é alvo de 17 ações no TSE, sob acusação de que cometeu abuso de poder político ao usar estruturas da Presidência em atos que eram de campanha. Bolsonaro já perdeu os direitos políticos em um julgamento anterior, por ter promovido reunião com embaixadores em que lançou dúvidas sobre as urnas eletrônicas.

 

Cemitério de estádios - Quando o Boa Esporte fez as malas e se instalou em Varginha (MG) para disputar a Série B em 2011, o município de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, reagiu com um plano audacioso: erguer em dois anos um estádio para 18 mil torcedores, o equivalente para um quinto da população local e trazer o clube de volta. Doze anos depois, a equipe não voltou e a obra, que consumiu R$ 8,5 milhões do governo federal, está em ruínas e longe de terminar. Não é um caso isolado. Levantamento do GLOBO identificou que, das 629 cidades que firmaram convênios com o Ministério do Esporte para construção de arenas ou campos de futebol desde 1995, ano de criação da pasta, há indícios de atraso ou simplesmente abandono das obras em 203 deles — quase um terço. Os contratos com problemas totalizam, até o momento, R$ 112 milhões. Agora sob a gestão do ministro André Fufuca (PP), empossado em setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para acomodar o Centrão no governo, o esporte segue com planos de aplicar recursos na construção de estádios. Conforme revelou O GLOBO há um mês, o ministério reservou R$ 10 milhões para construir arenas no Maranhão, reduto de Fufuca. O pico de contratos assinados para esse fim ocorreu no segundo mandato de Lula e no primeiro de Dilma Rousseff, entre 2007 e 2014, período em que o país se preparava para a Copa do Mundo. Titular da pasta de 2006 a 2011, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) justificou os recursos pela necessidade de adequação da infraestrutura esportiva no Brasil, inclusive para fins educacionais. - Toda obra abandonada gera desperdício de dinheiro, mas os órgãos de controle responsabilizam quem causa o dano — afirma Silva.

 

Tempestade perfeita - A onda de violência dos últimos dias aumentou a pressão por uma antiga promessa de campanha de Lula (e que também fazia parte do seu plano de governo): a recriação do Ministério da Segurança Pública. No final de 2022, ao anunciar Flávio Dino, Lula deixou claro que ainda mantinha a ideia de separar as duas pastas, mas que queria primeiro “consertar” o funcionamento do Ministério da Justiça. Agora a divisão de pastas encontrou a tempestade perfeita. E voltou a ser fortemente defendida por membros do próprio PT como uma resposta imediata para sinalizar à população que o governo está preocupado com o combate ao crime. Entre os que vocalizam a necessidade de desmembramento das duas áreas está o deputado Jilmar Tatto (PT-SP).

 

Um laranja no banco dos réus - Antônio Amâncio Alves Mandarrari é o nome do “Laranja” que teria sido criado pelo grupo de Jair Renan Bolsonaro para abrir contas bancárias e administrar empresas, conforme revelou a Polícia Civil do DF na operação contra o “Zero Quatro” há um mês. , mesmo fictício, o sujeito em questão tornou-se, desde 2021, réu em duas ações judiciais em São Paulo e Alagoas, ambas por infrações ao Direito do Consumidor. As ações foram contra o curso online “Lançamento Milionário”, que promete ensinar os incautos a lucrar com apostas esportivas na internet. O projeto é pilotado desde a Paraíba por um influenciador que se identifica como Antonio Mandarrari, mas na verdade se chama Antônio Amâncio do Nascimento Neto. Ele apoiou Jair Bolsonaro nas últimas eleições e recentemente negou publicamente que esteja envolvido com as listas do clã.

 

Viagens de Lula ao exterior custaram R$ 45 milhões - Com uma agenda intensa de visitas a outros países desde que assumiu o terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gastou pelo menos R$ 45 milhões em viagens internacionais desde o início do ano. Dados obtidos pelo GLOBO por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que os custos vão além da hospedagem e das diárias pagas às comitivas que o acompanharam nos trajetos, mas também incluem despesas extras, não previstas inicialmente, que totalizaram R$ 16,6 milhões, o que representa 35 % do valor. Há despesas, por exemplo, com aluguel de sala de apoio (cerca de R$ 3,2 milhões), veículos (R$ 12 milhões), contratação de intérpretes (cerca de R$ 875 mil) e outras despesas variadas, como material de escritório, contratação de café e água e até guirlanda (R$ 628 mil), além de contratação de coffee break. Até agora, Lula visitou 21 países. A viagem mais cara foi para a China, com gasto total de R$ 6,7 milhões. Durante seus três dias lá em abril, Lula participou da posse da ex-presidente Dilma Rousseff como chefe do Banco do Brics e manteve uma série de reuniões, inclusive com o presidente Xi Jinping, o chefe da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang. 

 

Eleição em Salvador vira mais um confronto Wagner x Rui Costa - Antes das eleições municipais de 2024, desentendimentos entre o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do PT no Senado, Jaques Wagner, alimentam uma disputa de aliados pela cidade de Salvador. Com sinais favoráveis ​​do senador, o vice-governador Geraldo Junior (MDB) tenta se firmar como candidato de consenso da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na capital. O principal concorrente no bloco governista é o deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), cujo partido é liderado por um aliado próximo de Costa. Segundo interlocutores ouvidos pelo GLOBO, Wagner e Costa mantêm um conflito velado para definir a estratégia do PT em Salvador,

 

onde o atual prefeito Bruno Reis (Sindicato) deverá concorrer à reeleição. Reis é aliado do ex-prefeito ACM Neto, derrotado por Jerônimo nas eleições de 2022. Embora esteja no quinto mandato consecutivo na gestão estadual, o PT nunca governou a capital baiana. Costa foi alvo de críticas no PT por ter apoiado a candidatura da major da Polícia Militar Denice em 2020, que não conseguiu se firmar como quadro petista. Este ano, ele tentou repetir a dose e articulou a filiação ao PT de um aliado, José Trindade, atual presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), autarquia do governo da Bahia. Rejeitado no partido e com problemas de saúde, Trindade retirou o nome da disputa, e Costa submergiu da costura petista. Paralelamente, o ministro procurou o ex-deputado Ronaldo Carletto, que assumiu este ano a presidência do estado do Avante. Carletto apresentou a pré-candidatura de Isidório, num movimento que outros membros da base petista afirmam reservadamente ter as impressões digitais de Costa. Isidório concorreu duas vezes à capital, em 2016 e 2020, reclamando da falta de apoio de Costa nas duas ocasiões. Embora aliados da liderança petista não prevejam uma adesão explícita do ministro à campanha de Isidório, conhecido como personagem folclórico da política baiana, a avaliação nos bastidores é que o ministro tenta colocar o Avante como "player" estadual. Costa está cotado para concorrer ao Senado em 2026, mas tem caminho congestionado no PT, onde Wagner pode buscar a reeleição. Jaques Wagner, por sua vez, declarou publicamente apoio à pré-candidatura do deputado estadual Robinson Almeida (PT) à Prefeitura. Para os aliados, porém, o apoio foi uma forma de fechar as portas do partido à filiação de Trindade, o preferido de Rui. Há duas semanas, Wagner levou o vice-governador Geraldo Junior a um comício do PT em Salvador e ambos posaram para fotos com Robinson, em uma placa de composição com o nome do MDB. O ex-ministro Geddel Vieira Lima e a cúpula emedebista articulam, contando com a hipótese de recuo da candidatura de Almeida, que o PT indique o vice na chapa de Geraldo. A preferida do partido é a atual secretária estadual de Assistência Social e Desenvolvimento, Fabya Reis. Se não lançar candidato na capital baiana, o PT repetirá as eleições de 2016.