Ato no DF uniu forças e cresceu a mobilização contra Bolsonaro, diz Freire

“Parecia um grande abraço entre partidos, sindicatos, mulheres, homens, crianças, estudantes, movimentos, pessoas simples que dançavam e pareciam felizes”, testemunhou João Vicente.

Ato no DF uniu forças e cresceu a mobilização contra Bolsonaro, diz Freire

Ato no DF uniu forças e cresceu a mobilização contra Bolsonaro, diz Freire

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Concentração foi no Museu da República, saindo em caminhada pela Esplanada dos Ministérios. Fotomontagem

Presidente do Cidadania, Roberto Freire, afirma que “as manifestações irão crescer mais ainda”. “O ato foi maior. Ampliou o número de centrais, partidos”, porque “todos são bem-vindos” na luta contra “o governo Bolsonaro e o fascismo”, enfatizou o presidente da CTB-DF, Flauzino Antunes Neto

Manifestantes se reuniram novamente em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, neste sábado (2), em oposição ao governo e pelo impeachment de Jair Bolsonaro.

Segundo avaliação do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, que participou do ato em Brasília, a manifestação foi mais numerosa e ampla.

Ainda segundo Freire, o ato mais numeroso, o que “se explica”, na opinião dele, em razão da participação de mais jovens e de lideranças sindicais e sociais.

“A crise, econômica e política” se ampliam e dessa forma, as manifestações irão crescer mais ainda, no entendimento do presidente do Cidadania. “O presidente [Jair Bolsonaro] está mais quieto, portanto, dá menos tiro no pé”, assim parece que o confronto arrefeceu.

Mas as crises, em particular, a econômica, segundo Freire, “se agrava”, o que tornará a crise social mais “perigosa”. Todavia, ele disse estar otimista, pois entende que a tendência é a oposição ao governo se ampliar. É o que tem mostrado os atos em oposição ao Planalto.

DERROTAREMOS O FASCISMO E CONSTRUIREMOS O BRASIL DE TODOS

Segundo o recém-eleito presidente do PCdoB do Distrito Federal, João Vicente Goulart, “hoje no ato, vibrou a força presa na alma do brasileiro, pronta a ser desfraldada como bandeira na ponta das lanças que se aproximam da batalha, da guerra, da vitória esperada de libertação da terra, da libertação da fome, da opressão e do entreguismo que se abate como uma sombra espessa sobre nossas cabeças desprotegidas”.

“Parecia um grande abraço entre partidos, sindicatos, mulheres, homens, crianças, estudantes, movimentos, pessoas simples que dançavam e pareciam felizes”, testemunhou João Vicente.

E concluiu: “saímos desse ato com a convicção de que venceremos o governo genocida, entreguista, autoritário e fascista, e construiremos, todos juntos, o Brasil de todos. Fora Bolsonaro”, sentenciou.

PROCESSO DE AMPLIAÇÃO

“O ato foi maior. Ampliou o número de centrais, partidos”, porque “todos são bem-vindos” na luta contra “o governo Bolsonaro e o fascismo”, enfatizou o presidente da CTB-DF, Flauzino Antunes Neto.

O ato deste sábado foi a expressão e a “sinalização concreta”, que ampliando o arco de forças políticas e sociais, aumenta-se a mobilização do povo contra o governo para o próximo ato, que segundo Flauzino está previsto para 15 de novembro, quando o Brasil comemora a Proclamação da República.

Em Brasília, segundo Flauzino, a estruturação e organização dos atos Fora Bolsonaro estão sendo organizados e dirigidos pelas frente populares: Povo sem Medo, Povo na Rua e a Ampla.

A amplitude da manifestação em Brasília, como em outros estados, é reflexo da crescente rejeição de Bolsonaro, mesmo depois dos atos golpistas frustrados no dia 7 de setembro, que foram encabeçados pelo presidente.

MANIFESTAÇÕES PELO BRASIL

As manifestações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro aconteceram em várias capitais e cidades de todo o país. Os protestos são estruturados por organizações da sociedade civil; entidades sindicais e de estudantes; e partidos políticos.  Pela manhã, foram registradas manifestações na cidade do Rio de Janeiro, de Salvador, Fortaleza, Belém, Boa Vista, Maceió e Goiânia.

Os atos pediram o impeachment do presidente, mais vacinas para a população, mudanças na política econômica do governo, ampliação das políticas de combate à fome, mudanças na Reforma Administrativa, entre outros temas.

No Rio de Janeiro, os manifestantes se concentraram cedo, na Candelária, que teve parte das pistas da Avenida Presidente Vargas interditada, nas proximidades da Igreja da Candelária. Em seguida, com faixas e cartazes as pessoas saíram, em caminhada, pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde foi montado um palanque para os discursos.

Em Salvador, a concentração dos manifestantes ocorreu na Praça Campo Grande. Depois, eles saíram em caminhada, passando por ruas do centro histórico da capital baiana, até a Praça Castro Alves, onde foi realizado um evento cultural e discursos de líderes de várias entidades e partidos políticos.

A Praça da Bandeira, em Fortaleza, foi o local escolhido pelos organizadores para o protesto contra o governo na capital cearense. Os manifestantes portavam cartazes e faixas. A Polícia Militar acompanhou toda a movimentação das pessoas que participavam da passeata.

Pela manhã foram também registradas manifestações Goiânia, Belém, Boa Vista e Maceió e em dezenas de cidades de vários estados.

O principal dos protestos ocorreu na cidade de São Paulo, que começou às 14h, na Avenida Paulista, no trecho próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).