1º de Maio da democracia, unitário, contra os juros criminosos e pelo desenvolvimento do país

1º de Maio da democracia, unitário, contra os juros criminosos e pelo desenvolvimento do país

1º de Maio da democracia, unitário, contra os juros criminosos e pelo desenvolvimento do país

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Foto: Roberto Parizotti

O ato, convocado pelas centrais sindicais brasileiras, terá a presença do presidente Lula. As palavras de ordem institucionais são “Emprego, renda, direitos e democracia”

Segunda-feira, a partir das 10 horas, no Vale do Anhangabaú, terá início a comemoração do 1º de Maio, em São Paulo. O ato, convocado pelas centrais sindicais brasileiras, terá participação do presidente Lula, que deverá, na oportunidade, anunciar o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320,00. João Carlos Juruna, da organização do ato, confirmou a presença de Leci Brandão, Zé Geraldo e Almirzinho, entre outros artistas como o cantor Zé Geraldo.

É preciso combater os gastos ilegítimos e extorsivos com os serviços e a rolagem da dívida”

Para Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), “o juro praticado pelo Banco Central, de 13,75%, o maior do mundo, conspira abertamente contra qualquer projeto de crescimento econômico”. Disse ainda que “é preciso combater os gastos ilegítimos e extorsivos com os serviços e a rolagem da dívida pública, que já atingem a 600 bilhões de reais anuais”. Adilson avalia que “para mudar essa situação será necessária uma forte mobilização da classe trabalhadora para promover as transformações tão almejadas. Esse é o desafio para o movimento sindical e de todas as forças democráticas”.

Adilson considera que “a luta contra os juros altos merece prioridade ao lado do fortalecimento dos bancos públicos, já que é condição necessária para o desenvolvimento nacional. Para vencer os obstáculos, faz-se necessário despertar a consciência de classe dos trabalhadores e trabalhadoras. Promover uma grande mobiliação do povo brasileiro. Neste rumo, devemos realizar manifestações unitárias neste 1º de Maio, na defesa da democracia e da soberania nacional. Fora Roberto Campos Neto”.

 

Este ano o movimento sindical celebra os 80 anos da CLT “como um marco civilizatório em nosso país, depois de 400 anos de escravidão”

Para João Carlos Juruna, secretário-geral da Força Sindical e um dos principais organizadores do ato, “este 1º de Maio se comemora sob a bandeira do fortalecimento da democracia no Brasil. É com ela que vamos melhorar as condições de vida do povo brasileiro”. Para o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, são prioridades o aumento real do salário mínimo, a redução da taxa de juros e o aumento da taxa de investimento para geração de emprego e renda. Juruna declarou que este ano o movimento sindical celebra os 80 anos da CLT “como um marco civilizatório em nosso país, depois de 400 anos de escravidão”.

Esse 1º de Maio é simbólico, é uma nova era, a democracia voltou a reinar em nosso país”

Moacyr Auersvald, presidente da Nova Central, afirmou que “a coisa do jeito que está, não pode ficar: juros na estratosfera, o mais alto do mundo, não podemos aceitar esse tipo de coisa. Com juros altos a economia para, as pessoas não compram. Prejudica os mais pobres, a classe média. Só os bancos ganham”. Para o dirigente sindical, que também é presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hotéis, “o presidente Lula sabe o que está falando. Com juros baixos as pessoas compram mais e bens mais duráveis, como a linha branca, a geladeira, a televisão”.

Moacyr considera este 1º de Maio é simbólico: “É uma nova era, a democracia voltou a reinar em nosso país. Foi muito triste o que se passou nesses últimos anos”. Conforme o presidente da Nova Central, “voltamos a comemorar, a comemoração que a gente sempre fez é uma comemoração de cobranças, de melhores salários, de redução de jornada no país”. E concluiu: “Esse 1º de Maio é a volta do trabalhador na rua, é a volta do trabalhador ter voz. A prova é que o presidente Lula já se comprometeu, vai estar presente no ato de São Paulo”.