Manchetes dos jornais de domingo 12 de maio de 2024

Manchetes dos jornais de domingo 12 de maio de 2024

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais de domingo 12 de maio de 2024

 

 

CORREIO BRAZILIENSE –  O desafio do resgate e o medo de sair de casa 

 

O ESTADO DE S.PAULO – No embate com Trump, eleitor negro indeciso é desafio a Biden

 

O GLOBO – Renascer inédito

 

FOLHA DE S.PAULO – Chuva no RS causa retirada recorde de moradores no Brasil 

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Tragédia no Sul - O Correio acompanhou, de barco, equipes que tentam retirar moradores ilhados na Região Metropolitana de Porto Alegre, como no bairro Mathias Velho, em Canoas. Inundadas, as ruas viraram rios após as enchentes provocadas pela maior crise climática do Rio Grande do Sul. Apesar dos riscos com chuva, frio e doenças, há gaúchos que se recusam a deixar as moradias: eles temem roubos e saques. Muitos relataram casos de violência e preferem permanecer no local a ver o que restou dos seus bens serem tomados por bandidos.

 

Voto negro - O eleitorado negro vota majoritariamente no Partido Democrata desde 1964, quando o então presidente Lyndon Johnson, um democrata, sancionou a Lei dos Direitos Civis. Na Geórgia, a comunidade negra que representa 33% da população, alavancou a vitória de Joe Binden no Estado em 2020. A primeira de um democrata lá desde 1992. Agora, muitos negros podem não apoiar Biden em novembro. "Muitas pessoas se identificão com o jeito direto de Trump e dizem que ganhavam mais dinheiro quando ele estava no poder", diz Adebayo Abe, 28 anos. Campanha de Biden iniciou blitz publicitária para reconquistar o voto negro em vários Estados americanos. 

 

Renascer - Devastado em múltiplas frentes, Rio Grande do Sul passará pela maior operação de reconstrução da História do Brasil, não apenas pelo volume de obras e recursos, mas por um componente inédito: a permanente mudança do clima no planeta. Um dos desafios se resume na palavra deslocamento, dizem especialistas. Estudos terão de ser conduzidos para definir como e onde serão reerguidos sistemas de drenagem e pontes, estabalecidas indústrias e áreas de plantio e reassentadas casas, bairros e até municípios.    

 

Debandada - A tragédia socioclimática que atinge o Rio Grande do Sul é a pior do país considerando o número de pessoas que precisaram deixar suas casas. Análise da Folha agrupou todos os desastres relacionados à chuva, inundações, seca, vendavais e outros eventos naturais por estação do ano desde 1991, início da série histórica do governo federal. O estado gaúcho contabilizou 537.380 desalojados neste sábado (11), o maior número já registrado no país, de acordo com o Atlas Digital de Desastres no Brasil, que tem dados consolidados até 2022, e informações preliminares do Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres (S2iD) para 2023. Ambas as bases são do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Desalojados são as pessoas que precisam deixar suas casas, mas não precisaram recorrer a abrigos públicos, caso dos desabrigados. Nas duas definições, a inundação no Rio Grande do Sul atinge marcas históricas.Ao todo, 618 mil pessoas estão em uma dessas situações no estado —soma dos 537 mil desalojados com 81 mil desabrigados.

 

Crise no RS não freia “pacote da destruição” - A inundação histórica no Sul do País e as consequências de tamanho nunca vistas não estão sendo suficientes para estancar a disposição de setores antiambientalistas e ruralistas dentro do Congresso Nacional de seguirem no ímpeto de fazer “passar a boiada”, aprovando propostas que vão na oposição da proteção ao meio ambiente. Na quarta-feira passada por larga margem, 309 votos a favor e 131 contrários, a Câmara aprovou que a plantação de eucaliptos e pinus para fabricação de celulose não seria mais considerada atividade poluidora e degradante do meio ambiente, informação contestada com vigor por especialistas. 

 

 Apenas 0,11% de emendas para catástrofes -  O total de emendas parlamentares previstas no Orçamento Geral da União de 2024, consideradas as modalidades individuais, de bancadas e de comissões, ultrapassa os R$ 50 bilhões. Desse montante, R$ 59 milhões, que equivalem a apenas 0,11%, são para gastos com ações de prevenção e recuperação de desastre como os que estão sendo registrados em quase todo o estado do Rio Grande do Sul. Apenas uma representante da bancada do Rio Grande do Sul, a deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS), destinou recursos,  de R$ 1 milhão, para “apoiar a execução de estudos, planos, projetos e obras de prevenção e proteção à erosão costeira em áreas urbanizadas”. 

 

Realidade cruel - Para o diretor executivo do Contas Abertas, Gil Castello Branco, os políticos parecem mais interessados em socorrer do que prevenir. O ganho político em se mostrar depois do desastre ocorrido é maior. “A impressão que dá é que os parlamentares fazem uma leitura às avessas do ditado de que é melhor prevenir do que remediar. Digo isso porque a resposta aos desastres, depois de ocorrido, acaba sendo politicamente mais interessante aos parlamentares.”

 

Portugal: mais de 200 toneladas de doações - Ontem, foi a vez do Ministério do Desenvolvimento, indústria, Comércio e Serviços disparar um alerta contra fake news, envolvendo doações de Portugal para o rio Grande do Sul. A pasta negou informações falsas de que doações de produtos novos estariam sendo rejeitados pelo governo, que reafirmou em nota que esses produtos destinados à população gaúcha estão isentos de pagamento de tributos. Diferentemente do que narrativas falsas alegam, esse normativo não veda a doação de itens novos. Doações internacionais de bens novos sempre foram — e seguem sendo — permitidas. o que a portaria faz é facilitar, por 30 dias e para atender o rio Grande do Sul, as doações de itens usados”, informou o ministério em nota. A comunidade brasileira em Portugal, com apoio dos portugueses, arrecadou mais de 200 toneladas de doações.

 

"Não devemos polarizar uma catástrofe como esta" - Protagonista do apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desde as eleições de 2018, o empresário Luciano Hang adotou um tom mais pacificador sobre a relação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula Da Silva durante uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo neste sábado (11). O empresário dono da empresa Havan criticou o que chamou de "polarização" sobre as inundações que assolam o estado do Rio Grande do Sul há quase duas semanas: "Não devemos polarizar uma catástrofe como esta". Duas lojas gaúchas da Havan foram destruídas, uma perda de cerca de R$ 30 milhões. 

 

Balanço - O governo do Rio Grande do Sul estima que 50% das crianças no estado não estão tendo aulas por causa das enchentes, o equivalente a quase 400 mil alunos fora da escola.Segundo levantamento da Secretaria estadual de Educação, são pelo menos 1.800 escolas estaduais e municipais afetadas no Rio Grande do Sul em razão das inundações.

 

Custo de deslocar cidades no RS - O governo do Rio Grande do Sul estima inicialmente em R$ 30 bilhões o custo para mudar de local três cidades afetadas pelas enchentes no estado: Cruzeiro do Sul, Roca Sales e Muçum. As três, com populações entre 5 e 10 mil habitantes, ficam à margem do rio Taquari, um dos mais afetados pelas fortes chuvas. No ano passado, em outro desastre no estado, já haviam sido inundadas. A conclusão agora é que ao menos parte das populações desses municípios terá de ser transferida para áreas mais altas, para evitar tragédias futuras.

 

Lira e Barroso lideram uso de jatos da FAB - Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, são as autoridades do País que mais usam aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Desde o início deste ano, Lira voou 42 vezes sob as asas da FAB e Barroso, 35. Ambos alegaram questões de “segurança” ao solicitar os aviões. Lira e Barroso estão no rol das “altas autoridades” beneficiadas por uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), emitida no último dia 30, que assegurou o sigilo sobre informações de voos em aviões oficiais.

 

A opinião de Temer - Michel Temer acreditava que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ia fazer uma espécie de redenção nacional durante seu terceiro mandato, unindo um País que vem sofrendo com um rompimento social desde 2013. Não foi isso o que aconteceu, lamenta o político. Apesar da decepção, Temer reconhece que a falta de vontade política não ficou apenas na conta do atual detentor da cadeira mais importante do terceiro andar do Palácio do Planalto. “Foi a oposição que radicalizou? Eu não saberia dizer. Mas acho que foi. Faltou vontade política de um lado e do outro”, analisou.

 

Lira vai consultar colégio de líderes - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu à bancada evangélica que consultará o colégio de líderes, em breve, sobre a votação do pedido de urgência do projeto que estabelece o Estatuto do Nascituro. O texto proíbe o aborto no País até mesmo nos casos hoje legalizados. Manifestações pró-aborto também são consideradas crimes na proposta e podem gerar detenção de 6 meses a 1 (um) ano, além de aplicação de multa.