Lula compara ações de Israel a terrorismo de Hamas: "Tão graves quanto"
Política
Lula compara ações de Israel a terrorismo de Hamas: "Tão graves quanto"
Presidente disse ainda que a ação de repatriação do grupo de brasileiros em Gaza dependia "da boa vontade de Israel". Grupo chega nesta segunda-feira (13/11) ao Brasil
"(Israel) Joga bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que um terrorista está lá. Não tem explicação", criticou Lula - (crédito: Reproduçao/YouTube @Lula)
Ingrid Soares
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (13/11) que as ações de Israel na Faixa de Gaza são tão graves quanto o terrorismo do Hamas. A declaração ocorreu durante assinatura da nova Lei de Cotas, ocorrida hoje no Palácio do Planalto.
"A quantidade de mulheres e crianças que já morreram, de crianças desaparecidas, a gente não tem conhecimento em outra guerra. Nessa guerra, depois do ato provocado, e eu digo ato de terrorismo do Hamas, as consequências, as soluções de Israel são tão graves quanto foram as do Hamas, porque eles estão matando inocentes sem critério nenhum. Joga bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que um terrorista está lá. Não tem explicação", apontou.
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As críticas ocorreram no mesmo dia em que um avião com 32 repatriados brasileiros da Faixa de Gaza retorna ao Brasil. O presidente confirmou que receberá o grupo na Base Aérea de Brasília na noite de hoje. Segundo o Itamaraty, estão previstas duas paradas técnicas: em Las Palmas, na Espanha, e na Base Aérea do Recife (BARF). A expectativa é que o grupo chegue ao país por volta das 23h30.
Dia de festa
Durante o evento, Lula disse ainda que a ação de repatriação dependia "da boa vontade de Israel" e emendou que verá se há brasileiros na Cisjordânia querendo retornar ao Brasil.
"Todo dia ligava de manhã e de tarde, ligava para o ministro de Israel, ligava para o ministro do Egito, ligava com o nosso embaixador. Finalmente, nós conseguimos trazer as 32 pessoas. Dependia da boa vontade de Israel, de uma quantidade de pessoas que a gente nem sabia. Agora, vamos ver se tem gente na Cisjordânia que queira vir, porque nós não vamos deixar nenhum brasileiro ou brasileira lá. Se quiser voltarm, nós vamos ter que encontrar soluções para trazer. Hoje é um dia de festa", concluiu o presidente.