Notícias de de domingo, 21 de agosto de 2022 

Notícias de de domingo, 21 de agosto de 2022 

Notícias de de domingo, 21 de agosto de 2022 

 

Edição de Chico Bruno  

Manchetes 

 

Valor Econômico – Não circula hoje

 

O ESTADO DE S.PAULO – Pastores com 50 milhões de seguidores dão palanque a Bolsonaro nas redes sociais

 

FOLHA DE S.PAULO – 32% dizem ter sido vítimas de agressão sexual antes dos 18 

 

O GLOBO – 'A história não vai perdoar os que não defendem a democracia'

 

CORREIO BRAZILIENSE – Quatro programas para turbinar a economia

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Política & religião - Pastores com 50 milhões de seguidores no Instagram, Facebook e Twitter dão palanque virtual a Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Líderes religiosos falam em "guerra contra mal" e convocam para os atos de 7 de setembro. Em reação, campanha de Lula cria perfis nas redes sociais direcionadas a evangélicos. 

 

Agressão sexual - Um em cada três brasileiros diz ter sido vítima de agressão sexual física ou verbal na infância ou na adolescência, de acordo com levantamento inédito do Datafolha, encomendado pelo Instituto Liberta. A pesquisa nacional mostra que 32% dos entrevistados admitiram que sofreram agressões de ordem sexual quando menores de 18 anos. Entre as situações de abuso, 20% afirmam ter sido vítimas de adultos que mostraram o órgão genital e 16% de pessoas que tocaram ou acariciaram suas partes íntimas. Outros 15% dizem que receberam propostas de "recompensa" por ato sexual, enquanto 12% declaram ter visto um adulto se masturbar à sua frente e 14% admitem serem vítimas de violência sexual. "Se fizermos uma projeção dos dados do Datafolha, cerca de 68 milhões de brasileiros e brasileiras sofreram algum tipo de violência sexual antes dos 18 anos", diz Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta. O Datafolha ouviu 2.086 pessoas, com 16 anos ou mais, em 130 cidades brasileiras entre 7 e 13 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Luciana ressalta que a pesquisa corrobora dados oficiais, que também apontam crianças como grupo mais vulnerável a esse tipo de violência. "De todos os registros policiais de 2021, 61,3% foram de estupros contra menores de 13 anos de idade", explica Luciana, com base no último relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

 

Fux - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, conta que viveu o "momento mais delicado" de sua gestão em 7 de setembro de 2021. Em entrevista ao GLOBO, ele relembra que, naquele dia, teve ede encarar ameaças do presidente Jair Bolsonaro e de manifestantes que planejavaminvadir o prédio da Corte. Quase um ano depois e prestes a deixar o comando do Supremo, em 12 de setembro, o magistrado de carreira reconhece que, embora os ataques ao Judiciário continuem, o cenário na Praça dos Três Poderes é outro diante do apoio da sociedade ao processo eleitoral. "A história não vai perdoar aqueles que não defendem a democracia", ressalta Fux.   

 

Turbina economia - Propostas dos presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas — Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) — têm como principais temas o combate à pobreza, que atinge mais de 30 milhões de brasileiros, e a aprovação de uma reforma tributária ampla logo nos seis primeiros meses de mandato. Ao Correio, economistas responsáveis pelos projetos dos candidatos ao Planalto defendem a viabilidade das medidas, mas especialistas enfatizam que as sugestões são superficiais e não apontam as fontes de recursos para os gastos.

 

Empresas mostram que há vida profissional depois dos 50 - Em um país em que 26% da população tem acima de 50 anos, as oportunidades de emprego para essa faixa etária ainda são restritas. Em muitas empresas, a participação desse grupo não ultrapassa os 10% do time, conforme estudo da plataforma de realocação Maturi e da EY Brasil. De olho nesse descompasso e na escassez de mão de obra especializada, companhias como PepsiCo, Delloite, Credicard, Banco Neon e Kimberly Clark estão desenvolvendo programas para aumentar a diversidade etária de suas equipes. Com o aumento da idade de aposentadoria (62 anos para mulheres e 65 anos para homens) e uma expectativa de vida cada vez maior, as pessoas vão precisar ficar mais tempo no mercado de trabalho. Intitulada “Por que pessoas 50+ não são consideradas como força de trabalho em um país que envelhece?”, a pesquisa mostra que 57% dos trabalhadores terão mais de 45 anos em 2040. Para absorver esse contingente de mão de obra sênior, as empresas terão de criar políticas consistentes para reduzir barreiras à entrada e manutenção desse profissionais no mercado. Hoje há uma dificuldade crescente para a geração madura se inserir no mercado de trabalho exatamente por causa do etarismo e dos avanços tecnológicos.

 

Governo de SP barra obra de R$ 300 milhões do Butantan - O Governo de São Paulo vetou plano do Butantan de gastar mais de R$ 300 milhões na construção de prédio de estacionamento para funcionários e em reformas no centro administrativo. A concorrência para as obras já tinha sido aberta pela entidade, que recuou após o Palácio dos Bandeirantes ter sido pego de surpresa e avaliado que os projetos não estavam no topo da lista de prioridades. A gestão de Dimas Covas no instituto, que produziu a vacina contra a Covid-19, tem sido criticada por falta de interlocução com o governo. A ausência de diálogo se dá, especialmente, com a Secretaria de Ciência, comandada por David Uip. O entendimento no governo é o de que o Butantan deveria alinhar suas ações com as prioridades definidas pela pasta e pela gestão estadual como um todo, o que não tem acontecido. O Instituto Butantan é um órgão público do Governo de SP, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde. Em nota, a Fundação Butantan, entidade de apoio ao instituto e que tem caráter privado, afirma que possui autonomia para realizar as concorrências, mas acrescenta que seguiu a recomendação de interrupção de análise de documentos das concorrências e está à disposição do governo para esclarecimentos.

 

Servidores da Anvisa veem nova estratégia de negacionistas da vacina - Servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmam que as ameaças sofridas em razão da vacinação infantil contra a Covid-19 cessaram, mas que os negacionistas apenas mudaram de estratégia. Quando a agência analisou e liberou o imunizante para crianças a partir de cinco anos, em fevereiro, os servidores relataram pelo menos 458 ameaças, que foram registradas na PF (Polícia Federal) e no STF (Supremo Tribunal Federal). Agora que a agência está avaliando a vacinação contra coronavírus em bebês a partir de seis meses de idade, não houve tentativas de intimidação. A redução nos ataques coincide com a mudança do discurso de Bolsonaro (PL) que, aconselhado pelo núcleo político de seu governo, abandonou a negação da vacina, já que o comportamento era visto como um dos motivos para a rejeição no eleitorado feminino. Agora, os antivacina adotaram nova estratégia para desestimular a imunização infantil, relatam servidores. Passaram a analisar as notas técnicas da Anvisa, que ficam disponíveis no seu site, para encontrar registros de eventos adversos. Com os documentos em mãos e a informação fora de contexto, tentam convencer nas redes sociais que os imunizantes não são seguros.

 

Sabatina de indicados ao STJ deve ser em 19 de outubro - O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizou a integrantes do Judiciário que pretende marcar a sabatina dos indicados ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para 19 de outubro. A sessão deve acontecer, portanto, após o primeiro turno das eleições, quando os parlamentares candidatos a um novo mandato já terão encerrado suas campanhas. O próprio Alcolumbre é candidato à reeleição. O senador chegou a afirmar a interlocutores que não teria pressa para pautar a análise dos nomes, para aguardar o resultado das eleições. Quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) o ex-AGU (advogado Geral da União) André Mendonça, o parlamentar o fez esperar quatro meses para ser aprovado. Dessa vez, prevaleceu a avaliação de que o desgaste seria muito maior, tendo em vista que os nomes são selecionados a partir de uma lista feita pelos 33 ministros do STJ. Além disso, ambos são todos oriundos da Justiça Federal, uma categoria com maior poder de mobilização do que a advocacia pública. Bolsonaro nomeou os juízes federais de segunda instância Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues para o STJ em 1º de agosto.

 

Equipe econômica só vê espaço para auxílio de R$ 600 com reforma tributária - Embora a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 a partir de 2023 conste como compromisso prioritário no programa de governo de Jair Bolsonaro (PL), a equipe econômica só vê espaço para que isso ocorra com uma reforma tributária. Na avaliação de integrantes da pasta chefiada pelo ministro Paulo Guedes, a única alternativa seria aprovar a mexida nos impostos após as eleições de outubro. Os recursos para o auxílio viriam da tributação de lucros e dividendos. A aprovação de medidas dessa magnitude entre as eleições e o início de um novo mandato não é comum, devido à desmobilização dos parlamentares que não se reelegem. Além disso, a reforma tributária encontrou diversos obstáculos ao longo de todo o governo Bolsonaro. Ainda assim, integrantes da equipe econômica, de forma otimista, avaliam que a pressão pela manutenção do benefício turbinado pode ajudar a destravar a tramitação da proposta no Congresso Nacional.

 

Bolsonaro no JN será primeiro teste crucial da campanha - Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) veem a sabatina do Jornal Nacional no próximo dia 22 como o primeiro teste crucial da campanha à reeleição. Pela relevância do programa e pelo potencial de audiência, seus auxiliares apostam na presença do presidente como um marco para alavancar seu crescimento nas pesquisas. Há expectativa, inclusive, de alcançar a maior audiência da história do JN. Bolsonaro foi orientado, mais uma vez, a manter o discurso na cartilha defendida por seus conselheiros mais pragmáticos: melhora na economia, o Auxílio Brasil de R$ 600 e acenos ao eleitorado jovem e às mulheres, nos quais sua rejeição é maior. Se houver espaço, ele também pretende se comparar com os governos petistas e insistir na pauta de costumes, para fidelizar o eleitorado conservador. Com dificuldade em reduzir a rejeição do chefe do Executivo, a campanha vai intensificar os esforços para aumentar a do concorrente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), associando-o a casos de corrupção e a religiões de matriz africana. O presidente, no entanto, não aceitou participar de um treinamento de mídia porque, segundo um ministro palaciano, não aceita ser moldado. Ele vai seguindo o seu "feeling".

 

Bolsonaro diz que respeitará resultado das urnas - No primeiro fim de semana de campanha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Resende (RJ), onde foi recebido na manhã deste sábado (20) por uma motociata. Por mais de uma hora, ele ficou parado às margens da via Dutra para acenar e cumprimentar os apoiadores. A motociata começou por volta das 7h na cidade vizinha de Volta Redonda, a cerca de 50 km de Resende. Em vídeo publicado nas redes sociais, o presidente diz que a motociata foi espontânea e afirma que respeitará o resultado da eleição caso seja derrotado. "Passaram mil motos em apoio a gente. A gente fica muito feliz com essa manifestação espontânea por parte da população. E a gente está nessa empreitada buscando a reeleição, se esse for o entendimento. Caso contrário, a gente respeita. Mas a nossa democracia, nossa liberdade acima de tudo", declarou. Questionado mais tarde no mesmo dia pela Folha por que, após levantar repetidas vezes dúvidas sobre o sistema eleitoral, havia decidido respeitar o resultado das eleições, Bolsonaro não respondeu.

 

Desembargador diz que Moraes fez declaração de guerra - O vice-presidente e corregedor do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal, Sebastião Coelho da Silva, anunciou aposentadoria nesta sexta-feira (19), durante a sessão do plenário, afirmando que a atitude era uma reação à sua insatisfação com o Supremo Tribunal Federal e com o discurso de posse de Alexandre de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Coelho da Silva, que também é desembargador do Tribunal de Justiça, disse que Moraes fez uma "declaração de guerra ao país" em sua fala diante do presidente Jair Bolsonaro (PL) e os ex-presidentes da República, em vez de promover uma fala de conciliação. "Estou nesse tribunal há 30 anos, 10 meses e 8 dias", disse Coelho da Silva, comunicando em seguida a aposentadoria. "Vão me perguntar: 'Por que você vai se aposentar, Sebastião Coelho da Silva'? E eu respondo: sr. presidente, colegas, eu há muito tempo, e eu não posso falar outra palavra, preciso tomar cuidado com elas, há muito tempo não estou feliz com o Supremo Tribunal Federal." Mais adiante, o vice-presidente e corregedor do TRE-DF disse que esteve na posse de Moraes e afirmou que esperava que o novo presidente do TSE aproveitasse a presença dos ex-presidentes da República, dos principais candidatos e de Bolsonaro "para fazer um conclamação de paz para a nação". "Mas, ao contrário, o que eu vi, ao meu sentir, o eminente ministro Alexandre de Moraes fez uma declaração de guerra ao país. O seu discurso é um discurso que inflama, é um discurso que não agrega, e eu não quero participar disso." O desembargador afirmou que irá, em seus últimos dias de atividade, cumprir as leis, mas não "discurso de ministro, seja ele em posse, seja em Twitter, seja ele em redes sociais".

 

Aliança de Bolsonaro com PL, PP e Republicanos só se replica em cinco estados - A coligação que nacionalmente dá sustentação à tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, formada por PL, PP e Republicanos, só deve se repetir em cinco estados nas eleições de outubro. Os partidos que formam o núcleo duro do centrão têm estratégias distintas e enfrentam dissidências, em alguns casos fortalecendo palanques de nomes que apoiam o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As três siglas estão 100% alinhadas apenas no Rio de Janeiro, no Paraná, no Amazonas, em Mato Grosso do Sul e no Amapá, estados nos quais endossam os mesmos candidatos a governador. Quatro deles apoiam abertamente Bolsonaro, mas só um é filiado aos partidos que formam a trinca do centrão: Cláudio Castro (PL), que disputa a reeleição no Rio de Janeiro. Outros dois concorrem a governos estaduais pela União Brasil e um pelo PSDB. No Amapá, por outro lado, os três partidos estão com Clécio Luís (Solidariedade), candidato a governador que fez uma coligação ampla e é eleitor declarado de Lula. Em dez estados, ao menos um dos partidos que ancoram a coligação de Bolsonaro estarão em palanques pró-Lula. Mesmo depois de emitir uma resolução em 2 de agosto determinando o veto a alianças com o PT em todo o país, o PP estará no mesmo palanque de petistas em oito estados. As parcerias incluem sete estados em que o candidato a governador anunciou apoio e fará campanha casada com Lula. 

 

Janja cria incômodos na campanha de Lula - Casada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde maio, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, tem ganhado cada vez mais notoriedade dentro e fora do comitê eleitoral do petista. O protagonismo de Janja, 55, traz elogios, mas também provoca incômodos entre aliados do presidenciável. Da cor do material de campanha à comida a ser servida na cozinha da Fundação Perseu Abramo, a socióloga é ouvida sobre cada detalhe da rotina do ex-presidente. Ela sempre mantém por perto uma garrafa de água para oferecer ao marido durante os atos políticos. Na pré-campanha, chegou a repreender agentes responsáveis pela segurança de Lula. Também já reclamou a assessores do excesso de sessões de fotos a que ele se submete. Janja tem dito a pessoas próximas que quer "ressignificar" o papel de primeira-dama. Ela tem defendido pautas como combate à fome, soberania alimentar e defesa dos direitos das mulheres. "Se eu puder contribuir em alguma coisa nessa campanha, nesse governo, que se Deus quiser tudo vai dar certo, vai ser justamente na questão da segurança alimentar voltada para as mulheres", afirmou em um ato político em abril. Ela busca participar de todas as reuniões da cúpula da candidatura petista e de encontros reservados de Lula com interlocutores chave. Esteve inclusive naquelas que antecederam a escolha do publicitário da campanha e opina sempre que julga necessário. Segundo petistas, Janja fala o que pensa, mas não impõe a própria visão. As intervenções geram críticas de uma ala da campanha, que reclama de ela ser "invasiva".

 

TSE nega pedido de Lula - A ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Maria Claudia Bucchianeri negou neste sábado (20) um pedido da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse obrigado a excluir postagens em que associa o petista à facção criminosa PCC. Bolsonaro postou em suas redes sociais um vídeo com reportagem da TV Record que mostrava um áudio de integrante da facção, captado em intercepção telefônica feita pela Polícia Federal na Operação Cravada. O integrante do PCC fala na gravação que "com o PT nois (sic) tinha diálogo. O PT tinha com nois (sic) diálogo cabuloso". Ao postar o áudio, o presidente da República ainda acrescentou: "líder de facção criminosa (irraaa) reclama de Jair Bolsonaro e revela que com o Partido dos (iirruuuuu) o diálogo com o crime organizado era ‘cabuloso’". "É o grupo praticante de atividades ilícitas coordenadas denominado pela décima sexta e terceira letra do alfabeto com saudades do grupo do animal invertebrado cefalópode pertencente ao filo dos moluscos", completou o presidente. A ministra argumenta que não fez juízo de valor sobre a gravação, se era verdadeira ou não. No entanto, sustenta que esse áudio foi efetivamente objeto de reportagens jornalísticas recentes e ano passado, sendo que jamais foram desmentidas. "Dessa forma, sem exercer qualquer juízo de valor sobre o conteúdo da conversa interceptada, se verdadeira ou não, o fato é o de que a interceptação telefônica trazida na matéria jornalística compartilhada e comentada pelo representado é real, ocorreu no contexto de determinada operação coordenada pela Polícia Federal, de sorte que a gravação respectiva é autêntica, o que não implica, volto a dizer, qualquer análise de mérito sobre a procedência, ou não, daquilo o quanto dito pelas pessoas cujas conversas estavam sendo monitoradas", afirmou a ministra na decisão.

 

Até a diplomação, 

suspense total

Os advogados eleitorais de candidatos que veem suas candidaturas balançarem por causa da não retroatividade da lei da improbidade avisam: o capítulo final dessa novela se dará apenas no período da diplomação. Só tem um probleminha aí: as nominatas dos partidos podem terminar prejudicadas, caso a Justiça Eleitoral casse o registro de algum candidato às eleições proporcionais. É que os votos dados a postulantes que não conseguirem o diploma terminam anulados. Portanto, diante do risco de nulidade de votos dados a candidatos enrolados, os partidos terão de decidir se mantêm essas candidaturas e arriscam, lá na frente, perder os votos dados a esses candidatos, ou buscam quem esteja fora de perigo de naufrágio ao longo do processo.

 

Lula cria perfis nas redes sociais destinados a eleitores evangélicos - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu mais um passo em direção ao eleitorado evangélico a fim de conquistar os votos desse recorte da população para garantir a cadeira de chefe do Executivo, a partir de 2023. A campanha do candidato informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a criação de perfis em quatro redes sociais destinado ao compartilhamento de conteúdos voltados aos fiéis. Denominadas Evangélicos com Lula, as páginas foram criadas no Tik Tok, Twitter, Telegram e Instagram, no entanto, ainda não foram feitas publicações. Até o fechamento desta matéria, o único perfil com identidade visual completa foi o criado no Telegram, publicado em 17 de agosto. A imagem de perfil do canal é personalizada: com as cores vermelho e verde — adotadas pela campanha geral — há a frase Evangélicos com Lula e Alckmin. Sem divulgação iniciada, os perfis ainda não se difundiram entre o público-alvo, que corresponde a 30% do eleitorado total apto a votar neste ano. Desde o início das pesquisas eleitorais do Instituto Datafolha, em março, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, é a preferência destes eleitores.

 

Morre, aos 63 anos, a atriz Claudia Jimenez - A atriz e humorista Claudia Jimenez morreu na manhã deste sábado (20/8). A causa da morte não foi divulgada. No entanto, sabe-se que ela estava internada no hospital Samaritano, na Zona Sul, no Rio de Janeiro. Ao longo da trajetória artística, Claudia interpretou personagens icônicos da TV, como Dona Cacilda na Escolinha do Professor Raimundo e Edileuza em Sai de baixo. A atriz passou por três cirurgias. A primeira foi em 1999, para colocar cinco pontes de safena. Em 2012, ela precisou passar por dois procedimento para facilitar a circulação das artérias: colocando quatro stents e susbtituindo a válvula aórtica. Já em 2013, Claudia colocou marca-passo cardíaco. De acordo com informações do portal G1, no ano de 1986, Claudia descobriu um tumor maligno no mediastino e chegou a ser desenganada pelos médicos. No entanto, a atriz conseguiu se curar da doença. Além dos personagens, a atriz é conhecida por famosos bordões como "beijinho, beijinho, pau, pau". Ela iniciou a carreira em 1979, na série Malu mulher, da Rede Globo, interpretando a personagem Aline. Claudia nasceu em 18 de novembro de 1958, no Rio de Janeiro. Em 1978, estreou no teatro profissional. Já no início da década de 1980, ela participou do elenco do programa Os Trapalhões. 

 

PL dá R$ 2,5 mi a 'medalhões' bolsonaristas e a Arruda - As primeiras repasses do PL, partido de Jair Bolsonaro, para os candidatos na disputa eleitoral priorizaram aliados próximos do presidente. Com a primeira semana da campanha nas ruas, o PL registrou repasses de R$ 2,5 milhões do fundo eleitoral para as candidaturas à reeleição do deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) e da deputada federal Carla Zambelli (SP) e do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, que também tentará vaga na Câmara. O filho do presidente recebeu R$ 500 mil, enquanto Zambelli e Arruda levaram R$ 1 milhão. O limite de gastos para candidatos a deputado federal nestas eleições é de R$ 3,1 milhões. O GLOBO mostrou ontem que o partido usará a divisão do fundo eleitoral como forma de retaliar candidatos ao Legislativo que escondam Bolsonaro de suas redes sociais e material de campanha. Deputado federal mais votado em 2018 com 1,8 milhão de votos, Eduardo é o único filho do presidente a disputar as eleições deste ano.

 

'Criador' de Witzel, Pastor Everaldo volta às urnas - Líder evangélico influente na política fluminense, Everaldo Dias Pereira, o Pastor Everaldo, está de volta. Após passar quase um ano na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, devido à acusação de envolvimento no esquema de desvios na Saúde do Rio durante o governo Witzel, o religioso reassumiu a presidência do PSC há um mês e lançou sua candidatura a deputado federal. Sua meta, afirmam aliados próximos, é fazer, pelo menos, 100 mil votos. Para garantir a vitória nas urnas, Everaldo terá um exército de pastores e líderes comunitários que pedirão votos em todas as regiões do estado, grupo de cabos eleitorais recrutados ao longo dos anos por sua atuação em programas sociais, como o Cheque Cidadão. O benefício era distribuído pelos governos da família Garotinho e da ex-governadora Benedita da Silva (PT) por meio de igrejas. Para reassumir o PSC, após autorização da Justiça, Everaldo precisou retomar o comando de fato da sigla, estancando movimentos de outros grupos políticos na disputa partidária interna. Distante da legenda, o religioso, que sempre decidiu os rumos partidários, encontrou a lista de candidatos à Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) já definida por outro cacique da sigla, o deputado estadual Leo Vieira. O parlamentar escolheu somente nomes entre seus aliados, preenchendo as 71 vagas disponíveis. De acordo com os mesmos interlocutores, 99% da chapa ficou com Leo Vieira. Para o líder religioso, restou formar a nominata de deputados federais. Mas, das 47 vagas para a disputa da Câmara dos Deputados, Everaldo conseguiu preencher com nomes de sua confiança pouco menos de 30. A lista minguada pode trazer prejuízos ao partido, já que, sem coligação, uma configuração forte de candidatos é a garantia de votos. Segundo Pastor Everaldo, sua campanha fará dobradinha com o filho Filipe Pereira e com alguns aliados antigos. O número escolhido para sua candidatura é 2022, que não apenas é o ano corrente, mas concilia o 20 do PSC ao 22 do PL de Bolsonaro.

 

Adversários tratam Mourão como forasteiro em eleição no RS - Acusações sobre candidatos que são “raiz” e outros chamados de “forasteiros” não são exclusividade da eleição em São Paulo neste ano. No Rio Grande do Sul, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) tem sido tratado como carioca por adversários, que exploram o fato de ele ter passado a maior parte da vida no Rio. Como reação, Mourão tenta se mostrar cada vez mais gaúcho na campanha ao Senado. Reforçou o sotaque, repete a todo instante que nasceu em Porto Alegre e tenta demonstrar que conhece o Estado. “Para quem não sabe, o Rio Grande do Sul tem 105 unidades do nosso Exército, e eu visitei todas. Por isso digo que conheço nosso estado de Norte a Sul, de Leste a Oeste”, disse em evento da Federasul. “Esqueceram de avisar a ele que o Rio Grande tem 497 municípios e não somente 105. Ele demonstra que não conhece nem 25% do estado gaúcho. Falta construir quartel em mais 392 municípios para ele conhecer nosso Estado”, disse o deputado Nereu Crispim (PSD).  Mourão enfrenta outras dificuldades. Em um cenário polarizado, a avaliação é que ele disputa votos com a ex-senadora Ana Amélia (PSD), que tem votos no agronegócio. Ambos disputam a vaga contra Olívio Dutra (PT), que lidera as pesquisas.

 

Bolsonaristas reclamam da influência de Kassab na campanha de Tarcísio - Bolsonaristas radicais reclamam da influência de Gilberto Kassab (PSD) na campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Eles culpam o político pela estratégia de tomar distância do presidente Jair Bolsonaro, o que afetou o desempenho do candidato até em grupos fiéis ao bolsonarismo, como os evangélicos – Fernando Haddad (PT) lidera neste grupo.