Bolsonaro inelegível: Andréia Sadi, Natuza Nery e Octavio Guedes comentam o que vem pela frente
Bolsonaro inelegível: Andréia Sadi, Natuza Nery e Octavio Guedes comentam o que vem pela frente
TSE condenou o ex-presidente, pelo placar de 5 a 2, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação
Por g1
Colunistas comentam o que vem após a inelegibilidade de Bolsonaro
Colunistas do g1 e da GloboNews comentaram sobre o que vem pela frente no cenário político da direita brasileira considerando as eleições de 2026, com Jair Bolsonaro (PL) fora das disputas até 2030. (assista no vídeo acima).
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o ex-presidente, pelo placar de 5 a 2, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, nesta sexta-feira (30). Com a decisão, a Corte declarou Bolsonaro inelegível por oito anos.
Para Andréia Sadi, apresentadora do Estúdio i, a saída de Bolsonaro antecipa a movimentação pré-eleitoral de personagens.
"Costumo dizer que até a próxima eleição presidencial 'tem 100 anos', mas a decisão do TSE, de uma certa forma, antecipa o tabuleiro político da direita, porque os grandes personagens da direita – não falo da extrema-direita da qual pertence Bolsonaro – vão ter de se posicionar, ter de buscar holofote também no cenário nacional", diz Andréia Sadi.
Os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR), além de Teresa Cristina (PP-MS) e Michelle Bolsonaro (PL) vão ter de disputar o "espólio de Bolsonaro", avalia a colunista.
"Então, a gente vai ver como essas peças vão se mexer daqui para frente para disputar o espólio de Bolsonaro e também se colocar contra o governo federal já fazendo essa oposição moderada.", diz a analista.
Como fica 2026 para o PT e para a oposição?
Octavio Guedes diz que a "grande dúvida" é quem vai ocupar a dianteira no espectro da direita – alguém que não pode ser um novo Bolsonaro, mas que dialogue com o centro.
"O antipetismo que em 2018 e 2022 desembarcou na extrema-direita para barrar a volta do PT vai ter de buscar um candidato. A experiência de 2018 diz que tem que ser alguém que converse com o centro, o que Bolsonaro não conseguiu em 2022.", afirma.
"Esse candidato pode até vir da extrema-direita. É o caso do Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que faz o que chamo de harmonização facial. Sai da extrema-direita e vai para a direita democrática. Então, a dúvida é nesse campo. Quem poderá ocupar ali? O próprio Centrão, o PL dão sinais de que não pode ser um novo Bolsonaro. Tem de ser alguém que fale mais para o centro.", afirma.
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Não muda muito para o PT, diz Guedes
Com a inelegibilidade de Bolsonaro, a perspectiva de 2026 para o PT continua em focar na economia, na análise de Guedes.
"Para o PT não muda muito. O PT é governo. Tem que focar na economia. Reeleição de Lula ou eleição de outro nome vai depender muito da economia. Então, independentemente de quem for o nome, o foco do PT tem que ser a economia.", avalia.
Recado
Natuza: Bolsonaro inelegível é 'recado contundente' para quem 'ousar fazer o mesmo
A colunista Natuza Nery diz que o TSE deu um "recado contundente" para quem, daqui para frente, ousar fazer o mesmo que Bolsonaro.
"Bolsonaro leva seu mais duro golpe de sua vida política inteira. Depois de ser derrotado nas eleições do ano passado, hoje, a mais alta Corte eleitoral do país diz que ele abusou do poder que tinha, que usou a estrutura presidencial e os meios de comunicação do estado para tentar desacreditar as urnas.", diz.
"Um recado muito contundente da Justiça para quem daqui para frente tentar, ousar fazer o mesmo.", afirma.