Por risco de gafe e impulsos, Bolsonaro não deve ir a debate presidencial

Se Bolsonaro não participar, há pouco riscos de queda de eleitores. Se participar, há muito, avalia sua própria campanha

Por risco de gafe e impulsos, Bolsonaro não deve ir a debate presidencial

Por risco de gafe e impulsos, Bolsonaro não deve ir a debate presidencial

Se Bolsonaro não participar, há pouco riscos de queda de eleitores. Se participar, há muito, avalia sua própria campanha

Patricia Faermann[email protected]

 

Jair Bolsonaro com cara de desespero
Foto: Agência Brasil

Jair Bolsonaro não deve ir ao debate presidencial deste domingo (28), por um pool de veículos. A campanha do mandatário que tenta a reeleição considerou que a possibilidade de gafes, o uso de palavras ofensivas e grosseiras e impulsos de agressividade podem prejudicar seus resultados eleitorais.

O desempenho nas pesquisas eleitorais já dividia parte de sua equipe de campanha, entre os que denfediam a participação de Jair Bolsonaro no debate e aqueles que não. E venceu a ala que constatou que o risco da exposição era pior do que melhor.

Ausência em 2018

 

A primeira vez que um presidenciável não participa de um debate televisionado durante as prévias eleitorais ocorreu com o próprio atual presidente, em sua campanha de 2018.

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À época, Bolsonaro participou somente de 1 debate durante o primeiro turno e decidiu não participar de nenhuma sabatina mais entre candidatos. Havia sofrido o atentado da facada e usou a sua recuperação de argumento para se ausentar, apesar de os médicos atestarem que ele, sim, já poderia comparecer aos debates. Bolsonaro não deixou de fazer campanhas nas ruas.

Sem desculpas

 

Sem mais um subterfúgio, havia um suspense e dúvidas se Jair Bolsonaro participaria da prática democrática, de apresentar ideias e rebater adversários políticos, este ano. E decidiu que não.

A informação de integrantes da cúpula da campanha foi passada à coluna de Malu Gaspar, no Globo. Já o colunista Ricardo Noblat aposta que Bolsonaro poderá ir ao debate de domingo para “dar o troco” sobre o bom desempenho de Lula no Jornal Nacional.

Mônica Bergamo, da Folha, indica que a dúvida ainda está presente, apesar de predominar o entendimento de que as consequências da ausência são menores do que a efetiva presença de Bolsonaro.

A campanha analisa que há pouco risco de queda nas intenções de voto de Jair Bolsonaro pela não participação no debate. Enquanto que se comparecer e ter um comportamento descontrolado, os riscos são grandes.

E Lula?

 

Lula estava confirmado para participar do debate. Entretanto, a ausência de Jair Bolsonaro pode provocar uma mudança, uma vez que, sem Bolsonaro, o confronto ficaria entre todos os candidatos contra somente Lula, inclusive por parte do presidenciável Ciro Gomes (PDT).

Lula ir ao debate sem o seu principal adversário seria desgastar sua imagem sem afetar a imagem de Jair Bolsonaro.

O debate será comandado pela TV Bandeirante, mas contará com a participação da TV Cultural, do Uol e da Folha de S.Paulo.