‘Em vez de pagar o que deve, turma do mercado quer esfolar aposentados’, denuncia Gleisi

‘Em vez de pagar o que deve, turma do mercado quer esfolar aposentados’, denuncia Gleisi
Por Hora do Povo
Presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). Fotos: Agência Brasil
Presidente do PT ainda criticou a inércia do BC, “que segue de braços cruzados” e não faz “as operações de compra e swap necessárias” diante do “ataque especulativo ao Real”
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou pelas redes sociais que alguns setores empresariais preferem “esfolar aposentados e pensionistas” do que “pagar o que devem” com a Previdência.
A dirigente do partido destacou que “17 setores empresariais ‘desonerados’, inclusive a imprensa, deixam de contribuir sobre a folha de pagamentos e é isso que prejudica a arrecadação do INSS”.
“Ao invés de pagar o que devem, querem esfolar aposentados e pensionistas. Lula já avisou que não vai mexer no direito dos aposentados ao salário-mínimo”, apontou.
“Lula não é Macron com seu programa neoliberal centrista. As eleições da França mandam recado para o Brasil e para essa turma liberal da mídia e do mercado. Vocês não têm o direito de nos pedirem suicídio político!”, acrescentou Gleisi.
O presidente Lula afirmou que a desoneração só pode ocorrer se houver uma contrapartida por parte das empresas. “Quando eu vou desonerar uma empresa, eu quero saber o seguinte: Essa empresa vai manter estabilidade no emprego? Ela vai manter por quanto tempo? Porque senão o benefício é só para empresário, não é para o trabalhador e não é para sociedade brasileira”, disse.
ATAQUE ESPECULATIVO
Gleisi ainda criticou a inércia do Banco Central, que não faz “as operações de compra e swap necessárias” diante do “ataque especulativo ao Real”.
“Irresponsáveis! Aliás, o bolsonarista Campos Neto [presidente do Banco Central] deve estar é aplaudindo o ataque que ele mesmo desencadeou, falando o que não podia sobre questões fiscais”.
O presidente Lula informou que irá se reunir com sua equipe na quarta-feira (3) para discutir a alta do dólar, que chegou a R$ 5,70, maior valor desde janeiro de 2023. Para ele, há um “jogo de interesse especulativo” contra a moeda brasileira.