Em livro de memórias, Emílio Odebrecht relata tortura psicológica de Moro e blitz da Lava Jato nas celas para forçar delações
Em livro de memórias, Emílio Odebrecht relata tortura psicológica de Moro e blitz da Lava Jato nas celas para forçar delações
Em 'Uma guerra contra o Brasil', Emílio também atribui o "apagão" econômico do País à operação Lava Jato
Emílio Odebrecht (Foto: Reprodução)
Em livro de memórias, Emílio Odebrecht relata tortura psicológica de Moro e blitz da Lava Jato nas celas para forçar delações ·
247 - No livro de memórias 'Uma guerra contra o Brasil, como a Lava Jato agrediu a soberania nacional, enfraqueceu a indústria pesada brasileira e tentou destruir o grupo Odebrecht', o empresário Emílio Odebrecht relata os abusos praticados pela operação Lava Jato, como violações de direitos humanos para forçar delações e fabricar provas contra adversários políticos.
Ele conta que a força-tarefa incentivava blitz nas celas dos executivos da construtora Odebrecht na Polícia Federal em Curitiba, durante a madrugada, para humilhar, forçar depoimentos e manter o fluxo de operações.
O ex-juiz Sergio Moro, que liderava a operação, foi declarado suspeito pelo STF, enquanto seu comparsa, o ex-procurador Deltan Dallagnol, foi condenado a indenizar o presidente Lula por seu PowerPoint mentiroso.
A operação Lava Jato, lamenta Emílio, levou ao "apagão" econômico que o País atravessa desde então.
No livro, Emílio conta ainda como Moro promovia "tortura psicológica" e assinava sentenças em minutos para casos de milhares de páginas.
Emílio também é franco ao tratar de erros cometidos pela gestão da Odebrecht.
“O que existiu foi um sistema de geração de recursos não contabilizados, o popular ‘caixa 2′”, escreveu. “Não sejamos hipócritas: desde a invenção do capitalismo , é comum empresa média ou grande manter pelo menos 1% de seu faturamento alocado. Não é certo, mas assim é, e serve para atender contingências inesperadas".
Ele relatou que o "caixa 2" era usado para pagamentos em espécie a fornecedores, especialmente em zonas de conflito e não convencionais, como resgate de sequestros em países de alto risco (foram 11 em três décadas). As contribuições para campanhas políticas também saíam desse caixa.
“Em algum momento serviu para ‘compra’ de finalidades, quando absolutamente inevitável? É provável que sim, mas o encaminhamento de todos os inquéritos relacionados ao tal ‘departamento de propinas’ para a Justiça eleitoral é a comprovação definitiva de que os ilícitos penais que a força-tarefa anunciou ter descoberto simplesmente não existiram”, disse. (Com informações de O Estado de S. Paulo).