Exército planeja enviar 3 mil militares à Amazônia para combater o garimpo ilegal de forma permanente

Exército planeja enviar 3 mil militares à Amazônia para combater o garimpo ilegal de forma permanente

Exército planeja enviar 3 mil militares à Amazônia para combater o garimpo ilegal de forma permanente

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Exército deverá combater garimpo ilegal na Terra Yanomami. Fotos: Alan Chaves/AFP - Divulgação/Exército

O Exército está planejando, por ordem do comandante Tomás Ribeiro Paiva, o envio de mais 3 mil homens para a Amazônia para, de forma permanente, ajudar no combate ao garimpo e desmatamento ilegal.

Além das tropas, o plano inclui a instalação de destacamentos nos rios Uraricoera e Mucajaí com pistas para aviões.

O projeto, ainda incipiente, foi enviado pelo Exército para o Ministério da Defesa, que também recebeu sugestões da Aeronáutica e Marinha. O documento foi enviado para avaliação da Casa Civil.

As informações são dos jornais Globo e Folha de S.Paulo.

 

O governo Lula está mobilizando diversas frentes para combater a crise humanitária vivida pelo povo yanomami por conta da invasão do garimpo ilegal a terras demarcadas.

Em uma reunião ministerial em janeiro, Lula disse que “vamos tratar a questão indígena e dos Yanomami como uma questão de Estado” e que “vamos ter que utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter, porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para o garimpo ilegal, para o madeireiro ilegal, para as pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”.

O garimpo ilegal, que se fortaleceu no governo Bolsonaro, invade as terras indígenas para extrair ouro em rios. Em muitos casos, os rios, utilizados para sobrevivência pelos povos indígenas que lá habitam, ficam contaminados por mercúrio, usado pelos garimpeiros para limpar o ouro.

Após a ofensiva do governo Lula contra o garimpo, no começo de 2023, essas organizações criminosas voltaram a atuar e prejudicar a população local.

De acordo com O Globo, o Exército já informou o governo do plano de trabalho com a criação dos destacamentos, o envio de 120 militares e a compra de embarcações, em um investimento de cerca de R$ 60 milhões.