No WhatsApp, CPI da Pandemia manifestava temor com golpe militar
Mensagens de WhatsApp obtidas pela coluna mostram que os senadores que integravam a CPI da Pandemia temiam um golpe militar
No WhatsApp, CPI da Pandemia manifestava temor com golpe militar
Mensagens de WhatsApp obtidas pela coluna mostram que os senadores que integravam a CPI da Pandemia temiam um golpe militar
atualizado 01/05/2022 17:04
Pedro França/Agência Senado
A possibilidade de as Forças Armadas darem um golpe de Estado foi uma preocupação central dos senadores que encabeçavam as investigações contra o governo Bolsonaro na CPI da Pandemia, cujo início dos trabalhos completou um ano na semana passada. Conversas de WhatsApp do G7, como ficou conhecido o grupo majoritário da comissão, revelam as inquietações e ponderações dos senadores em assuntos relacionados à caserna. Os diálogos foram obtidos pela coluna e tiveram sua autenticidade confirmada.
Os militares foram assunto pela primeira vez em junho, após o Exército não aplicar uma punição a Eduardo Pazuello por ter participado de um ato político com Bolsonaro no período em que ainda era general da ativa.
Otto Alencar reagiu de maneira irônica à notícia, compartilhada por Alessandro Vieira, dizendo que Bolsonaro “tem razão quando chama de meu Exército”. O presidente da CPI, Omar Aziz, alertou os colegas de que era “preciso não cair na pilha do Bolsonaro”.
O tucano Tasso Jereissati, no entanto, ficou alarmado com o episódio e fez uma comparação com o período pré-1964. “É preciso prestar muita atenção ao desdobramento dessa situação. Jango não caiu por causas ideológicas, mas quando houve quebra de hierarquia militar”. A conversa se encerrou com uma provocação de Alencar. “Estou com minha 12 pronta para o ataque”, disse.