Manchetes  de domingo 19-06-2022

Fila para Auxílio Brasil dobra e já tem 2.78 milhões famílias

Manchetes  de domingo 19-06-2022

Resumo de domingo, 19 de junho de 2022 

 

Edição de Chico Bruno  

 

Manchetes  de domingo 19-06-2022

 

O ESTADO DE S.PAULO – Fila para Auxílio Brasil dobra e já tem 2.78 milhões famílias

 

FOLHA DE S.PAULO – Incerteza esfria o interesse por leilão de 15 aeroportos

 

O GLOBO – País regride em indicadores cruciais ao desenvolvimento

 

CORREIO BRAZILIENSE – Atendimento precário aumenta crise na saúde do DF

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Aumento da pobreza - Dados do mapeamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), antecipados pelo Estadão, mostram 2,78 milhões de famílias – que representam 5,3 milhões de pessoas – esperando o benefício oferecido pelo governo federal. O número de pedidos para o Auxílio Brasil mais que dobrou de março a abril. O aumento da fome, cujo índice voltou ao patamar dos anos 1990, e mudanças no desenho do programa acentuam problemas. Um deles é o benefício de R$ 400 por mês para cada família e não por pessoa, o que leva familiares a se cadastrarem separadamente. A CNM fez estudo próprio por falta de dados do governo, que não quis se pronunciar.

 

Ducha de água fria - O leilão de 15 aeroportos no país, incluindo o de Congonhas, em São Paulo, deve atrair o interesse da iniciativa privada em agosto, mas o cenário de economia instável e incerteza política às vésperas das eleições pode esfriar a disputa, dizem analistas. Em outras palavras, o certame tende a contar com a presença de grandes grupos, e é provável que todos os terminais sejam negociados. Porém, as dificuldades macroeconômicas, aliadas às dúvidas sobre o rumo político do país, podem conter os lances que devem ser oferecidos pelas concessões. Os juros mais altos, que encarecem os investimentos das empresas, e os impactos da pandemia no setor aeroportuário são desafios no radar. O leilão, agendado para 18 de agosto, na B3, em São Paulo, marca a sétima rodada de concessão de aeroportos. O Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), que representa trabalhadores da Infraero e de concessionárias privadas, vê "desespero" do governo federal em realizar a sétima rodada neste momento.

 

Não melhora, regride - A pandemia e falhas em políticas públicas acenturam nos últimos dois anos um processo de perdas sociais e econômicas para os brasileiros, levando o país a retroceder até 30 anos em seus principais indicadores de desenvolvimento. Da fome ao desmatamento, da frequência escolar à produção anual de tiquezas, o Brasil vive um retrocesso, avaliam especialistas. Para o desafio posto, crescer com sustentabilidade e bem-estar, será necessário um esforço coordenado e contínuo. Ainda assim, o caminho será longo: o PIB per capita, por exemplo, só se recuperaria em 2029.    

 

Não melhora, só piora - Hospitais enfrentam superlotação, falta de profissionais e de remédios. “O governador precisa priorizar ações na saúde que atendam à população”, destaca Clayton Germano, da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde.

 

Indigenista e jornalista foram mortos com arma de caça, diz PF - O segundo corpo encontrado na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, é o do indigenista Bruno Pereira, de 41 anos, informou ontem a Polícia Federal. A identidade do jornalista britânico Dom Phillips, de 57, já havia sido confirmada anteontem. Segundo peritos do Instituto Nacional de Criminalística de Brasília, o repórter e o servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram assassinados a tiros de arma usada para caça. Pereira foi baleado três vezes, uma na cabeça e duas no tórax, e Phillips uma vez, no peito. Em nota, a PF afirmou que a morte do indigenista foi causada por “traumatismo toracoabdominal e craniano” e que os disparos, “com munição típica de caça”, atingiram o “tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”. Já o jornalista britânico, ainda segundo a corporação, sofreu “traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, ocasionando lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica (1 tiro)”. Comparações entre exames odontológicos entregues pela família de Pereira e a arcada dentária recolhida pelos policiais federais confirmaram a identidade do indigenista. O mesmo procedimento foi usado na identificação do repórter. No caso de Phillips, houve ainda a análise de impressões digitais e características físicas, método conhecido como antropologia forense. “Não existem indicativos da presença de outros indivíduos em meio ao material que passa por exames”, afirma o comunicado da PF. 

 

 Mais um se entrega - O terceiro suspeito de envolvimento no assassinato do indigenista e do repórter se entregou ontem à Polícia Civil do Amazonas. Jeferson da Silva Lima, conhecido “Pelado da Dinha”, é apontado como alguém que participou diretamente do duplo homicídio e ajudou na ocultação dos corpos. Ele se apresentou por volta das 6h na Delegacia de Atalaia do Norte. Lima estava com a prisão decretada pela Justiça desde anteontem e era considerado foragido. De acordo com o delgado Alex Perez, uma equipe de policiais esteve ontem em endereço ligado ao suspeito e pediu a parentes que o convencessem a se entregar. Já estavam presos o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, que confessou o crime, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”. Todos tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça do Amazonas por 30 dias.

 

Funai ignorou pedidos e deixou vago cargo - A presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio) decidiu deixar vago um cargo decisivo para a fiscalização, o monitoramento e o desenvolvimento da terra indígena Vale do Javari, no estado do Amazonas. A função é considerada fundamental ainda para a proteção de povos isolados e de recente contato que vivem no território. O cargo está vago há mais de um ano, desde maio de 2021. O gabinete do presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier da Silva, negou por três vezes a nomeação de um servidor efetivo para a função. O pedido para a nomeação foi feito pela coordenação da Funai na região —a unidade do órgão fica em Atalaia do Norte (AM), a cidade mais próxima da terra indígena. A informação foi confirmada pela Folha com três fontes com conhecimento do assunto. A ausência de um funcionário de carreira que atua na fiscalização cria, na prática, um incentivo para o avanço da pesca e da caça ilegais na região onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram mortos. O cargo que segue vago é o de chefe do Segat (Serviço de Gestão Ambiental e Territorial), que só pode ser ocupado por um servidor do quadro efetivo.

 

'Difícil, cansativo, perigoso', disse Bruno à Folha - "O presidente [Jair Bolsonaro] não demarcou um centímetro como ele prometeu. O presidente da Funai, o [Marcelo] Xavier, está lá para isso. É a administração do caos. Não sei não [suspiro]. Difícil, cansativo, perigoso. Vamos simbora." Foi dessa forma que o indigenista Bruno Pereira, 41, completou uma de suas respostas à Folha durante longa entrevista por telefone semanas antes de viajar pela última vez à terra indígena Vale do Javari, no Amazonas. A entrevista é de 22 de abril, dia em que se comemora o descobrimento do Brasil. Passados 44 dias, em 5 de junho, Bruno desapareceu nas imediações da terra indígena. Foi assassinado ao lado do jornalista britânico Dom Phillips, 57, que escrevia um livro sobre a Amazônia e contava com a ajuda do indigenista. Bruno era funcionário licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio). Naquele dia, foi procurado pela Folha para falar sobre os riscos que vivem hoje os indígenas isolados, sua especialidade de atuação. Nos cerca de 50 minutos de entrevista, o tom do indigenista variou entre a preocupação, quando tratava da segurança e do risco de mortes dos isolados, e o entusiasmo, com as possibilidades de manter a atuação na defesa dos direitos e liberdades dos indígenas por meio do que chamava de "resistência". Quando se referia à Funai, de onde se afastara a seu pedido, Bruno demonstrava abatimento e indignação, em especial quando o tema era a atual gestão do órgão federal, sob comando de Bolsonaro. Ex-coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato, Bruno passou a atuar na linha de frente na proteção da terra indígena por meio da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari). A região é alvo de invasões em razão da pesca e de caça ilegais, garimpo e influência do narcotráfico. À Folha ele analisou a condição atual da Funai, falou em perseguição a ele e a outros servidores, tratou da influência externa sobre a autarquia e apresentou sua visão geral sobre a política indigenista do país e a condição dos povos indígenas. Naquele dia, Bruno pediu à reportagem que não publicasse suas declarações sobre a Funai, por uma orientação de seus advogados, já que enfrentava uma situação de conflito interno desde o seu afastamento. Agora, diante de sua trágica morte e do interesse jornalístico sobre o que ele pensava sobre o tema, a Folha publica sua entrevista. Naquele dia, Bruno estava em Santarém (PA).

 

Petrobras repassa mais R$ 8,8 bilhões ao governo federal - Apesar das críticas ao lucro da Petrobras já feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o governo federal está entre os maiores beneficiários dos resultados financeiros da petroleira. Amanhã, a União receberá mais uma parcela, de R$ 8,8 bilhões, do lucro da estatal. A cifra faz parte de um total, já anunciado este ano, de R$ 32 bilhões em dividendos que serão pagos até julho ao governo, maior acionista da companhia. Entre 2019 e 2021, a União já tinha embolsado em dividendos outros R$ 34,4 bilhões, a valores atualizados, segundo levantamento de Einar Rivero, da TC/Economática. Quando se somam, ao lucro destinado à União, os impostos e os royalties, a Petrobras injetou nos cofres federais R$ 447 bilhões de 2019, início do governo Bolsonaro, a março deste ano, conforme dados dos relatórios fiscais da companhia, revelados pelo Estadão em maio. Considerando Estados e municípios, o montante chega a R$ 675 bilhões. Só o montante pago à União corresponde a aproximadamente cinco vezes o orçamento do Auxílio Brasil previsto para este ano, em torno de R$ 89 bilhões. Desde o início do ano, para rebater as críticas de Bolsonaro e de líderes do Congresso Nacional, a Petrobras vem ressaltando que seus ganhos retornam para a sociedade. A empresa informou que, em 2021, recolheu R$ 203 bilhões em tributos próprios e retidos, maior valor anual já pago pela companhia, um aumento de 70% em relação a 2020. No primeiro trimestre de 2022, pagou mais R$ 70 bilhões aos cofres públicos entre lucro, tributos e participações governamentais, “praticamente o dobro do valor recolhido no mesmo período de 2021”. 

 

CPI da Petrobras proposta por Bolsonaro - O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (18) que o valor de mercado da Petrobras deve cair mais R$ 30 bilhões em razão da articulação, comandada por ele, para a abertura de CPI sobre a estatal. Ontem, em Manaus, onde participou de uma série de eventos com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a empresa será encaminhado amanhã, na reunião do Colégio de Líderes da Câmara. “Conversei ontem com o líder do governo e o presidente da Câmara para a gente abrir uma CPI segunda-feira. Vamos para dentro da Petrobras”, disse ele, ao participar de um ato religioso na capital amazonense. A reunião de líderes para discutir a política de preços da estatal foi convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, nos últimos dias, subiu fortemente o tom das críticas à empresa. Uma das medidas que deve ser discutida na reunião, defendida por Lira, é taxar as exportações de petróleo da estatal, que, no ano passado, chegaram a US$ 30 bi lhões. Outra ideia é aumentar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) da empresa. Os recursos assim obtidos poderiam ser usados para cobrir a diferença de custos do óleo diesel no Brasil e no exterior, ou para conceder um vale para caminhoneiros, taxistas e motoristas de aplicativo. Porém, para oferecer subsídio, o governo terá que furar o teto de gastos. Entretanto, já há uma PEC no Senado para mudar a regra e permitir a compensação pela União aos estados que reduzirem a zero o ICMS do diesel e do gás de cozinha. As duas propostas poderão ser utilizadas para mudanças que as lideranças decidiram propor na segunda-feira. 

 

Vitrines de gestões do PT somem do plano de Lula - O PT deu sinais de que duas de suas vitrines na economia - a Nova Matriz e os campeões nacionais - devem ficar de fora do plano de governo de Lula. O termo cunhado na gestão Dilma Rousseff não apareceu no documento, embora haja menção a controlar a alta do dólar. Lula disse que, se eleito, o BNDES vai se concentrar em pequenas e médias empresas. Guilherme Mello, economista que assessora o candidato, diz que a proposta tem relação com o atual cenário de desemprego e empreendedorismo de sobrevivência. “É importante criar empregos com todos os direitos, mas a dinâmica do trabalho mudou. Um pequeno empreendedor é um trabalhador, não um grande capitalista, e pode ser ajudado por bancos públicos”. Segundo o plano que está em análise na aliança petista, o BNDES atuará como garantidor em operações com grandes empresas. Mello afirma que isso pouparia capital próprio para ser empregado nas menores. A promessa não é nova e esbarra na vocação do banco em atender clientes grandes - e seguros. O plano sugere ainda que seja incluído mais um “S” na sigla BNDES, de Sustentabilidade, para dar prioridade a projetos segundo impacto ambiental.

 

Mito - Criou-se uma profecia entre petistas segundo a qual Lula, se eleito, provocaria uma enxurrada de investimentos estrangeiros para o Brasil no ano que vem, o que baixaria o dólar e faria com que o Brasil voltasse a crescer. Economistas são céticos. O aumento dos juros nos EUA e a falta de definição sobre qual âncora substituirá o teto de gastos para ajustar as contas públicas são obstáculos.

 

Número de divórcios foi recorde em 2021 - O ano de 2021 atingiu o recorde de 80.573 divórcios no Brasil. Fato relacionado ao isolamento social imposto pela pandemia, mas também pelas facilidades na forma que as separações são feitas hoje em dia – como os divórcios em cartório de notas, chamados de extrajudiciais, que tem as vantagens de agilidade, prazo e preço. Para o advogado Sergio Magalhães, que conta com mais de 50 anos de carreira no ramo do direito de família, a desburocratização do processo de divórcio contribuiu para esse recorde. “Hoje grande parte dos divórcios são feitos em cartório. Quando não há filhos menores já vai direto no tabelião, leva um advogado junto e faz o divórcio, já sai divorciado ali do cartório”, explica. Magalhães já perdeu a conta de quantos divórcios ajudou a conduzir ao longo da carreira. “Antigamente, principalmente as mulheres vinham ao meu escritório e ficavam mudas, choravam, oferecia caixas de papel, hoje não, já chegam sabendo tudo que querem, estão bem mais esclarecidas”, conta. Uma curiosidade interessante que o advogado tem observado é que os divórcios nas relações homoafetivas geram muito menos brigas do que nas relações heterossexuais. 

 

Desestatização do Porto de Santos e de Congonhas entra na eleição de SP - A menos de quatro meses da eleição, dois projetos federais de impacto em São Paulo dividem os pré-candidatos ao governo paulista e jogam luz sobre o trabalho do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos): a privatização do Porto de Santos e a concessão do Aeroporto de Congonhas. Considerados os ativos mais valiosos da União no Estado, ambos podem ser desestatizados ainda neste ano sob críticas da sociedade civil, que pede mais diálogo e menos pressa para a realização dos leilões. Idealizada durante a gestão de Tarcísio no Ministério da Infraestrutura, a concessão de Congonhas está marcada para 18 de agosto, já no período de campanha. A notícia foi comemorada pelo pré-candidato de Jair Bolsonaro nas redes sociais, com vídeos e declarações. “Atenção, São Paulo! Batida de martelo para Congonhas e Campo de Marte já tem data. Vamos comemorar mais de R$ 3,5 bilhões em investimento privado contratado. 

 

‘Supremo acabou perdendo força e legitimidade’ - Ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro iniciou o ano de 2022 como um celebrado pré-candidato à Presidência pelo Podemos. Nos últimos meses, no entanto, trocou de partido, perdeu a posição de presidenciável em sua nova legenda, o União Brasil, e ainda sofreu derrota da Justiça Eleitoral, que o impediu de concorrer por São Paulo. Agora volta ao Paraná, seu Estado natal, por onde deve concorrer a deputado federal. Ao Estadão Moro comenta as declarações dos ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes sobre a Lava Jato e afirma que o Supremo Tribunal Federal perdeu “força e legitimidade” perante a opinião pública.

 

Mais uma motociata - Em passagem pelo Amazonas neste sábado, 18, o presidente Jair Bolsonaro promoveu uma motociata e participou de um evento evangélico sem citar os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips no Estado. A visita ocorre quatro dias após a confirmação dos crimes na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas. Iniciada por volta das 16h30, a motocista percorreu todas as zonas da capital Manaus. Segundo a Polícia Militar do Amazonas, 10 mil motocicletas participaram do passeio realizado por Bolsonaro mais uma vez sem o uso de capacete, item de segurança obrigatório de acordo com a legislação nacional de trânsito. Pelas imagens divulgadas pelas redes sociais do presidente e também de apoiadores é possível notar que, diferentemente da imensa maioria dos motociclistas que o acompanharam no percurso, apenas ele e seu garupa não usam o equipamento. Bolsonaro deu carona ao coronel do Exército Alfredo Menezes (PL), pré-candidato ao Senado pelo Amazonas. Menezes afirma ser amigo pessoal de Bolsonaro e sua família. Após a motociata, o presidente esteve no evento evangélico Fruto Fiel, realizado no Centro de Convenções de Manaus. Lá, em breve discurso, Bolsonaro disse que o governo federal tem atuado para estimular a produção e o comércio de motos no País. “Determinei ao então ministro Tarcísio que em toda rodovia federal licitada ou relicitada o pedágio para motociclista deveria ser zerado. Hoje, na (Via) Dutra, não se paga mais pedágio. Desta forma, estimulamos o uso deste veículo.” Ao mencionar a Zona Franca de Manaus, Bolsonaro citou eventual cobiça de estrangeiros na Amazônia. “A zona franca é de 1967, (do governo de) Castelo Branco. O primeiro presidente militar, não seria eu - o sexto – capitão de Exército, que trataria de forma diferente a Zona Franca de Manaus, em grande parte, responsável por manter a Amazônia brasileira longe da cobiça internacional”, disse.

 

Rede usada por bolsonaristas fora do radar do TSE - Rede social muito apreciada por bolsonaristas, o Gettr tem ficado fora do radar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em suas ações para combater a desinformação eleitoral. A ferramenta prevê atingir no segundo semestre deste ano a marca simbólica de 1 milhão de usuários no Brasil. Atualmente, são cerca de 750 mil, o que faz do Gettr, lançado há cerca de um ano, uma plataforma ainda modesta em comparação com outras como Twitter, Instagram e TikTok, mas com penetração crescente na direita brasileira. O Gettr foi criado por Jason Miller, que foi porta-voz do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Em 11 e 12 de junho, ele participou da Cpac, conferência conservadora realizada em Campinas (SP), da qual sua empresa foi uma das patrocinadoras. Ao contrário de sua visita ao Brasil no ano passado, quando foi retido no aeroporto de Brasília para prestar depoimento no âmbito do inquérito das fake news, Miller, CEO da rede, desta vez deixou o país sem problemas. O TSE afirma que, no momento, apenas acompanha o desempenho da ferramenta no país.

 

Bolsonaro ficou contrariado com cobrança da PF - O presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou contrariado com o parecer, revelado pela Folha, no qual a Polícia Federal (PF) afirma que o Telegram não tem colaborado as investigações que envolvem a plataforma no Brasil. O delegado Cléo Mazzotti, chefe da divisão de Repressão a Crimes Fazendários da PF, área na qual fica o setor responsável pelo combate aos crimes cibernéticos, afirmou em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, apesar de reuniões com os representantes da empresa, as respostas dentro das investigações ainda são insuficientes. Bolsonaro reclamou a auxiliares que "a nossa PF", referindo-se à corporação na gestão de seu governo, não deveria ter uma postura de cobrança em relação ao Telegram.