Em desespero, Bolsonaro volta a fazer ameaças e diz que só aguarda “sinalização do povo” para providência

Em desespero, Bolsonaro volta a fazer ameaças e diz que só aguarda “sinalização do povo” para providência
Em desespero, Bolsonaro volta a fazer ameaças e diz que só aguarda “sinalização do povo” para providência
Não comprou vacinas para passar toda a boiada? Reprodução

POLÍTICA

Em desespero, Bolsonaro volta a fazer ameaças e diz que só aguarda “sinalização do povo” para providência


VIOMUNDO

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Da Redação

“O Brasil está no limite, pessoal fala que devo tomar providência… Estou aguardando o povo dar uma sinalização porque a fome, a miséria e o desemprego estão aí, só não ver quem não quer”, afirmou hoje o presidente Jair Bolsonaro, em nova ameaça às instituições.

A afirmação foi feita horas depois de a ministra Rosa Weber, do STF, anular trechos de decretos de Bolsonaro que facilitavam a compra e o porte de armas e munições e a ministra Cármen Lúcia pedir ao plenário que julge se a PGR deve abrir inquérito a partir de queixa-crime de lideranças indígenas, que acusam o presidente de genocídio.

Bolsonaro foi além em suas acusações.

“Amigos do STF, daqui a pouco vamos ter uma crise enorme aqui. Vi que um ministro baixou um processo para me julgar por genocídio… Olha, quem fechou tudo, quem está com a política na mão não sou eu. Agora, não quero brigar com ninguém, mas estamos na iminência de ter um problema sério no Brasil. O que nascerá disso tudo, onde vamos chegar? Parece que é um barril de pólvora que está aí. E tem gente, de paletó e gravata, que não quer enxergar isso”, afirmou.

Da declaração do presidente, presume-se que o presidente acredita que os fardados enxergam o que vem por aí.

Bolsonaro está sob intensa pressão.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já recebeu as indicações dos partidos para compor a CPI da Covid 19, que deverá funcionar em regime presencial.

A instalação deve acontecer num prazo de até 10 dias.

A previsão é de que a CPI receba intensa cobertura televisiva, num momento em que o Brasil caminha para ter 400 mil mortos pela pandemia, com possibilidade de que ultrapasse os Estados Unidos com o maior número de mortos por covid no mundo.

Os Estados Unidos atingiram 563 mil óbitos pela pandemia até agora, com um crescimento diário inferior a mil mortes. No Brasil, no entanto, a média supera 3 mil — e o país aparentemente caminha para uma estabilidade no número de casos, óbitos e internações em um patamar alto.