Conselho da Petrobrás suspende venda de 32 ativos

Conselho da Petrobrás suspende venda de 32 ativos

ARA AMPLIAR A IMAGEM`A PETROBRAS INFORMOU EM NOTA, NESTA QUARTA-FEIRAConselho da Petrobrás suspende venda de 32 ativosFoto: Fernando Frazão/ABr

Conselho da Petrobrás suspende venda de 32 ativos

Publicado em 30/03/2023

Seguem as negociações das unidades que tiveram pré-contratos assinados

A Petrobras informou em nota, nesta quarta-feira, que o seu Conselho de Administração (CA) apreciou dois ofícios enviados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) que pedem a suspensão da venda de ativos pela estatal. O presidente do CA, Gileno Barreto, acatou o pedido para suspender o processo de venda de 32 ativos.

"O Conselho de Administração estudará a matéria, caso a nova gestão, recém-empossada, decida por propor a revisão do Plano Estratégico", destaca a nota. Segundo a Petrobras, esta revisão não deverá incluir os desinvestimentos já em fase de assinatura e fechamento de contratos.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) avaliou que a decisão foi uma vitória da sociedade. Segundo a FUP, ficam suspensas as vendas de 32 ativos incluídos no processo de desinvestimento da empresa. Porém seguem as negociações das unidades que tiveram pré-contratos assinados (signing) – Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim (ES), Polos Pescada e Potiguar (RN) e Lubnor (CE).

"Conseguimos, depois de muita pressão, impedir a venda de outros ativos, mas, infelizmente, o atual CA da empresa está alinhado com o governo anterior e insiste em entregar polos importantíssimos para a estatal e para o país, principalmente para o Nordeste", destaca Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.

"O presidente Lula quer retomar a Petrobrás para o povo brasileiro, mas enquanto esse conselho estiver nas mãos de pessoas alinhadas ao bolsonarismo, fica difícil o governo ter avanços nessa área", analisa Bacelar.

No dia 17 deste mês, a Diretoria Executiva da companhia, que está no final de seu mandato, encaminhou à apreciação do CA proposta de retomada das privatizações em curso, alegando não terem encontrado "fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados devam ser suspensos".

Fonte: Monitor Mercantil