O crimes de lesa-pátria e o desprezo ao patrimônio público

O crimes de lesa-pátria e o desprezo ao patrimônio público

Publicado em 09/02/2023

Lula acerta ao chamar de crime de lesa-pátria a venda da Eletrobras, mas a “bandidagem” foi bem mais longe.

Ao apontar as regras draconianas impostas à União, quando da venda do controle acionário da Eletrobras, Lula disse que irá acionar a Advocacia Geral da União (AGU) para denunciar a validade do contrato. O presidente afirmou:

"Tanto na participação acionária – nós queremos ter mais gente na direção, mais gente no conselho – quanto esse negócio de que você não pode comprar porque você vai pagar três vezes mais caro. Isso é uma coisa irracional, maquiavélica, que não podemos aceitar.

Num dos primeiros atos do novo governo, Lula se comprometeu a não privatizar nenhuma das grandes empresas públicas, incluindo Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa e Correios. Mas isso é pouco.

No caso da Petrobrás, por exemplo, a estratégia de venda fatiada, retirou da empresa recursos estratégicos que diminuem de forma significativa a possibilidade da Petrobrás de retomar seu papel fundamental no desenvolvimento do Brasil.

A AEPET insiste na necessidade da reversão da privatização dos ativos da Petrobrás, destacando a BR Distribuidora, refinarias, malhas de gasodutos (NTS e TAG), distribuidoras de GLP e gás natural (Liquigás e Comgás), produção de fertilizantes nitrogenados (FAFENs), direitos de exploração e produção de petróleo e gás natural e as participações na produção de petroquímicos e biocombustíveis.

Só assim será possível a reestruturação da Petrobrás como Empresa Estatal de petróleo e energia, dando conta de sua gestão, com absoluta transparência, ao controle do povo brasileiro.

O abutres do mercado financeiro seguem a sobrevoar o patrimônio público brasileiro, prontos para seguirem com a rapinagem.

Mais do que nunca é preciso recordar trecho da Carta Testamento de Getúlio Vargas: "Quis criar a liberdade nacional, na potencialização das nossas riquezas, através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre, não querem que o povo seja independente".