Temer propõe “pacto de paz” e anistia a Jair Bolsonaro, pós governo
Temer propõe “pacto de paz” e anistia a Jair Bolsonaro, pós governo
Temer propõe pacto de paz verificando o "o que é anistiável e o que não é" para "as pessoas respirarem aliviadas"
Patricia Faermann[email protected]
Michel Temer, que assumiu o poder com a derrubada de Dilma Rousseff em 2016, disse que “o ideial” é o próximo presidente eleito “fazer um grande pacto nacional”, como o do fim da ditadura da Espanha, prevendo anistias à Jair Bolsonaro.
“O ideal seria fazer um grande pacto nacional, como aconteceu na Espanha. E quem for eleito chama a oposição, os 27 governadores eleitos, os chefes de poderes e organizações da sociedade civil para trabalhar até a posse. Quero ver quem se oporia a isso. As pessoas respirariam aliviadas. Isso seria o ideal”, opinou.
A solução de Temer para “as pessoas respirarem aliviadas” foi em referência a Jair Bolsonaro e o “quem for eleito” a Lula. As declarações foram feitas em debate de O Globo e do Valor Ecômico, nesta terça (20).
Ver “o que é anistiável e o que não é”
Posteriormente, ao voltar a falar nesse “pacto”, em pergunta sobre se o Brasil corria o risco de se tornar um país que não pune crimes cometidos por seus governantes, Temer disse que não saberia o que seria “anistiável” ou não de Jair Bolsonaro.
“Quando falo nesse pacto de pacificação, estou imaginando que seria verificado, se houver anistia, o que é anistiável e o que não é. Mas seria um gesto de harmonia no país.”
E, em seguida, fez possível referência à Lei da Anistia, da própria ditadura do Brasil, amplamente criticada pelos defensores dos direitos humanos e comunidade internacional por ter perdoado crimes da ditadura brasileira. O Pacto de Moncloa de 1977 da Espanha inspirou a Lei da Anistia no Brasil.
“A Constituição é pautada pela paz”, disse Michel Temer.