Resumo de domingo, 29 de maio de 2022 

Notícias de domingo dos maiores jornais de comunicação do País.

Resumo de domingo, 29 de maio de 2022 


Resumo de domingo, 29 de maio de 2022 

 

Edição de Chico Bruno  

 

Manchetes  

 

Valor Econômico – Não circula hoje.

 

FOLHA DE S.PAULO – Para 56%, falas golpistas devem ser levadas a sério

 

O ESTADO DE S.PAULO – Salário de militares tem alta real de 30% em uma década 

 

O GLOBO – Youtubers faturam com fake news sobre urna eletrônica

 

CORREIO BRAZILIENSE – Comércio do DF aposta no amor para turbinar vendas

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Ameaças golpistas - As declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) com ataques a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e as ameaças sobre as eleições devem ser levadas a sério pelas instituições segundo a avaliação de 56% da população, mostra pesquisa Datafolha. Uma parcela de 36%, entretanto, acha que as afirmações do mandatário não terão consequências, e 8% não sabem opinar. O fato de a maioria dos brasileiros considerar importante uma reação às falas de tom golpista do chefe do Executivo contribui para elevar a pressão sobre os Poderes a quatro meses das eleições. Levantamento da Folha neste mês mostrou que autoridades têm se calado diante das atitudes de Bolsonaro. A pesquisa Datafolha ouviu 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país, na quarta (25) e quinta-feira (26). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. No grupo de entrevistados de 16 a 24 anos, que nasceram após a redemocratização do Brasil e correspondem a 14% da amostra da pesquisa, a avaliação de que as ameaças precisam ser levadas a sério chega a 67%, ante 26% que minimizam sua gravidade; 8% nessa faixa etária não opinaram. Já na parcela com 60 anos ou mais, as posições são mais equilibradas: 46% veem necessidade de reação, 45% acham que não haverá maiores efeitos e 9% não sabem. Ainda segundo o levantamento, a ilação de Bolsonaro de que pode haver fraude nas eleições associada a falhas de segurança no sistema de votação é endossada de alguma maneira por 55% da população. Para 34%, há muita chance de que o pleito deste ano seja fraudado. Outra parcela de 21% responde existir um pouco de chance. Na contramão, 43% dos entrevistados acreditam ser nulo o perigo de manipulações, e 2% não sabem ou não opinaram.

 

Privilegiados - Nos últimos dez anos, entre 2013 e 2022, os militares tiveram o maior aumento médio de salário entre os servidores federais. Descontada a inflação, a alta chegou a 29,6%, quase cinco vezes a média federal de 6,3%, e o dobro da média do funcionalismo no País, incluido União, Estados e municípios de 13,8%. Bombeiros policiais estaduais tiveram aumento real de 25%, também acima da média geral. Para Daniel Duque, economista responsável pelo estudo, os dados mostram que servidores das forças de segurança foram mais beneficiados sobretudo na gestão Bolsonaro.    

 

Faturando com mentiras - Com a reprodução de 1.960 vídeos no YouTube, que renderam 57,9 milhões de vizualizações, canais alinhados ao presidente Jair Bolsonaro já faturaram até R$ 1 milhão com conteúdo de ataques as urnas, mostra levantamento conjunto de O GLOBO, Novelo Data e Bites. "Moderação de conteúdo exige atenção às nuances, mas fica claro que mesmo  vídeos frontalmente contrários às políticas do YouTube, como a live sobre urnas de Bolsonaro, seguem no ar", diz Guilherme Felitti, da Novelo Data.     

 

Aposta no amor - A previsão de um aumento de 24,4% nas vendas do Dia dos Namorados, apontada por pesquisa feita pela Fecomércio, injetou ânimo nos lojistas do Distrito Federal. Gerente de uma loja de calçados, Bruna Erita está tão otimista que espera faturar mais de 50% na comparação com 2019, antes da pandemia. “Não tem como medir com 2020 e 2021, quando as coisas ainda estavam devagar”, afirma. “Essa esperança é o que nos mantêm de portas abertas”, diz Welton Cortez, gerente da loja Jundiaí. De acordo com o levantamento empresarial, o valor médio desembolsado pelos consumidores deve ter alta de 84,56%, chegando a R$ 211,23, contra os R$ 114,45 de 2021. A sondagem também mostra que os homens se mostram dispostos a gastar mais do que elas na compra do mimo.

 

Falou mal, processa - O empresário bolsonarista Luciano Hang, da Havan, intensificou sua estratégia judicial contra críticos e jornalistas e contabiliza 26 processos somente no Tribunal de Justiça de Santa Catarina em 2022, ou seja, mais de cinco por mês, mais de um por semana, em média. As ações geralmente pedem indenização por danos morais e fixam os valores em patamares considerados altos. Em 2021, os advogados de Hang moveram ao menos 38 processos ao longo do ano, três por mês. Na lista de processados mais recentes constam José Simão, José de Abreu, Thiago dos Reis (do canal Plantão Brasil), além de veículos de imprensa e políticos, como o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e o deputado estadual André Quintão (PT-MG). Diversas pessoas que não são famosas e publicaram mensagens que Hang considerou ofensivas também estão sendo processadas por ele. "Ele fala que parece ser uma forma de assédio judicial por parte do empresário, tentando fazer com que as pessoas fiquem acuadas e não o critiquem mais", diz um dos processados. Em nota, Hang diz ser seu direito acionar judicialmente "quem publica ou divulga fake news ao meu respeito ou sobre a Havan". "Não podemos usar da liberdade de expressão para manchar a honra e a moral das pessoas. Opinião é uma coisa, mentir é outra", completa.

 

Queda na confiança nas urnas inclui eleitores de Lula - A queda no nível de confiança nas urnas eletrônicas, detectada pelo Datafolha, atingiu com mais força os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), mas não poupou os de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No levantamento anterior, em março, 29% dos bolsonaristas diziam não ter confiança no sistema de votação, patamar que subiu 11 pontos agora, para 40%. No caso dos lulistas, a fatia cresceu, embora com menos intensidade, de 11% para 16%. Nada que se compare, no entanto, à disparada ocorrida no segmento mais rico da população, no qual Bolsonaro consegue seus melhores índices. Na faixa que tem renda mensal de mais de dez salários mínimos, 21% desconfiavam da urna há dois meses. Agora, são 34%, um salto de 13 pontos percentuais. Em comparação, no estrato mais pobre, dos que têm renda mensal de até dois salários mínimos, o patamar dos que não confiam no sistema eletrônico subiu 8 pontos percentuais, passando de 17% para 25%.

 

'Fiquei vulnerável, tinha medo de tudo' - Em setembro de 2018, na semana em que o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro foi vítima de um atentado em Juiz de Fora (MG), a sindicalista e militante de esquerda Lívia Gomes Terra, 41, teve sua vida e rotina alteradas ao ser associada à tentativa de assassinato. À época, começaram a circular teorias conspiratórias nas redes sociais apontando uma mulher de óculos escuro, que aparecia em uma das filmagens do episódio, como participante do crime —o que foi descartado nas investigações. No tribunal da internet, contudo, mais de uma mulher acabou tendo sua identidade falsamente ligada à pessoa que aparecia no vídeo. Uma delas foi Lívia. Segundo uma postagem na internet que viralizou, em que apareciam prints de seu perfil no Facebook, seria ela quem teria entregado a faca para Adélio Bispo, o autor da facada. No print, Lívia aparecia também de óculos e tinha cabelos escuros, assim como a moça do vídeo. Seu nome na rede social era "Lívia Lula Terra". Para completar o cenário conspiratório, ela era (e ainda é) uma dirigente sindical em Juiz de Fora e filiada ao PT. Mais de três anos após o ocorrido, em maio deste ano, o autor do post que foi identificado como a origem da informação falsa sobre Lívia. O engenheiro Renato Henrique Scheidemantel, 53, foi condenado pelo crime de calúnia. A pena dada a ele foi de 10 meses de prisão, que acabou convertida pelo juiz a prestação de serviços comunitários.

 

Tebet tenta difícil missão de se viabilizar - A senadora Simone Tebet (MDB-MS) costuma brincar que sua situação na corrida presidencial lembra um episódio do desenho Tom e Jerry. Nele, os gatos planejam ir para a guerra contra os ratinhos e estão todos perfilados, um ao lado do outro. Discretamente, no entanto, todos vão dando um passo para trás e, de repente, Tom se vê sozinho no combate. Tebet foi chancelada na semana passada pelas direções de MDB e Cidadania como o nome para concorrer à Presidência da República pela chamada terceira via. Falta apenas o PSDB, a outra sigla remanescente no bloco, tomar sua decisão. A senadora tornou-se, assim, a candidata que tenta chegar ao fim de um processo para se colocar como alternativa à polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ficaram pelo caminho nomes como o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ex-governador João Doria (PSDB). A própria cúpula do MDB, no entanto, reconhece que a candidatura de Tebet é até o momento puramente política. Falta agora o componente eleitoral, cabendo à senadora se mostrar competitiva e sair dos 2% das intenções de voto, segundo a mais recente pesquisa Datafolha.

 

Lula e Bolsonaro deixam Ciro falando sozinho - Os ataques do presidenciável Ciro Gomes (PDT) a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) têm ficado sem respostas diretas das campanhas rivais, reforçando o isolamento do ex-ministro no momento em que ele busca furar a bolha da polarização e dissipar pressões por desistência. A estratégia de se contrapor a Lula, que levou à debandada de aliados como o deputado federal Túlio Gadêlha (que migrou do PDT para a Rede Sustentabilidade), é vista como ineficaz para a atração de votos até por correligionários, que nos bastidores avaliam que ele tem pesado a mão. O discurso ficou evidente no debate virtual com Gregorio Duvivier, no último dia 20, feito a convite do pedetista em seu canal no YouTube, depois que o humorista o criticou no programa "Greg News" (HBO) e pregou voto em Lula no primeiro turno. O resultado para o pré-candidato foi discutível. Ciro adotou a linha belicosa contra os favoritos para conquistar votos de eleitores pouco convictos de ambos, que só estão com um dos líderes por rejeição ao nome do outro lado, e dos que rejeitam os dois ou ainda estão indecisos. Terceiro colocado na corrida, ele teve 7% no Datafolha divulgado na quinta-feira (26) e disse que ainda há tempo para mudanças no quadro. Apesar da distância para Bolsonaro (27%) e Lula (48%), frisou que ampliou sua vantagem em um eventual segundo turno contra o presidente (52% a 36%). Os dois favoritos têm deixado o ex-ministro falando sozinho. 

 

Suarez tem acordo para ficar com ativos de gás da Petrobras - O empresário Carlos Suarez, um dos fundadores do grupo especializado em infraestrutura OAS, é o comprador final de ativos da Petrobras no setor de gás. A venda está sendo analisada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), mas o nome dele não é mencionado no processo. Os documentos protocolados no órgão antitruste informam que a Gaspetro (da Petrobras) será vendida para a Compass (do grupo Cosan). Mas, conforme relatado à Folha, Suarez já tem um acordo com a Cosan para ficar com parte dos ativos negociados. Suarez tem participação minoritária nas cinco empresas sendo transacionadas. São elas a Cebgas (DF), a Gasap (AP), a Gaspisa (PI), a Goiasgás (GO) e a Rongás (RO). Apenas a Cebgas é operacional, e as demais são companhias de papel cujo principal ativo é a concessão para explorar gás nos estados. Essas empresas podem ser beneficiadas por um programa de subsídios à construção de gasodutos que é articulado no Congresso. A operação casada entre Cosan e Suarez é necessária porque a Gaspetro decidiu vender em um pacote só as participações que tem em 18 empresas regionais de distribuição de gás. O objetivo da Petrobras é conseguir mais dinheiro pelos ativos, já que no lote há companhias consideradas valiosas e outras que não são operacionais. A venda dos ativos pela Petrobras foi combinada com o Cade em um acordo assinado em 2019 com a petroleira. Nele, a empresa se comprometeu a se desfazer das suas participações em companhias regionais –o que diminuiria a sua presença em todos os elos da cadeia do setor. A Compass levou o pacote, mas já avisou que não quer ficar com todas elas. A empresa informou em dois comunicados ao mercado que já tinha acordos para vender 12 subsidiárias em dois lotes diferentes, um com sete participações e outro com cinco. A Termogas, holding de Suarez, é a companhia que vai comprar o lote de cinco.

 

O que está segurando crescimento de Bolsonaro é o preço dos combustíveis - Ministro das Comunicações e integrante da ala política do governo, Fábio Faria (PP) diz acreditar que o maior empecilho para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) é a economia —mais precisamente, a alta nos combustíveis. "O que está segurando ainda é o preço dos combustíveis. Mas, mesmo assim, ele [Bolsonaro] está crescendo", afirmou, em entrevista à Folha na quarta (25), antes de ser publicado o Datafolha mais recente. Diante dos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, Faria se une à ala do governo que defende a adoção de subsídio para o diesel, como forma de impedir uma eventual greve dos caminhoneiros –que fazem parte da base eleitoral do presidente. Para isso, defende utilizar R$ 15 bilhões do lucro de R$ 44 bilhões da Petrobras, apesar de reconhecer a resistência do ministro Paulo Guedes (Economia). Sobre negócios com o bilionário Elon Musk, que visitou o Brasil a seu convite no dia 20 de maio, o ministro afirma que a empresa do bilionário terá que participar de licitação para prestar serviço no país.

 

Malabarismo para Bolsonaro ter palanques - Quando Jair Bolsonaro anunciou a filiação ao PL, em abril, o partido de Valdemar Costa Neto (SP) comemorou. Muitos bolsonaristas acompanharam o presidente da República e migraram para o partido, que passou a de ter a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 73 parlamentares. Desempenho que alimentou a expectativa de palanques robustos nos estados para dar suporte à campanha de reeleição do presidente. Mas a realidade tem se mostrado mais complexa. Mesmo onde o apoio ao chefe do Executivo é forte, o PL não se estabelece como principal catalisador das forças de direita, seja por falta de nomes, seja por conveniências locais. Em dois estados de interesse dos caciques do Centrão, por exemplo, as disputas locais prevaleceram sobre a necessidade de oferecer palanques fortes a Bolsonaro. Em Alagoas, a tendência do PL é apoiar o senador Rodrigo Cunha (União Brasil), que tem o respaldo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), para enfrentar o emedebista Paulo Dantas. Favorito nas pesquisas, o recém-eleito governador abrirá palanque para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma grande frente que une partidos da esquerda à direita, sob a bênção do clã Calheiros, do senador Renan (MDB) e do ex-governador Renan Filho (MDB), inimigos políticos de ira. Cunha, por sua vez, prefere não se comprometer politicamente com o bolsonarismo e evita colar a própria imagem à do presidente. Cenário semelhante está se formando no Piauí, do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, um dos principais caciques do Centrão. O PP vai acompanhar a pré-candidatura do União Brasil ao governo do estado, com Sílvio Mendes. Mas ele já declarou que não abrirá palanque para Bolsonaro. Por isso, o PL deve lançar chapa própria apenas para acolher o presidente. “Será uma campanha de contenção de danos”, disse um interlocutor de Ciro. “O objetivo, lá, é tirar o PT, que está há 20 anos no poder. É o PT que quer nacionalizar a eleição no estado, mas o candidato do PL não entrará na polarização”, complementou. Para dar projeção a Bolsonaro no Nordeste, o PL articula algumas candidaturas com pouca viabilidade eleitoral. É o caso do Ceará, que estuda lançar o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos, mas a ala ligada ao  presidente Bolsonaro defende o apoio ao deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), que organiza uma ampla aliança para enfrentar o PDT, principal força do estado e base do pré-candidato Ciro Gomes.

 

PT considera que o Sul é crucial para vitória no primeiro turno - A região em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera as pesquisas é vista pelo PT como prioritária para tentar consolidar os votos que faltam para garantir uma vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno, conforme avaliam seus aliados. Os lulistas acreditam que se o ex-presidente melhorar a performance na região, a conta de chegada fecha e o partido pode conquistar a marca inédita em sua história. O trabalho, agora, será conquistar tudo o que for possível em termos de apoios e reforçar, no Sul, o discurso de ameaça à democracia. Lula irá ao Rio Grande do Sul com Geraldo Alckmin e, além desse tema, tentará organizar o palanque estadual e evitar que o PSB siga para Ciro Gomes (PDT). Vale lembrar que, além do PT, quem vê o Sul com esperança de crescimento nas pesquisas é Simone Tebet, do MDB. Ela trabalha para levar o diretório gaúcho a apoiar a candidatura de Eduardo Leite a governador. Leite ainda não anunciou oficialmente que será candidato a mais quatro anos no Piratini. Simone aguarda apenas esse anúncio para tentar garantir a união de tucanos e emedebistas no estado.

 

A pastores evangélicos, Alckmin promete elevar salário mínimo - Em mensagem a evangélicos, o vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin, prometeu reajuste do salário mínimo acima da inflação em um eventual governo do petista. O vídeo com a fala do ex-governador será exibido em um telão do evento Café com Pastores, neste domingo, 29, organizado por Paulo Marcelo Schallenberger, assessor do presidenciável na comunicação com o segmento religioso. “O salário mínimo está perdendo o poder de compra, 70% dos aposentados e pensionistas ganham apenas um salário mínimo, R$1.212. Nós vamos levar o salário acima da inflação, para melhorar o poder de compra”, diz Alckmin na gravação. Conforme revelou a Coluna do Estadão, Schallenberger prepara uma série de reuniões de Geraldo Alckmin com chefes de igrejas menores e dispersas pelo País. A estratégia foi traçada a partir da leitura de que as principais lideranças do meio já estão associadas a Jair Bolsonaro. Ele também pediu orações e agradeceu às igrejas por “trabalho belíssimo de evangelização” e por cuidar “das famílias e dos mais necessitados”. A chapa quer lembrar medidas positivas dos governos Lula para os evangélicos, como a sanção da lei que conferiu personalidade jurídica às igrejas. Questões econômicas, como a perda do poder de compra sob a gestão do atual presidente, também serão foco do discurso.

 

'Não estaríamos aqui sem vocês', diz Michelle aos evangélicos - O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, desembarcaram ontem em Manaus para participar de mais uma edição da Marcha para Jesus — na semana anterior, houve um evento semelhante em Curitiba, também com a participação do chefe do Planalto. Para o público de cerca de 300 líderes evangélicos no Teatro Amazonas, Michelle disse que a ascensão de Bolsonaro ao poder teve um papel decisivo nesse segmento religioso. Ela acrescentou que tem pedido a Deus "força e coragem" por causa de "tantos ataques". - Obrigado a toda a liderança que nos ajudou, não estaríamos aqui sem o apoio de vocês. Estamos vivendo tempos difíceis, um momento que foi dado por Deus. Estamos cumprindo seu propósito. "Não é fácil", disse a primeira-dama. Ele aproveitou a ocasião para defender o legado do mandato de Bolsonaro. - Estamos com um projeto de prosperidade e libertação da nossa nação desde o início. Continuamos pedindo a Deus para nos dar força, coragem e muito amor em nossos corações, porque precisamos dela com tantos ataques. Que Deus venha fazer o que é melhor para nossa nação", disse ele. A presença de Michelle faz parte da estratégia da campanha de reeleição do presidente para atrair o público feminino, segmento da sociedade em que ela tem enfrentado altos índices de rejeição. Além disso, é evangélica e tem bom diálogo com lideranças religiosas, importante base de apoio ao chefe do Planalto. Em um breve discurso no evento, o presidente voltou a se posicionar contra o aborto e a legalização das drogas, bem como a legalização do jogo — a bancada evangélica no Congresso também se posiciona contra os três pontos.