Para psicopata, quem combateu o vírus e salvou vidas era “ditador” e “cara-de-pau”

Para psicopata, quem combateu o vírus e salvou vidas era “ditador” e “cara-de-pau”

Para psicopata, quem combateu o vírus e salvou vidas era “ditador” e “cara-de-pau”

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Jair Bolsonaro (reprodução de vídeo)

Bolsonaro queria mais sofrimento e mortes. “Ditadura foi vista na pandemia e nenhum deles que assinaram cartinhas reclamou”, disse ele, em referência aos mais de 700 mil brasileiros signatários do manifesto em defesa da democracia. “São todos sem caráter e cara de pau”, afirmou

Jair Bolsonaro não esconde sua irritação com o manifesto assinado inicialmente por empresários e personalidades e que, agora, ganha a adesão de centenas de milhares de pessoas – já passam de 700 mil – em defesa das democracia e em repúdio às suas armações golpistas. Ele sabe que está cada vez mais isolado e partiu para a agressão aos brasileiros que defendem a democracia.

Afirmou, durante culto na Câmara dos Deputados, promovido pela Frente Parlamentar Evangélica, nesta quarta-feira (3), que documentos desse tipo [manifesto pela democracia] não foram divulgados para criticar fechamentos de comércio realizados por causa da pandemia. “Vocês todos sentiram um pouco do que é ditadura e nenhum daqueles que assinam cartinhas por aí se manifestaram naquele momento”, declarou.

Dizia-se à época da pandemia que, enquanto milhares de pessoas morriam infectadas, Bolsonaro defendia o vírus e trabalhava para a sua disseminação. Chegou até a zombar de quem morria sem ar. Agora, com essas declarações odiosas, feitas nesta quarta-feira, ele confirma que isso tudo era a pura verdade.

Momento em que Bolsonaro imita durante a pandemia um paciente com falta de ar (Foto: reprodução)

O genocida critica e chama de “ditadura” as medidas tomadas contra a disseminação do vírus e da doença. Ele não usava máscara, espalhava o vírus por onde passava e combateu ferozmente a vacina. Por sua causa, em decorrência de sua sabotagem às vacinas, o Brasil chega a 680 mil mortos. É o segundo país do mundo em número absoluto de mortes por Covid-19.

 

“Vimos na pandemia as arbitrariedade cometidas por alguns chefes de Executivo pelo Brasil. Retiraram o direito de ir e vir, prenderam mulheres e fizeram barbaridades. Ninguém falou a palavra democracia. Tudo podia ser feito. Eu respeitosamente fui contra tudo isso”, declarou o espalha-vírus. Ele queria a liberdade do vírus. Pregava a sua disseminação. Defendeu a tese genocida da imunidade de rebanho na qual os brasileiros tinham que se infectar o mais rapidamente possível.

Sobre a defesa da democracia, ele deixou claro que não tem nenhum compromisso nesse sentido e que, se depender dele, fecha o STF e o Congresso. Declarou na terça- feira (2) que não vai assinar o documento Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) dirigido aos candidatos pedindo compromisso com a democracia. A alegação é que se trata de uma carta política, mas o motivo real é que Bolsonaro não tem compromisso nenhum com a democracia. Pelo contrário, trabalha dia e noite contra ela.

Na mesma terça-feira, ele agrediu praticamente todos os brasileiros. Disse que as centenas de milhares de pessoas que assinaram o documento contra o golpe, expressando os mais de 70% da população, que se manifestam através das pesquisas, a favor da democracia, são pessoas “sem caráter” e “cara de pau.” Caráter é exatamente o que falta a quem mente o tempo todo ao país e agride ministros do STF e estimula a violência política.

A intensificação das atividades de Bolsonaro entre os evangélicos, como a que ocorreu no Palácio nesta quarta-feira, tem uma explicação. Ele vem caindo sistematicamente nesse segmento do eleitorado desde o início das pesquisas eleitorais. A diferença dele para o ex-presidente Lula, que lidera a corrida das urnas, era de 25 pontos percentuais em maio. Hoje, essa diferença é de apenas 9 pontos. A queda é sistemática, de 53% em maio para 44% em agosto. Enquanto isso, Lula foi de 25% em maio para 35% da preferência desse eleitorado em agosto.