X não assina acordo contra fake news
X não assina acordo contra fake news
Charge: Glez |
Por Altamiro Borges
Nesta quinta-feira (6), as plataformas Meta, TikTok, Google, Kwai, Microsoft e YouTube assinaram acordo de adesão ao Programa de Combate à Desinformação do Supremo Tribunal Federal (STF) para o biênio de 2023/2025. Apenas uma big tech, a rede X (antigo Twitter), do arrogante ricaço Elon Musk, não participou do ato de assinatura – o que confirma a intenção da sua megacorporação de continuar difundido fake news e mensagens de ódio e violência, em especial em um ano de eleições municipais no Brasil.
Durante o evento, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, elogiou a iniciativa – a primeira na história do país – e enfatizou o significado do acordo firmado no combate à “epidemia de desinformação que ameaça jogar a vida civilizada em um abismo”. Ele ainda alertou para os riscos da Inteligência Artificial e das deepfakes. “Nós próprios somos educados a acreditar naquilo que nós vemos e ouvimos. E o dia que nós não pudermos mais acreditar naquilo que vemos e ouvimos, a liberdade de expressão terá perdido inteiramente o sentido”.
Em outro trecho, ele realçou que o mundo vive um momento delicado em termos da desinformação. “Nós todos queremos proteger a liberdade de expressão, que é um valor essencial no mundo contemporâneo. E ela é essencial para a democracia porque as pessoas precisam participar do processo político com a informação adequada, conhecendo os fatos. Mas nós não podemos permitir que, por trás do biombo da liberdade de expressão, se desenvolva um mundo, uma sociedade onde ninguém possa mais acreditar naquilo que é”, afirmou o presidente do STF.
Não dá para acreditar em Elon Musk
A ausência de representantes da rede X no evento foi sentida. Como relembra o site Metrópoles, “Elon Musk entrou em embates recentes com o ministro Alexandre de Moraes. Ele usou sua rede social para acusar o ministro de ‘censurar’ parlamentares e militantes de oposição ao governo Lula. O ministro, por sua vez, incluiu o empresário como investigado no inquérito das milícias digitais que corre no STF”. O site garante, porém, que “há uma negociação inicial para que a rede faça parte da cooperação no combate à desinformação”. A postura arrogante e provocadora do ricaço não permite vacilos diante dessa big tech.
Postado por Altamiro Borges