Primeira vez que será feita uma reforma tributária na democracia, diz Lula

Primeira vez que será feita uma reforma tributária na democracia, diz Lula

Primeira vez que será feita uma reforma tributária na democracia, diz Lula

O presidente Lula disse ainda, nesta quinta-feira (6/7), que a reforma não é o que ele ou integrantes da equipe econômica queriam, mas frisou a importância de negociar com o Congresso

INÍCIOPOLÍTICA

VC

Victor Correia

 (crédito: Wagner Lopes/Casa Civil)

(crédito: Wagner Lopes/Casa Civil)

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (6/7) que caso a reforma tributária seja aprovada no Congresso Nacional, ela será a primeira em um regime democrático. Segundo ele, apesar de a proposta não ser "a que ele quer", o governo teve que lidar com a correlação de forças do Parlamento e negociar o desenho da proposta.

"Vocês têm que lembrar que, se for votada a reforma tributária hoje, é a primeira vez na história da democracia que a gente faz uma reforma tributária em um regime democrático, porque a última que nós tivemos foi no regime militar", declarou o presidente durante participação na reunião de relançamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). A reforma deve ser votada hoje na Câmara dos Deputados.

"Nós estamos fazendo em um regime democrático, negociando com todo mundo, e ela vai ser aprovada. Não é o que cada um de vocês deseja, que o [Fernando] Haddad deseja, o que eu desejo, mas tudo bem", acrescentou Lula. O presidente enfatizou que os deputados federais, "bem ou mal", foram escolhidos pela sociedade brasileira e merece tanto respeito quanto ele e Alckmin. "Ao invés de chorar o que a gente não tem, temos que conversar o que a gente tem", pontuou.

Três anos e meio pela frente

O encontro reuniu representantes de ministérios, como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDCI), Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, além de representantes da indústria e dos trabalhadores. O CNDI é responsável por sugerir políticas industriais ao governo federal e é composto por 21 membros do governo, sendo 20 ministérios e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e 21 integrantes do setor produtivo, entidades científica e dos trabalhadores. 

Lula lembrou ainda, em seu discurso, que seu mandato tem agora três anos e meio pela frente, e que o espírito de negociação seguirá até o final. Ele instou ainda os seus ministros a fazerem o mesmo.

"E isso vai acontecer nesses próximos quatro anos. Cada ministro que está aqui sabe, é preciso parar de reclamar. É preciso parar de lamentar e discutir como fazer o que vamos fazer. A única coisa impossível é Deus pecar, o resto a gente pode tudo", frisou Lula.