Paulo Teixeira desconversa e diz que invasão do MST é “velha”

Paulo Teixeira desconversa e diz que invasão do MST é “velha”

Paulo Teixeira desconversa e diz que invasão do MST é “velha”

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, não quis comentar nesta 4ª feira (15.mar.2023) as últimas invasões de terra do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na Bahia. Segundo o ministro, esse fato é “velho” e “antigo” e o governo agora quer redirecionar os esforços do movimento.

“Queremos ocupar o MST da produção de alimentos do Brasil, assim como todos os trabalhadores rurais, na agroindústria, nas cooperativas e na reforma agrária”, disse Teixeira na chegada ao Palácio para uma reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Cerca de 170 famílias do MST decidiram desocupar na 3ª (14.mar) a Fazenda Recreio, em Macajuba, na Bahia. As famílias, que estavam no território desde domingo (12.mar), se deslocaram para o Acampamento Antonio Queiroz, na cidade de Rui Barbosa.

Segundo nota divulgada pelo movimento, a decisão de deixar o local veio depois de os integrantes dialogarem com os proprietários, que afirmaram que a área está improdutiva e abandonada por causa de um processo judicial dos 11 herdeiros da propriedade.

MST no governo Lula

Esta não foi a 1ª desocupação realizada pelo MST em 2023. No início de março, o movimento também deixou 3 fazendas da empresa Suzano Papel e Celulose, no sul da Bahia, ocupadas desde o final de fevereiro.

A ocupação da terra da Suzano representou a 1ª ocupação em massa realizada no 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que uma única ação envolveu mais de 1.000 famílias e 4 territórios.

A ocupação foi contra o discurso do petista durante sua campanha eleitoral em 2022. Na época, o então candidato afirmou que o MST não ocupava áreas produtivas, como as das fazendas da Suzano.

Em comunicado, o movimento afirmou que, “apesar das expectativas com o governo Lula em relação à reforma agrária”, os integrantes do MST estão preocupados com a fome, o desemprego e o desmatamento, e acionaram o “alerta amarelo” diante da demora do governo em nomear alguém para a Presidência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).