Presidente nacional do PSB afirma que a federação só vai acontecer com autonomia partidária

Para Carlos Siqueira, a parceria tem que ser apenas em nível nacional

Presidente nacional do PSB afirma que a federação só vai acontecer com autonomia partidária

Presidente nacional do PSB afirma que a federação só vai acontecer com autonomia partidária

Para Carlos Siqueira, a parceria tem que ser apenas em nível nacional

 

Divulgação

Segundo o presidente nacional do PSBCarlos Siqueira, a federação entre o PT, PCdoB, PSB, Psol e PV é possível se a autonomia dos partidos for respeitada. “Nós temos que tratar com o PT, com toda franqueza, que nós não aceitaremos jamais, nem nós e nem eu acredito que os outros partidos como o PV e PCdoB, mas eles falam por eles e eu falo pelo meu partido, que não aceitaremos jamais ser mandado por partido nenhum. Nós temos que preservar a nossa autonomia, nossas decisões, as nossas candidaturas em cidades importantes.Nós não estamos dispostos a abrir mão disso. Mas se tiver uma compreensão não só do PT, mas de todos os demais, é possível estabelecer regras aceitáveis e democráticas que mantenham a autonomia desses partidos, aí ela acontecerá (a federação).Do contrário, não acontecerá, mas nós vamos nos esforçar para que ela aconteça. Não é seguro que ela venha acontecer se essas regras que forem estabelecidas não sejam aceitáveis”, afirmou o socialista durante entrevista para a CNN. 

 

Federação por necessidade 

A federação não é vista com bons olhos por alguns membros da esquerda, mas para Carlos Siqueira ela é essencial para o Brasil de hoje. “O momento que nós estamos a viver é um momento  difícil, um momento que nós precisamos superar, um momento de ameaça à democracia em que essas forças progressistas, e eu defendo que não seja apenas elas, que elas agreguem forças que vão ao centro político. O que está em jogo não é  esquerda e direita, o que está em jogo é democracia ou autoritarismo, e nós precisamos ter a grandeza de nesse momento, fazer um esforço e unidade dessas forças, indo para além delas, ir para um centro político, buscar um programa comum que tire o Brasil da situação de ameaça a democracia”, avaliou.

Jogo político 

Ainda durante a entrevista, o dirigente enfatizou que o PT precisa ter foco. “Eu acho que nesse momento o PT precisa estabelecer, eu já disse isso duas vezes ao próprio Lula(PT) e várias vezes à presidente do PT Gleisi (Hoffmann), precisa estabelecer qual é a sua prioridade. É ganhar a eleição presidencial ou é disputar os estados com o seu principal aliado à esquerda? Eu acho que deveria ser a eleição presidencial, e eu acho que o PSB ajuda a ampliar.Tanto ajuda que está se dispondo, e já convidou o ex-governador Geraldo Alckmin também também para se filiar ao partido,” declarou. 

O ex-tucano Geraldo Alckmin, que está estudando a possibilidade de ser candidato a vice-presidente de Lula (PT) nas eleições de 2022, já foi convidado oficialmente pelo PSB para ser membro do partido. No dia 13 de dezembro de 2011, ele e Carlos Siqueira se encontraram em São Paulo para estabelecer o acordo que ainda não foi assinado, mas que segundo o presidente da legenda, tem tudo para acontecer. “Ele sabe que aqui no PSB ele só tem amigos e que ele é muito bem-vindo, que ele pode cumprir esse papel que o presidente Lula deseja, que nós todos desejamos, para fortalecer as forças democráticas e progressistas no sentido de vencer as eleições”, concluiu.