Manchetes dos jornais  de domingo – 16/03/2025            

Manchetes dos jornais  de domingo – 16/03/2025            

Resumo de domingo – 16/03/2025        

        

 Edição de Chico Bruno        

       

Manchetes dos jornais  de domingo – 16/03/2025            

        

        

O GLOBO – A fila não anda               

      

FOLHA DE S. PAULO – Pobres ganham acima da inflação da comida, mas Lula não se beneficia            

  

O ESTADO DE S. PAULO – Nos valores da República, uma inspiração contra a armadilha da polarização           

     

CORREIO BRAZILIENSE – Democracia viva e sob permanente vigilância  

  

Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes 

 

SUS - Levantamento inédito feito, via Lei de acesso à informação, revela que nunca se esperou tanto por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Brasileiros aguardaram no ano passado, em média, 57 dias por uma consulta e 52 dias por uma cirurgia, prazo que pode ser multiplicado em muitas vezes e chegar a anos, dependendo da especialidade médica e do estado em que vive o paciente. Ferramenta no site do jornal permite ao leitor consultar o tempo de espera em cada uma das modalidades de consulta e cirurgia nas 27 unidades da Federação. 

 

Mistério - A metade mais pobre dos trabalhadores brasileiros foi a que mais teve aumento na renda em 2024. Seus ganhos subiram 10,7% acima da inflação, superando os 8,7% da classe média e os 6,7% do decil no topo da pirâmide. Na média geral, a renda do trabalho formal e informal subiu 7,1%. A alta no ganho dos mais pobres representou melhora na distribuição de renda e superou inclusive a inflação de alimentos (7,7%), item com o qual as famílias de baixo poder aquisitivo 

gastam boa parte do que recebem, no entanto, isso não reflete a popularidade de Lula.  

 

Saída - A polarização no Brasil extrapolou a política. Familiares se afastaram por divergências partidárias, e marcas foram boicotadas por campanhas consideradas ideológicas. Em casos extremos, discussões sobre candidaturas foram às vias de fato, resultando em mortes. Em seus 150 anos, o Estadão foi ouvir especialistas e políticos para discutir quais os caminhos para superar esse dilema que abala e, muitas vezes, paralisa o País. O resultado é esta reportagem em quatro partes que ancora este República em Transformação, o segundo capítulo da série de especiais temáticos que o jornal publicará até o fim de 2025, dentro das celebrações de seu sesquicentenário. Para os analistas, a radicalização hoje é mais branda do que nas últimas eleições presidenciais e há soluções possíveis – porém difíceis – para a crise. As saídas passam pela adoção de um tom mais moderado por parte das lideranças políticas, especialmente em 2026, ano eleitoral e potencialmente sujeito a nova onda polarizadora. Também defendem a regulamentação das plataformas digitais, a criação de mecanismos mais eficientes de combate à corrupção e até mudanças no sistema de governo. O caminho, alertam, não é simples e tem à frente obstáculos criados pela própria polarização, como o recrudescimento do embate entre os três Poderes. 

 

40 anos de redemocratização - Reunidos na Praça dos Três Poderes, autoridades, acadêmicos e ex-chefes de Estado celebraram os 40 anos de redemocratização do Brasil com os olhos voltados para a manutenção da estabilidade política no país. “Nossa democracia amadureceu, mas precisa ser protegida. Devemos continuar a exigir a profundidade do processo democrático e garantir que ele nunca seja interrompido. O preço da liberdade é a eterna vigilância”, disse José Sarney, o primeiro a assumir a Presidência da República após os 21 anos de ditadura militar. Convidados do evento apoiado pelo Correio também indicaram a garantia da equidade de gênero, a redução das desigualdades e o combate ao ódio político como condições indispensáveis para evitar novos retrocessos. 

 

Façam suas apostas - A contar pelas conversas no jantar de aniversário da ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo Marta Suplicy, Lula conseguirá reverter a baixa popularidade até o ano que vem. Resta saber quem será o adversário dele em 2026. Os paulistas apostam no governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Mas os cariocas acreditam que Jair Bolsonaro não abrirá o caminho para o aliado. 

 

Fique por perto - Ao chamar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a mulher, Ana Estela, para a sua mesa no jantar de Marta Suplicy, Lula deixou muitos com a certeza de que, no papel de comandante da República e, portanto, maestro de seu governo, o presidente não deixará de apoiar Haddad. Porém, se tudo der errado, sempre poderá dizer que não faltam testemunhas do seu apreço pelo ministro, ainda que precise promover uma mudança na Fazenda. 

 

Gleisi chega no piso - A próxima pesquisa do Ranking dos Políticos dirá se a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, teve algum sucesso na missão de levantar a popularidade do governo junto aos congressistas. Afinal, ela assumiu num momento em que 49,1% dos deputados federais avaliavam a atuação do governo como ruim ou péssima, 22,7%, como regular, e 28,2%, ótima ou boa. Entre os senadores, 46,2% avaliam a gestão do Executivo como ruim ou péssima, 23% como regular e 30,8% consideram ótima/boa. Quanto à relação com o Poder Executivo, que agora está com o jogo zerado, 64,5% consideravam ruim ou péssima. 

 

A pesquisa que vale - O ex-presidente Jair Bolsonaro espera reunir hoje e em outras manifestações um número de apoiadores capaz de lhe garantir o comando do processo eleitoral de 2026. Ele sabe que, se a resposta das ruas aos seus chamados fracassarem, perderá peso na hora de indicar o candidato do PL ao Planalto em 2026.  

 

A lembrança de Miro - A cada dia se tem mais clareza das dificuldades pelas quais passaram os políticos que garantiram a volta da democracia em março de 1985, com a posse de José Sarney. “Não foi fácil chegar até aqui, e o presidente José Sarney sabe disso. Tancredo sabia, naquele leito de hospital, que seria alvo de articulação para dar posse a Ulysses Guimarães ou manter João Figueiredo. Tinha medo de que impedissem a posse do vice, José Sarney, e só se deixou operar depois que a pose foi garantida. Sabia-se que, em caso de convocação de nova eleição indireta o eleito seria Paulo Maluf”, lembrou Miro Teixeira, ao discursar no seminário da fundação Astrogildo Pereira, sobre os 40 anos da redemocratização O alerta de Miro/ Do alto de quem acompanhou de perto todo aquele processo, Miro mencionou a grandeza de José Sarney. “Raríssimo que, numa transição, haja convocação de uma constituinte. E foi isso que fez Sarney. Se não fosse a vitória sobre os radicais, não teríamos democracia no Brasil. Vamos vencer os radicais e manter a democracia”, afirmou, numa referência ao momento atual. 

 

É assim mesmo - Grande homenageado no seminário que marcou os 40 anos da redemocratização, nesse sábado, o ex-presidente José Sarney lembrou que seu governo viveu 12 mil greves. E em todas elas, ele se manteve firme, em defesa da democracia e da liberdade. 

 

Agro sob tensão - Começa a surgir no Congresso uma certa resistência da bancada do agro na Câmara e no Senado a respeito da concessão de R$ 350 milhões para compra de terras a fim de atender o Movimento dos Sem Terra. Muitos desconfiam que os recursos anunciados recentemente servirão para instrumentalizar o MST contra propriedades produtivas do setor, especialmente, no Sudeste. O tema promete pegar fogo quando for discutido. Até aqui, afirmam alguns, desenha-se um consenso apenas para aprovação dos R$ 400 milhões destinados à compra de alimentos oriundos da agricultura familiar, mas não para a aquisição de terras em benefício do MST. Além dessas questões, há um receio do setor produtivo sobre novos impostos, ponto considerado inegociável pelos congressistas. Em jantar promovido pela Casa Parlamento, do grupo Esfera, na semana passada, o senador Otto Alencar (PSD-BA), vice-líder do governo, foi incisivo: “Não há espaço para aumento de cobrança de impostos de maneira nenhuma, em nenhum setor. E vou procurar encaminhar contra o aumento de imposto.” 

 

"Absurdo propor anistia" - O historiador Alberto Aggio, um dos palestrantes presentes ontem no evento do Panteão da República e autor do livro A construção da democracia no Brasil (1985-2025): mudanças, metamorfoses, transformismos, defende que a sociedade brasileira precisa entender melhor o tempo da democracia, incompatível com imediatismos e soluções fáceis. “Queremos a democracia, mas, por ela ser complexa, e até mesmo uma novidade para nós, para a sociedade, não compreendemos muito bem a sua dinâmica, os seus tempos, os seus atores”, diz. 

 

Lula ignora o peso das palavras - A demissão de Nísia Trindade do Ministério da Saúde e a entrada de Gleisi Hoffmann na SRI (Secretaria das Relações Institucionais) tem um ponto em comum: foram movimentos tachados como machistas. Nísia saiu em meio à crise de popularidade de Lula como medida para aumentar as chances de a Saúde criar uma herança para o terceiro mandato do petista. Ela deu lugar a Alexandre Padilha, que foi recebido com bonés com a frase "o doutor chegou". Gleisi, política de carreira com dedicação integral ao PT, teve sua entrada na SRI justificada com uma fala sobre sua aparência física: "Uma coisa, companheiros, que eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês, por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra de Relações Institucionais, é que eu não quero mais ter distância entre vocês", afirmou Lula no lançamento do chamado "Crédito do Trabalhador". Foi uma piada direcionada a outros homens, feita às custas da credibilidade de uma mulher que passou oito anos na presidência do PT, quatro anos na Casa Civil e teve mandato de senadora por oito anos. As palavras constrangedoras foram comparadas por críticos aos posicionamentos misóginos de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente teve a trajetória marcada por falas como "jamais ia estuprar você, você não merece", dirigida a Maria do Rosário (PT-RS) em 2003, ou a infame classificação da própria filha como uma "fraquejada", em 2017. O governo vê erro na fala do presidente, mas reduz o problema —inclusive a própria Gleisi o fez. Mas essa não foi a primeira vez que Lula fez declarações públicas vistas como machistas. Durante a campanha presidencial de 2022, ele fez repetidas referências ao fato de a esposa, Janja, ser "testemunha ocular" de sua "energia de 30 [anos] e tesão de 20". 

 

PGR passa de 9 meses sem decidir sobre ministro de Lula - Em meio a investigações relacionadas a emendas parlamentares, a PGR (Procuradoria-Geral da República) conseguiu que a primeira denúncia apresentada pelo órgão fosse aceita na última semana pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que tornou réus deputados do PL. Um dos casos de maior repercussão a respeito do tema das emendas, porém, permanece inconcluso e ainda sob a responsabilidade da equipe de Paulo Gonet, o procurador-geral da República: as suspeitas de corrupção que envolvem o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil). Esse é um dos casos que coloca Gonet em situação delicada porque o próprio presidente Lula (PT) disse, em entrevista ao UOL no ano passado, que iria afastar Juscelino caso haja uma denúncia. 

 

Lula encontra José Dirceu - O presidente Lula disse ao ex-ministro José Dirceu que ele está "com cara de candidato" a deputado federal, em encontro na noite de sexta-feira (14), em São Paulo. Os dois petistas se cumprimentaram calorosamente na festa de aniversário de 80 anos da ex-prefeita Marta Suplicy, no prédio dela, nos Jardins. Lula, que estava sentado numa mesa de canto, dirigiu-se a Dirceu, que estava no meio do salão. "Está com a saúde boa", disse o presidente ao ex-ministro. "A nossa saúde está boa", respondeu Dirceu. O ex-ministro pretende retornar à Câmara dos Deputados na eleição do ano que vem e diz que seria uma questão de "justiça histórica", em referência ao fato de ter sido cassado em 2005, no escândalo do mensalão. "Vou precisar do seu apoio", disse Dirceu a Lula. 

 

Bolsonaro volta a Copacabana - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu focar a mobilização para a manifestação a ser realizada neste domingo (16) em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, no apoio ao projeto da anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. O objetivo é mostrar adesão popular ao projeto, cuja articulação vem avançando dentro do Câmara dos Deputados, com apoio do centrão, incluindo partidos como Republicanos, PSD, União Brasil e PP. O movimento mira também atacar a acusação contra ele próprio feita PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre a trama golpista após sua derrotada na eleição presidencial de 2022. Ataques ao presidente Lula não estão, por óbvio, vetados. Mas o tema prioritário do ex-presidente na manifestação é o projeto, pressionando deputados e tentando atrair parlamentares com relação equidistante ao governo e à oposição para forçar a sua votação no plenário. 

 

Pacheco volta à planície do Senado - Rodrigo Pacheco volta à rotina de senador após presidência do Senado, com futuro político incerto. Lula o quer como candidato ao governo de Minas, mas Pacheco não se mostra entusiasmado. Considera-se ainda sua ida a um ministério para fortalecer eventual candidatura estadual. O senador, no entanto, já cogitou se afastar da política. A definição sobre seu caminho deve ocorrer até o fim do primeiro semestre.  

 

Leite avalia disputar a Presidência em 2026 - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, admitiu pela primeira vez a possibilidade de deixar o PSDB para disputar a Presidência em 2026. Com o partido discutindo fusão com outras siglas, Leite recebeu convite do PSD, mas enfrenta desafios para viabilizar sua candidatura, já que o partido prefere outras opções. Apesar das especulações, aliados garantem sua lealdade ao PSDB, que mantém o projeto presidencial como prioridade. 

 

Exército pode ter primeiras mulheres generais - Fundado em 1822, o Exército brasileiro pode ter, após mais de dois séculos, sua primeira mulher oficial-general a partir de novembro deste ano, quando o Alto Comando realiza um novo ciclo de promoções. Hoje, dois nomes estão aptos para ascender ao topo da hierarquia: as coronéis Carla Maria Clausi e Carla Lobo Loureiro. Ambas são da turma de oficiais médicos de 1997 que passará por uma análise de promoção a general de brigada em outubro, com possibilidade de decisão a partir do mês seguinte. Desde que as Forças Armadas permitiram o alistamento voluntário de mulheres, mudança que entrou em vigor este ano, o Exército tem priorizado ações que reforcem o comprometimento com a inclusão feminina na carreira militar. Nesse cenário, pessoas ligadas ao debate afirmam que há a expectativa de que o Alto Comando indique uma mulher a general até o início de 2026. 

 

Governo busca no Canadá concorrente da Starlink de Musk - O governo Lula dá mais um passo em busca de empresas concorrentes da Starlink - do bilionário Elon Musk, para prestar serviços no Brasil. O ministro Juscelino Filho (Comunicações) viaja terça-feira, 18, para reuniões na sede da Telesat, em Ottawa, no Canadá, onde vai conferir o desenvolvimento da constelação de satélites em baixa órbita para atendimento corporativo. No ano passado, o governo brasileiro fechou acordo com outra rival de Musk, a chinesa SpaceSail. Segundo apurou a Coluna do Estadão, a empresa canadense poderia oferecer a novidade para serviços governamentais a partir de 2027, como conectividade em escolas e unidades de saúde. As conversas começaram em novembro passado, quando a Telesat enviou representantes ao Brasil. 

 

Shows de ministra pode ter verba pública - A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República reformou seu entendimento anterior e permitiu que a ministra da Cultura, Margareth Menezes, fosse paga com recursos públicos pelos shows que fez durante o carnaval deste ano — ela saiu de férias para se dedicar às atividades privadas. Como revelou o Estadão em março de 2024, a CEP havia decidido que a ministra só poderia fazer shows pagos com dinheiro privado. A comissão chegou a liberar os shows pagos com verba pública já contratados na época, mas vedou as “apresentações futuras” custeadas desta forma. Margareth Menezes recebeu pelo menos R$ 640 mil das prefeituras de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) pelos shows que fez nessas cidades em 2025. A informação é foi publicada pelo Metrópoles e confirmada pelo Estadão. O salário de ministros de Estado, desde 1º de fevereiro, está em R$ 46.366,19. Antes de ir faturar na folia deste ano, a ministra fez nova consulta à Comissão de Ética pedindo esclarecimentos sobre as decisões do ano passado. O colegiado, controlado por aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entendeu que só há impedimento no caso de verba federal. Caches pagos por estados e municípios estão liberados. 

 

Bolsonaro quer barrar indicação de advogada ao STM - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado. “Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar”, afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro. Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte. Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é “da mesma linha” da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. “A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos”, criticou Bolsonaro. “Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente”, disse.