Esta é a agenda de Marco Rubio em sua viagem a cinco países da América Latina

Esta é a agenda de Marco Rubio em sua viagem a cinco países da América Latina
Durante sua turnê de 1º a 6 de fevereiro, ele se concentrará no fortalecimento da cooperação em migração, crime organizado e economia, ao mesmo tempo em que aborda a influência da China na região
PorCatalina Díaz

Rubio é conhecido por sua postura pesada contra Cuba. (REUTERS/Elizabeth Frantz)
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, viajará ao Panamá, El Salvador, Costa Rica, Guatemala e República Dominicana de 1º a 6 de fevereiro como parte de uma viagem destinada a fortalecer a política externa "América Primeiro" do presidente Donald Trump, disse o Departamento de Estado em um comunicado.
Durante sua visita, Rubio se reunirá com altos funcionários e líderes empresariais para promover a cooperação regional em questões-chave para Washington. Entre suas prioridades estarão o controle da migração ilegal, a luta contra o crime organizado transnacional e o narcotráfico, o debate sobre a influência da China na região e o fortalecimento dos laços econômicos para promover o desenvolvimento do hemisfério.
A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, enfatizou que essas reuniões buscam fortalecer o trabalho conjunto entre os Estados Unidos e seus aliados na América Latina para enfrentar desafios estratégicos e consolidar alianças econômicas.
Marco Rubio, o primeiro latino a se tornar chefe da diplomacia dos EUA
Marco Rubio é o primeiro hispânico a liderar a diplomacia dos EUA. O homem de 53 anos é filho de imigrantes cubanos e um político com uma forte postura em política externa. Ele defendeu uma linha dura contra a China e o Irã e promoveu sanções contra Cuba, Nicarágua e Venezuela. Sua confirmação no Senado foi rápida, graças ao seu bom relacionamento com os legisladores republicanos e à sua imagem de político institucionalista.
O senador republicano Marco Rubio assumiu nesta segunda-feira o cargo de secretário de Estado no novo governo do presidente Donald Trump, tornando-se o primeiro hispânico a liderar a diplomacia dos Estados Unidos, segundo a EFE.
Rubio, 53, é filho de imigrantes cubanos e um político com uma forte postura em política externa. Ele defendeu uma linha dura contra a China e o Irã e promoveu sanções contra Cuba, Nicarágua e Venezuela. Sua confirmação no Senado foi rápida, graças ao seu bom relacionamento com os legisladores republicanos e à sua imagem de político institucionalista.
Prioridades da política externa
La gira se llevará a cabo el próximo mes de febrero. (REUTERS/Nathan Howard)
Rubio tem sido um crítico constante dos governos de esquerda na América Latina e apoiou a pressão máxima sobre Venezuela, Cuba e Nicarágua. Em sua audiência de confirmação, ele afirmou que apoiaria a redesignação de Cuba como um Estado patrocinador do terrorismo, uma medida que o governo de Joe Biden revogou antes de deixar o cargo. Ele também questionou a presença da Chevron na Venezuela, sugerindo a possibilidade de revogar sua licença para operar no país.
Quanto à Ucrânia, Rubio condenou a invasão da Rússia em 2022, mas em abril votou contra o envio de mais armamento para Kiev, dizendo que o orçamento não incluía fundos para reforçar a segurança nas fronteiras dos EUA. Em sua audiência, ele pediu concessões da Rússia e da Ucrânia para alcançar a paz e considerou que "não é realista" exigir um retorno às fronteiras pré-invasão.
Relacionamento com Trump e ascensão política
Rubio ganhou reconhecimento nacional em 2016 ao competir nas primárias republicanas contra Trump, que o apelidou de "Pequeno Marco". Apesar da rivalidade inicial, o senador se alinhou com Trump depois de desistir da disputa, consolidando uma relação que o levou a ser considerado um possível candidato a vice-presidente, embora a posição tenha ido para J.D. Vance.
A nomeação de Rubio como chefe da diplomacia dos EUA é interpretada como um gesto para os eleitores hispânicos, um grupo-chave no avanço eleitoral de Trump em 2024. No entanto, alguns assessores do presidente veem com suspeita seu perfil como um "falcão" na política externa, o que pode colidir com a visão isolacionista do governo.
Rubio, formado em direito pela Universidade de Miami, é casado com Jeanette Dousdebes, de ascendência colombiana, com quem tem quatro filhos.