Manchetes dos jornais de domingo 11-08-2024

Manchetes dos jornais de domingo 11-08-2024

 

 

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais de domingo 11-08-2024

 

 

O ESTADO DE S.PAULO – Apurações de acidentes aéreos no País leva, mais de dois anos

 

O GLOBO – Donas do esporte

 

FOLHA DE S.PAULO – Bombeiros resgatam todos os mortos; total de vítimas chega a 62

 

CORREIO BRAZILIENSE – Marina Silva: “O negacionismo ambiental é muito perigoso”

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Rápido - A conclusão do resgate dos 62 mortos na queda do avião da Voepass no início da noite deste sábado (10) desloca as atenções envolvendo a tragédia para a identificação das vítimas e a investigação das causas da queda. A aeronave caiu na tarde de sexta-feira (9) na cidade de vinhedo, no interior de São Paulo, matando todos os 58 passageiros e 4 tripulantes. Inicialmente, a companhia aérea havia contado 61 vítimas, mas corrigiu o número neste sábado. Ao todo, 34 corpos masculinos e 28 femininos foram retirados do local da tragédia e encaminhados para a unidade central ao IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo para a identificação e liberação às famílias, segundo o governo estadual. A última vítima foi retirada dos destroços pouco antes das 19h. Além de colaborar para a célere retirada dos restos mortais, a queda em local de fácil acesso também contribuiu para a investigação. O relatório preliminar está previsto para ser concluído em 30 dias, segundo a FAB (Força Aérea Brasileira).

 

Mulherada - No penúltimo dia de Olimpíada, o Brasil ganhou mais duas medalhas, e novamente foram as mulheres responsáveis pelos feitos. No voley a equipe bateu a Turquia por 3 a 1 e recebeu o bronze. No futebol, a seleção perdeu a final para os Estados Unidos por 1 a 0, mas subiu ao pódio para receber a prata. O resultado coroa a participação feminina do Brasil nos Jogos de Paris: do total de 20 medalhas, 12 foram para mulheres, sete para homens e uma para a equipe mista do judô. Os únicos três ouros vieram com a judoca Beatriz Souza, a ginástica Rebeca Andrade e a dupla do volei de praia Ana Patrícia e Duda. O Brasil termina Paris-2024 com menos medalhas e ouros do que em Tóquio-2020 quando subiu ao pódio 21 vezes e teve sete ouros, deixando alerta para problemas como a falta de renovação. 

 

Meio ambiente - “Você pode até ser conservador, mas não pode negar o que a ciência está dizendo”, destaca, ao Correio, a ministra Marina Silva, sobre a crise climática. Ela ressalta que o fator clima leva à perda da produtividade agrícola e reforça o trabalho para a redução do desmatamento na Amazônia. Para a ministra, o Brasil tem um papel de liderança na nova geopolítica ambiental. Segundo ela, o país foi fundamental na decisão sobre a transição para o fim do uso de combustível fóssil.

 

A ampulheta  virou - A soltura de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, acusado de fazer parte de um grupo que tramava um golpe de Estado, soou a muitos integrantes da base de Lula como um sinal de que perdeu força o discurso de defesa da democracia que ajudou o petista logo depois do quebra quebra de 8 de janeiro de 2023. Foi essa certeza que levou o presidente a articular o encontro com os ministros na semana passada, de forma a organizar a “hora de mostrar serviço”. A certeza, no Planalto, é a de que “acabou o recreio”. Daqui para a frente, é “mata mata”, ou seja, não dá mais para errar nem deixar para depois. A avaliação do governo é que há três elementos que precisam de muita atenção: a irritação dos congressistas com a suspensão de grande parte das emendas Pix pelo Supremo Tribunal Federal; a eleição municipal, período em que cotoveladas são inevitáveis; e a disputa pela Presidência da Câmara, em polvorosa nos bastidores. O comportamento dos ministros e do próprio presidente é que irá definir se esses fatos serão um tsunami ou uma “marolinha”.

 

O país dos advogados - O Brasil atingiu a marca de 1,4 milhão de advogados, que são os profissionais graduados em direito aprovados no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A maioria (726 mil) são mulheres. Esses números colocam o país com o segundo maior número de advogados do mundo, em números absolutos, atrás apenas da Índia, que conta com pouco mais de 2 milhões de profissionais. Porém, em proporção com a população, o país asiático fica para trás. Por aqui, a relação é de um advogado para cada 153 habitantes, enquanto, nos Estados Unidos, essa proporção é de 1 para 253 (1,3 milhão no total). Na Índia, é de um por grupo de 700 habitantes. Além dos dados de profissionais formados, a OAB registra, atualmente, 11 mil estagiários. Não foram contabilizados profissionais graduados em direito que não foram aprovados ou não fizeram a prova da Ordem para ingresso na carreira.

 

Lula recebe indígenas ameaçados - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva; os ministros dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo; e da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta; e a presidente da Funai, Joênia Wapichana, reuniram-se, ontem, com lideranças indígenas do povo Guarani-Kaiowá, de Mato Grosso do Sul, para discutir o aumento da violência na região, com o avanço de agricultores sobre a área que está sendo ocupada pelos indígenas. A Polícia Federal e a Força Nacional reforçaram o patrulhamento após o registro de ataques. No começo da semana, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) suspendeu uma ação de reintegração de posse que estava em andamento na Terra Indígena Panambi Lagoa Rica, em Douradina (MS). Nos últimos dias, a violência aumentou e as forças policiais precisaram ser mobilizadas para impedir que uma tragédia acontecesse.

 

Governo Lula discute acabar com sigilo de 100 anos - O governo Lula (PT) discute mudar a lei que trata de informações pessoais de agentes públicos para acabar com o sigilo de 100 anos e permitir que as pessoas que tenham acesso negado a um documento possam pedir reavaliação da decisão após 10 anos. Na campanha eleitoral de 2022, o presidente prometeu acabar com o sigilo de 100 anos e determinou, entre suas primeiras medidas, a revisão dos sigilos decretados pelo seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). No mês passado, no entanto, o governo federal colocou sigilo de 100 anos na declaração de conflito de interesses do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A minuta em discussão, que está atualmente na Casa Civil, propõe alterações na lei que trata do acesso a informações, de 2011.

 

Sem destino - A Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados distribui verba bilionária de emendas conforme orientações repassadas por uma assessora de confiança do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e com destino desconhecido por membros do próprio colegiado. Mensagens obtidas pela Folha mostram que a advogada e assessora parlamentar Mariângela Fialek, que hoje atua na liderança do PP, enviou à cúpula da comissão listas prontas de municípios que deveriam receber obras e maquinário pagos por meio de emendas da comissão, que tem disponíveis um total de R$ 1,1 bilhão. Os documentos encaminhados por Fialek são minutas de ofícios. Tais listas foram posteriormente assinadas pelo presidente da comissão, o deputado José Rocha (União Brasil-BA), e direcionadas ao MIDR (Ministério da Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional), que é a pasta que executa as emendas.

 

Regra do TSE amplia poder de polícia de juízes eleitorais - A uma semana do começo do período oficial de campanha, uma nova regra criada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está envolta em uma série de dúvidas e indefinições. Nestas eleições, a corte decidiu pela ampliação do poder de polícia dos juízes eleitorais da primeira instância para remover conteúdo da internet em caso de propaganda eleitoral com desinformação sobre urnas, processo eleitoral e Justiça Eleitoral. Até então, esse poder estava restrito à avaliação da forma ou do meio da propaganda, mas não do teor. A nova regra permite que esses magistrados possam fazer a avaliação do conteúdo quando a desinformação for sobre estes temas mesmo que não tenham sido acionados judicialmente por alguma das partes.

 

Divisão de território - Partidos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro, PT e PL montaram estratégias para tentar “furar barreiras” nas eleições municipais em regiões onde o adversário teve melhor desempenho. Os petistas mapearam que candidatos da sigla enfrentam situações adversas em estados como Roraima, Rondônia, Acre e Santa Catarina. Já no PL o quadro é considerado mais difícil em quatro estados do Nordeste: Piauí, Bahia, Maranhão e Ceará. A ideia das duas siglas é reduzir resistências nestas localidades, numa tentativa de preparar terreno para as disputas de 2026. 

 

Religião do candidato afeta o voto de um 1/3 dos eleitores - Um terço dos eleitores brasileiros considera que a religião dos candidatos a prefeito será um fator relevante para a escolha do voto nas eleições de outubro. Segundo pesquisa nacional realizada pelo Ipespe, são 23% os que classificam essa característica como “importante”, e 13% afirmam que a maneira como o político manifesta sua fé é “muito importante” para que o mesmo mereça confiança. A crescente comunidade evangélica no país é o grupo que mais dá valor à religião dos candidatos. Nesse segmento, são 43% os que consideram o fator “importante” ou “muito importante”, parcela que, considerando a margem de erro de 1,8 ponto percentual para mais ou menos, equivale à daqueles evangélicos que dizem não se importar com essa questão na hora de escolher em quem votar (46%). Os evangélicos são também o estrato social que mais cobra compatibilidade religiosa dos candidatos. No geral, 81% dizem ser indiferentes à religião dos postulantes, enquanto 16% dizem desejar que ela seja a mesma que eles próprios seguem. Já entre os evangélicos, essas taxas são de 70% e 28%, respectivamente. Como o GLOBO mostrou, há uma movimentação estruturada nos templos religiosos para eleger nomes alinhados com pastores nas principais capitais e grandes cidades do país.

 

Lula se reúne com candidatos do PT - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste sábado na sede do PT, em Brasília, com candidatos a prefeituras de todo o país para fazer fotos que serão usadas na campanha eleitoral. Estão presentes postulantes do PT e de partidos aliados, como PSOL, PV e MDB. Nas conversas, Lula quis se informar sobre os cenários locais e disse que reforçaria as campanhas. A expectativa, no entanto, é que ele se empenhe em cidades com mais chances de vitória. Foram convidados os candidatos de cidades com população acima de 100 mil habitantes. A estimativa é que cerca de 160 concorrentes estiveram presentes. Entre eles,  o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), que vai concorrer à prefeitura de Belo Horizonte. Correia trouxe um kit mineiro de presente para Lula e para a primeira-dama, Janja da Silva, com queijo canastra, doce de leite e outros quitutes mineiros. Também participou do evento o candidato do MDB à prefeitura de Salvador, Geraldo Junior, e a candidata do PT à prefeitura de Araraquara (SP), Eliana Honain. Araraquara é uma cidade vista como estratégica para o PT por ser uma das poucas ainda administradas pelo partido em São Paulo, com o ex-ministro Edinho Silva.

 

Turismo brinda redutos do Centrão - Às vésperas do início da campanha por prefeituras, redutos eleitorais de caciques do Centrão vêm recebendo shows de forró, axé e sertanejo custeados pelo Ministério do Turismo do governo Lula (PT). A verba faz parte de um acordo de cooperação entre a pasta do ministro Celso Sabino e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), que reservou até R$ 400 milhões sob pretexto de estímulo ao turismo. O evento mais recente, na semana passada, foi um festival em Barra de São Miguel (AL), cidade governada pelo pai do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). A festa, em homenagem aos 61 anos de emancipação política da cidade, reuniu artistas como Léo Santana, Bell Marques e o trio À Vontade, figuras recorrentes em outros eventos custeados pelo ministério. Em março, o portal Uol revelou uma gravação em que o prefeito de Barra de São Miguel, Benedito de Lira (PP), anunciava as três atrações e se referia a elas como “um presente” do ministro Celso Sabino. 

 

Aliança costurada por Zema afasta bolsonaristas - A aliança costurada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), nas eleições em Belo Horizonte irritou políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e comprometeu os planos do gestor mineiro na corrida presidencial em 2026. Em BH, Zema indicou sua ex-secretária de Planejamento, Luísa Barreto, a vice na chapa do candidato do Republicanos a prefeito, o deputado estadual Mauro Tramonte. Assim, o representante do bolsonarismo, o deputado estadual Bruno Engler (PL), foi preterido. Somado a isso, Zema agora divide o palanque com o ex-prefeito e antigo adversário Alexandre Kalil, recém-filiado ao Republicanos. A movimentação gerou uma crise na relação entre Zema e a extrema-direita, com críticas até mesmo de um dos filhos do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PL). A crítica foi acompanhada por outros perfis bolsonaristas. Engler, por sua vez, admitiu que esperava contar com o apoio de Zema em seu palanque e alfinetou o governador: — A gente viu Kalil e Zema, que eram dois adversários, subindo no mesmo palanque, é esquisito. 

 

AGU tem vitórias em série e gera impacto positivo de R$ 1,4 trilhão - As sucessivas vitórias da Advocacia-Geral da União (AGU) em processos na Justiça já geraram um impacto positivo de R$ 1,4 trilhão para os cofres públicos, mostra levantamento interno da pasta ao qual a Coluna do Estadão teve acesso. O estudo considera decisões judiciais que ou recuperaram valores devidos à União, ou evitaram prejuízos aos cofres públicos, ou possibilitaram investimentos em concessões, entre janeiro de 2023 e julho deste ano.