Exército tenta afastar imagem golpista, mas não agirá contra generais

Exército tenta afastar imagem golpista, mas não agirá contra generais

Exército tenta afastar imagem golpista, mas não agirá contra generais

Dois militares investigados pela tentativa de golpe foram exonerados dos seus postos de comando; generais, por ora, seguem blindados

 

 

Igo Estrela/Metrópoles

General Braga Netto, durante coletiva de imprensa - metrópoles

O comando do Exército brasileiro exonerou na quarta-feira (14/02) dois militares supostamente envolvidos com a tentativa de golpe de Estado e investigados pela Polícia Federal (PF).

O tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida (aquele do desmaio) deixou o comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia (GO); já o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima saiu da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus (AM).

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O afastamento dos dois demorou, mas aconteceu. A ordem tinha sido dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, no âmbito da operação Tempus Veritatis.

O comandante do Exército, Tomás Paiva, acatou a ordem do ministro Alexandre de Moraes para preservar a imagem do Exército. Os militares, no entanto, continuam recebendo seus salários.

Mesmo com o afastamento das funções de comando dos dois militares, o Exército segue blindando os militares de alta patente. A força disse que só vai abrir processos administrativos contra os seis generais investigados quando a investigação do Supremo Tribunal Federal terminar.

Segundo a força, só aí que a cúpula poderá tomar decisões. “As providências, quando necessárias, serão tomadas em conformidade com as decisões jurídicas acerca do assunto”, disse o Exército em nota.

O Exército também disse que auxilia nas investigações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal.

São investigados os generais:

  • Augusto Heleno;
  • Estevam Theophilo Gaspar De Oliveira;
  • Laércio Vergílio;
  • Walter Braga Netto;
  • Mário Fernandes;
  • Paulo Sérgio de Oliveira.