Manchetes dos jornais de domingo 26 de maio de 2024

Manchetes dos jornais de domingo 26 de maio de 2024

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais de domingo 26 de maio de 2024

Valor Econômico – Não circula hoje

 

CORREIO BRAZILIENSE – “Tragédia não irá impactar na inflação”

 

O ESTADO DE S.PAULO – 'Fazendas de carbono' começam a atenuar desmate na Amazônia

 

O GLOBO – Após RS, Brasil precisa de revisão ampla dos riscos à infraestrutura 

 

FOLHA DE S.PAULO – Promotoria liga Milton Leite a crimes em viação de SP

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Sem impacto - O ministro-chefe da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul está morando em um hotel há 20 dias, desde que chegou a Porto Alegre para coordenar os trabalhos de ajuda federal ao estado. Ele avalia que a enchente “vai ter um efeito muito grave na economia”, mas descarta implicações na inflação. “Ao mesmo tempo que vivemos esta tragédia, há a necessidade de um intenso investimento para a recuperação da capacidade do estado”, explicou.

 

Fazenda do bem - A restauração de uma área degradada de 8,3 mil hectares em Maracaçume, divisa do Maranhão com o Pará, com a plantação de espécies nativas simboliza o florescimento de um novo modelo de negócio. A propriedade, antes voltada para a pecuária, é uma unidade da re.green, empresa que atua no mercado voluntário de crédito de carbono, no qual vende créditos para empresas cumprirem compromissos climáticos. A meta da empresa é restaurar um milhão de hectares em 15 anos. A demanda voluntária por crédito de carbono deve aumentar US$ 1 bilhão hoje para US$ 50 bilhões em 2030. O Brasil pode abocanhar até US$ 15 bilhões do total mas precisa regulamentar este mercado, imerso em uma crise global de credibilidade.   

 

Refazer - Os danos severos em rodovias, aeroporto e sistemas elétricos e de saneamentocom as chuvaas torrenciais no Rio Grande do Sul impõem um amplo mapeamento de riscos à infraestrutura básica de todo o país devido a eventos climáticos extremos. contratos da década de 1990 sequer mencionam essas ocorrências. Segundo especialistas e concessionárias, é preciso definir os tipos de choques possíveis, quais são previsíveis e extraordinários e quem deve por eles pagar. Hoje cabe apenas ao poder público, o que acaba onerando o usuário. Também é necessário criar seguros para essas estruturas essenciais. Praticamente nenhum grande equipamento brasileiro está coberto contra tragédias climáticas.

 

De soberano a... - Na investigação sobre a possível infiltração do PCC no transporte público da capital, promotores do Gaeco (grupo de combate ao crime organizado) afirmam que o presidente da Câmara de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), teve "papel juridicamente relevante na execução dos crimes sob apuração" envolvendo a Transwolff. Os sigilos fiscal e bancário do parlamentar foram quebrados com autorização da Justiça. É justamente no documento em que pede essa quebra de sigilos que o Ministério Público apontou, em fevereiro do ano passado, a possível ligação do político com os dirigentes da empresa de ônibus da zona sul. Procurado, o vereador disse que desconhece a quebra de sigilo pela Justiça, mas coloca todos os dados à disposição da Promotoria. Diz, ainda, que é apenas testemunha nesse caso e critica o que chama de "ilações de terceiros". A investigação em que o sigilo do vereador foi quebrado é a mesma que resultou na operação desencadeada pelo Gaeco no início do mês passado, batizada de "Fim da Linha", e que levou à prisão de um grupo de pessoas, entre elas o presidente da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora.

[26/5 08:20] Celso Tesoureiro Ppl Sp: Resumo de domingo - 26/05/2024 - 2ª PARTE 

 

Entrevista - Responsável por coordenar a ajuda federal ao Rio Grande do Sul, o ministro-chefe da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, diz que o sistema de combate às cheias de Porto Alegre acabou falhando e se tornando parte do problema. Para Pimenta, a União  poderia se encarregar dessas políticas e estruturas de prevenção, como aconteceu no passado, mas lembra que, há mais de 30 anos, durante o governo de Fernando Collor (1990-1992), essas estruturas foram municipalizadas.  Confiante na reconstrução do estado, Pimenta aposta que o pacote de ajuda federal dará as respostas que a população gaúcha espera e garante que após a conclusão da “missão” confiada pelo presidente Lula, retorna para a Secretaria de Comunicação do governo petista. 

 

Bancada do LED -  Os tribunais de Contas e Ministério Público terão muito trabalho nos próximos meses. É que a disputa eleitoral promete trazer uma série de denúncias, levantando suspeitas sobre desvio de recursos e/ou sobrepreço em várias áreas envolvendo emendas parlamentares. No Tocantins, por exemplo, está se desenhando uma denúncia da “bancada do LED”. São várias emendas destinadas à iluminação pública, que já consumiram mais de R$ 100 milhões em recursos públicos. Dezenas de prefeituras optaram pela adesão em ata de licitação de outro município, inclusive de outro estado, como a ata de São Felix do Xingu, no Pará, que tem o custo unitário de R$ 1,6 mil por ponto de luz.

 

Preço do arroz “irrita” Lula - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou ontem sobre a alta no preço do arroz durante a semana e disse que ficou “nervoso” ao ver os valores no supermercado. Ele listou ainda as decisões tomadas pelo governo para tentar estabilizar os preços após a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul, maior produtor do alimento no país. Além de alagar parte considerável da safra que ainda não havia sido colhida, a catástrofe dificultou o transporte do arroz já armazenado para outras regiões. “Esta semana eu fiquei meio nervoso, porque eu vi o preço do arroz muito caro no supermercado. Eu fiquei um pouco irritado, porque o preço do arroz, no pacote de 5 kg, em um supermercado estava R$ 36. Em outro, estava R$ 33”, discursou Lula durante solenidade para inauguração de duas obras da Via Dutra, em Guarulhos, São Paulo.

 

Lula cita 'comício' ao inaugurar obra - O presidente Lula (PT) participou neste sábado (25) da inauguração de obras viárias na rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos (Grande SP), e pelo segundo dia consecutivo enfrentou protesto em um evento oficial. O mandatário dividiu palanque com o deputado federal Alencar Santana, pré-candidato do PT à Prefeitura de Guarulhos, e elogiou o direito de um grupo de professores e estudantes universitários de se manifestar na cerimônia que ele chamou de "comício do Lula". "Eu estou vendo alguns companheiros levantando cartazes ali pra mim 'estamos de greve'. Que bom que vocês podem vir num comício do Lula e levantar um cartaz dizendo que estão em greve. Que bom. Que maravilha que é garantir o direito democrático de as pessoas lutarem, reivindicarem e chegarem a um acordo no momento correto", afirmou Lula. Na sexta-feira (24), em Araraquara, Lula assistiu a um protesto de professores contra a interrupção pelo governo federal da negociação por reajuste salarial.

 

Emergência climática - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem a implementação de um sistema de alertas para emergências climáticas, como as que ocorrem atualmente no Rio Grande do Sul. A novidade dessa nova tecnologia será o uso de pop up, que é um tipo de janela sobreposta à tela do aparelho celular. Diferentemente das mensagens de SMS e WhatsApp, esse tipo de notificação requer uma ação de resposta do usuário para ser fechada. O novo sistema será chamado Cellbroadcast e tilizará tecnologias móveis de quarta e quinta gerações (4G e 5G) por meio de quatro operadoras de telefonia: Algar, Claro, Tim e Vivo. Mesmo com a aprovação, o uso do sistema pela população ainda depende de testes que serão conduzidos pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), pelo Ministério das Comunicações e pelas defesas civis locais. Segundo a agência, a tecnologia deve ficar pronta até o fim deste ano. 

 

Escola milicada - O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), diz ao Painel que a cidade vai aderir ao programa de escolas cívico-militares proposto pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). O projeto de lei, enviado pelo Executivo em março, foi aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo na terça-feira (21), sob protestos de estudantes contrários à proposta, e será sancionado pelo governador. 

 

Corrida por prefeituras - A eleição de 2024 pode representar uma mudança histórica na configuração da política nacional, com o MDB tendo pela primeira vez sua hegemonia no número de prefeitos eleitos no país ameaçada por partidos criados a partir da última década. Levantamento do GLOBO mostra que o PSD e o União Brasil, duas dessas novas siglas, cresceram a um ritmo superior à média das demais nos últimos anos e hoje comandam três em cada dez cidades do país. O inédito raio-x dos avanços dos partidos desde 1996 revela que, apesar de o MDB ainda manter uma presença significativa em todas as regiões do país, PSD e União, juntos, cresceram 33% desde a última eleição. 

 

Pré-candidatos apostam em Marchas para Jesus - A mais de dois meses e meio do início da campanha eleitoral, que começa em 16 de agosto, pré-candidatos estão presentes em eventos religiosos para se aproximar do eleitorado evangélico. As principais apostas são as Marchas para Jesus, o mais importante evento cristão, que passará por sete capitais até setembro. A mais recente ocorreu ontem, no Rio. No trio principal, o governador Claudio Castro (PL) e o pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem, marcharam na companhia do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e um dos organizadores do evento. Com presença confirmada, o prefeito Eduardo Paes, que tentará a reeleição, não compareceu. Nome de Jair Bolsonaro (PL) na disputa, Ramagem acompanhou a marcha do trio, mas não discursou. O deputado federal passou boa parte do tempo ao lado de Castro e do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL), um dos principais fiadores de sua campanha.

 

De olho nas eleições, PT deixa de lado o vermelho - Em meio a uma disputa com Bolsonaro pelas cores da bandeira nacional, os candidatos a prefeito do PT nas eleições deste ano optaram por destacar verde, amarelo e azul nos materiais de divulgação publicados nas redes sociais e deixar o tradicional vermelho ao fundo. O movimento é mais evidente no Sudeste e Centro-Oeste, regiões onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu para Jair Bolsonaro em 2022. O secretário de comunicação do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), diz que as campanhas municipais devem se preocupar com as características da eleição local para definir a estratégia, mas ressalta que verde e amarelo não podem ser esquecidos. - Tem a orientação de não deixar o outro lado se apropriar das cores verde e amarelo. Mas cada campanha tem suas próprias características dependendo da cidade. A bandeira do Brasil pertence ao povo brasileiro. E não vamos desistir", disse Tatto. O PT planeja lançar uma campanha em breve para atrair novos membros cujo material terá as cores da bandeira nacional em destaque. Quanto às disputas municipais, devido a restrições na legislação eleitoral, os candidatos ainda não podem se apresentar diretamente como candidatos. Em alguns lugares, nomes que desejam concorrer criaram movimentos para poder organizar atividades de pré-campanha.

 

PL vai tratar sucessão de Lira só após outubro - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, determinou que o partido só tratará de assuntos relacionados à sucessão da presidência da Câmara dos Deputados após as eleições de outubro. A informação foi publicada no blog da jornalista Bela Megale, no site do GLOBO. A decisão já foi comunicada ao atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que, por sua vez, impôs uma ordem de silêncio entre os candidatos à sua sucedê-lo na cadeira, afirmando que só apoiará quem não falar abertamente sobre o assunto nos próximos cinco meses. A eleição, tanto para a Câmara quanto para o Senado, acontece em fevereiro do ano que vem. O PL tem a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 95 parlamentares. Segundo o blog, tanto Valdemar quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro estão alinhados com o presidente da Câmara e se comprometeram a apoiar o nome que ele escolher. O partido, no entanto, já indicou que quer ter poder de veto caso o patrocinado por Lira seja alguém que desagrada a legenda. Bolsonaro deixou claro, por exemplo, que não aceitará um nome que considera de esquerda. Os pré-candidatos Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA) adotaram silêncio sobre a eleição interna da Câmara, com a expectativa de serem apoiadores de Lira. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, que está na disputa, é o único que não seguiu a orientação. Apesar de ter, no passado, o compromisso de Lira de que seria apoiado por ele na eleição interna do ano que vem, o parlamentar não acredita que o acordo vá prosperar.

 

‘Vamos acabar com sossego do Pacheco se não votar’, avisa autor - Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) e autor da PEC da autonomia administrativa e financeira do Banco Central, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) mandou um recado direto ao presidente do Senado: “Se Rodrigo Pacheco não puser a proposta em votação, vamos acabar com o sossego dele”. Em conversa com a Coluna do Estadão, Vanderlan revelou a estratégia. “Temos uns 50 senadores que defendem a proposta. Ele não vai aguentar esses parlamentares buzinando no seu cangote, e eu também. Vou ficar em cima. Pacheco quer fazer o sucessor (na presidência do Senado), quer ter paz”, afirmou.

 

PSDB quer lançar Datena no início de junho - O presidente municipal do PSDB de São Paulo, José Aníbal, vai propor ao apresentador de televisão José Luiz Datena fazer o lançamento formal de sua pré-candidatura à Prefeitura, no início de junho. A ideia inicial seria um ato na Zona Leste da cidade. Datena foi para o PSDB inicialmente numa articulação para ser vice na chapa da pré-candidata do PSB, Tabata Amaral. Mas, segundo informações de bastidores, diante de pesquisa de intenção de voto que apontou seu nome à frente do dela, animou-se para assumir a cabeça de chapa e afirmou à cúpula tucana que essa seria sua última oportunidade de entrar na disputa.

 

Toffoli mantém blindagem de Marcelo Odebrecht no exterior - Ao mesmo tempo em que anulou esta semana todos os atos da Lava Jato contra o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli manteve a validade do acordo de delação do empresário. Com isso, garantiu a “blindagem” de Odebrecht contra eventuais processos no exterior, alerta o diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão. A decisão de Toffoli foi tomada na terça-feira (21), em um despacho de 117 páginas. Em seus acordos de delação premiada, aceitos em 2017 pelo Supremo Tribunal Federal, os executivos da empreiteira, hoje rebatizada de Novonor, admitiram o cometimento de crimes em dez países latino-americanos e dois da África – Moçambique e Angola. Desse conjunto de doze países, há investigações sobre possíveis casos de corrupção envolvendo a empreiteira em pelo menos nove deles: Venezuela, Equador, Argentina, Peru, Colômbia, Panamá, República Dominicana, México e Guatemala. Os acordos como o de Marcelo Odebrecht incluem cláusulas que impedem o Brasil de compartilhar informações com outros países, a menos que estes se comprometam a não usar o material para investigar os executivos ou a empresa, mas apenas os políticos locais.