MILITARES SEMPRE PROVOCAM A DEMOCRACIA NO 7 DE SETEMBRO

MILITARES SEMPRE PROVOCAM A DEMOCRACIA NO 7 DE SETEMBRO

MILITARES SEMPRE PROVOCAM A DEMOCRACIA NO 7 DE SETEMBRO

*João Vicente Goulart

 

Discuso de posse de João Goulart no dia 7 de setembro
Provocar a democracia e colocarse sempre como forasteiros da Constituição brasileira é costume histórica do reacionarismo militar brasileiro ao longo da trajetória de independência da nação, que por mera casualidade, volta hoje a repetirse como há 61 anos atrás, quando assim como o Brasil de hoje, pairava nos céus da Pátria a ameaça da instabilidade política.

Por ameaças e bravatas de altos chefes ministros militares que deveriam respeitar a Constituição, os comandos de nossas três forças armadas, através de Grunn Moss, Odílio Denys e Silvio Heck,  rasgavam a nossa Carta Magna e tentavam impedir a posse do Presidente João Goulart, legitimamente eleito nas eleições de 1960 e, que assumiu a presidência nesta data de 7 de setembro, após muitas negociações e exemplos de soberania e respeito a nossa Constituição, no maior movimento cívico em defesa de nossa  história, como foi a "LEGALIDADE", levantada pelo governador Leonel Brizola.

Até o ultimo instante, após dias de insegurança constitucional, queriam impedir a posse de Jango, naquele longínguo ano de 1961.

Até a eliminação física foi tentada na noite do dia 6 de setembro, quando estava em marcha a "Operação mosquito", arquitetada pela FAB, para derrubar o avião que conduzia o Vice-presidente constitucional, de Porto Alegre para Brasília, para tomar posse, como Presidente constitucional eleito, após a renuncia do Presiente Jânio Quadros.

Hoje presenciamos os militares novamente no Rio de Janeiro, subirem a um palanque eleitoral em nossa data pátria, ouvindo atentamente a um discurso eleitoreiro, bravateiro, fútil e principalmente anti-democrático feito pelo fantoche candidato Bolsonaro, que busca uma reeleição após 700.000 mortos por incompetência de gestão de saúde publica e deboche constante da fome, da miséria, e da morte de nossos irmãos que partiram.

As ameaças constantes contra as nossas instituições, se repetem com os militares se afastando cada vez mais do julgamento publico, de quais verdadeiramente são suas funções de Forças Armadas; se são subordinados ao Estado, que representa o povo brasileiro, ou ditadores contumazes cabresteando as instituições, como fizeram durante 21 anos de uma ditadura feroz, que impuseram a nossa sociedade.

Não repitam a tirania contra nosso povo.

Saiam urgentemente debaixo do manto escuro do totalitarismo, da construção de um modelo fascista, saiam de seus impulsos psicóticos do autoritarismo que pensam estar sob suas tutelas, pois  a história já enterrou os tiranos e pode em futuro próximo, enterrar suas fardas.

 

*João Vicente Goulart

Presidente do IPG- Instituto João Goulart