No dia 8 de janeiro, uma hora antes do início dos ataques bolsonaristas, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviou um alerta para o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República sob o comando do general da reserva, Gonçalves Dias, informando que PMs do Distrito Federal e militares das Forças Armadas não confrontariam os extremistas.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), é apontado como causador na tentativa de golpe de Estado que pretendia impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com o portal Fórum.

O jornal Folha de S. Paulo afirmou ter acesso a uma mensagem enviada ao GSI às 13h40 no dia 8 de janeiro. “Iniciado o deslocamento para a Esplanada. Há discursos inflamados com pessoas pintando o rosto como se fossem para um combate. Há entre manifestantes relatos de que as forças de segurança policiais e militares não irão confrontá-los”, diz.

Os informes sobre a situação de Brasília se tornaram comuns durante a administração de Bolsonaro e começaram a ser enviados  logo após a festa de posse, no dia 2 de janeiro, e teriam como destinatário o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e o ministro-chefe do GSI, na época, o general Gonçalves Dias.

As imagens de dentro do Palácio do Planalto divulgada pela CNN nos últimos dias e depois pelo governo federal, mostram que os agentes do GSI não fizeram nada para impedir a invasão e chegaram a dar garrafas de água para os terroristas. Também foi possível identificar Gonçalves Dias andando no local no dia da invasão.