PETROBRAS projeta gerar 35 MIL NOVOS EMPREGOS com investimento na INDÚSTRIA NAVAL; confira detalhes
PETROBRAS projeta gerar 35 MIL NOVOS EMPREGOS com investimento na INDÚSTRIA NAVAL; confira detalhes
Investir na indústria naval do Brasil é uma promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua campanha.
Por Júnior Silva
Estaleiro Atlantico Sul. Foto: clickpetroleoegas.com.br
A empresa estatal Petrobras está formando um ambicioso plano para renovar sua frota de embarcações de suporte a plataformas de petróleo. O principal objetivo é substituir unidades que estão se aproximando do fim de sua vida útil nos próximos anos. O diretor responsável por Engenharia, Tecnologia e Inovação da estatal, Carlos Travassos, anunciou que até 36 embarcações serão alugadas, o que impulsionará os negócios no setor de indústria naval do Brasil.
As embarcações de suporte desempenham um papel crucial no transporte de materiais essenciais até as plataformas e na execução de tarefas especializadas, como o lançamento de tubulações no leito do oceano.
A partir de análises preliminares, a Petrobras identificou a necessidade de substituir, até 2029, um total de 28 embarcações, com outras 8 a serem substituídas logo após esse período.
O plano de renovação é encarado como uma oportunidade significativa para a indústria naval do Brasil, pois estima-se que os contratos possam resultar em aproximadamente 35 mil postos de trabalho diretos e indiretos nos estaleiros nacionais.
Ademais, a empresa estatal tem a intenção de adotar tecnologias mais ecologicamente corretas e sustentáveis, com o objetivo de reduzir as emissões de gases poluentes durante suas operações.
Conforme a legislação brasileira, as licitações não especificam a localização para a construção das embarcações, mas é evidente a preferência por navios de bandeira nacional.
Isso implica que as embarcações brasileiras têm prioridade sobre as estrangeiras na concorrência pelos contratos da Petrobras.
Atualmente, a maioria da frota de apoio marítimo da empresa é de origem nacional. Segundo a Abeam (Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo), em maio, das 408 embarcações em operação no país, 363 eram de bandeira brasileira.
Adicionalmente, a empresa estatal tem a intenção de firmar contratos com estaleiros brasileiros para a fabricação de módulos destinados a plataformas de petróleo, bem como para o desmantelamento de plataformas que atingiram o fim de sua vida útil.
Recentemente, a companhia celebrou um acordo com a Gerdau para o desmonte da plataforma P-32, e outras 26 unidades serão desmanteladas até 2027, seguidas por mais 27 até 2030.
O retorno dos investimentos na indústria naval do Brasil é uma promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua campanha.
No passado, o governo implementou uma série de incentivos à construção local, o que resultou na criação de novos e extensos estaleiros no país.
Isso incluiu o Programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam), que demandou a construção de mais de 120 embarcações.
Infelizmente, o processo de solicitação de embarcações foi suspenso devido ao início da Operação Lava Jato, que expôs práticas corruptas e superfaturamento em projetos de construção naval, levando à detenção de executivos e políticos.
Contudo, a procura por serviços de suporte marítimo parece estar aumentando novamente, o que representa uma oportunidade significativa para o desenvolvimento e avanço da indústria naval no Brasil.
Da redação do Portal com Informações do site Petróleo e Gás