No WhatsApp, CPI da Pandemia manifestava temor com golpe militar

Mensagens de WhatsApp obtidas pela coluna mostram que os senadores que integravam a CPI da Pandemia temiam um golpe militar

No WhatsApp, CPI da Pandemia manifestava temor com golpe militar

No WhatsApp, CPI da Pandemia manifestava temor com golpe militar

Mensagens de WhatsApp obtidas pela coluna mostram que os senadores que integravam a CPI da Pandemia temiam um golpe militar

Guilherme Amado

Edoardo Ghirotto

atualizado 01/05/2022 17:04

CPI da CovidPedro França/Agência Senado

A possibilidade de as Forças Armadas darem um golpe de Estado foi uma preocupação central dos senadores que encabeçavam as investigações contra o governo Bolsonaro na CPI da Pandemia, cujo início dos trabalhos completou um ano na semana passada. Conversas de WhatsApp do G7, como ficou conhecido o grupo majoritário da comissão, revelam as inquietações e ponderações dos senadores em assuntos relacionados à caserna. Os diálogos foram obtidos pela coluna e tiveram sua autenticidade confirmada.

Os militares foram assunto pela primeira vez em junho, após o Exército não aplicar uma punição a Eduardo Pazuello por ter participado de um ato político com Bolsonaro no período em que ainda era general da ativa.

 

Otto Alencar reagiu de maneira irônica à notícia, compartilhada por Alessandro Vieira, dizendo que Bolsonaro “tem razão quando chama de meu Exército”. O presidente da CPI, Omar Aziz, alertou os colegas de que era “preciso não cair na pilha do Bolsonaro”.

O tucano Tasso Jereissati, no entanto, ficou alarmado com o episódio e fez uma comparação com o período pré-1964. “É preciso prestar muita atenção ao desdobramento dessa situação. Jango não caiu por causas ideológicas, mas quando houve quebra de hierarquia militar”. A conversa se encerrou com uma provocação de Alencar. “Estou com minha 12 pronta para o ataque”, disse.