“A Federação é a unidade na desigualdade, é a coesão pela autonomia”
Ainda agora vivemos a luta que governadores dos estados travam contra um poder central autoritário, golpista, negacionista e genocida. Assim também foi a contribuição dos governadores nas Diretas, na Constituinte e na derrota da Ditadura.
“A Federação é a unidade na desigualdade, é a coesão pela autonomia”
Publicado porIso SendaczPublicado emSem categoriaTags:Brasil, Democracia
Miguel Manso
Ulysses Guimarães na Constituinte de 1988 queria fortalecer a Democracia e a União da Nação.
Ainda agora vivemos a luta que governadores dos estados travam contra um poder central autoritário, golpista, negacionista e genocida. Assim também foi a contribuição dos governadores nas Diretas, na Constituinte e na derrota da Ditadura.
Para tal é preciso reconhecer que na unidade, como em uma corrente, sua força está limitada pelo elo mais frágil.
Peço licença ao Dr. Ulysses para emprestar seu conceito para a vida política e as alianças partidárias, tão necessárias para construir a unidade no seio do povo, na luta pela sua liberdade.
Esta luta, sob a regressão anti democrática das contra reformas pós Constituinte, também requer a “unidade na desigualdade”, e a “coesão” com respeito pela “autonomia”.
A Federação de partidos, de raiz nacional e popular, comprometidos com a Democracia e o Desenvolvimento da Nação, munidos de uma política e de uma prática de Frente Ampla, é um bom caminho para derrotar a ameaça fascista, o obscurantismo e dar um fim ao genocídio do povo brasileiro.
Ulysses raciocinava sobre a desigualdade regional que enfraquece a Nação, compreendia a necessidade de fortalecer a unidade nacional, elevar a coesão, com democracia, com diálogo, com luta politica, com respeito à formação social e politica construída ao longo da história, como caminho para unir, sem submeter de forma autoritária, sem hegemonismos, regionais ou partidários.
A Federação de partidos é necessária, não apenas por respeito à história de partidos longevos ou ideológicos, mas pela sobrevivência da Democracia e da Nação.
O Brasil é muito grande, rico e cobiçado. Enquanto houverem partidos hegemonistas e alianças partidárias frágeis, frágil será a democracia e não haverá Nação forte.
Mais do que nunca é preciso fazer avançar as bandeiras da unidade, unir o povo e libertar o Brasil.
“A Federação é a unidade na desigualdade, é a coesão pela autonomia das províncias. Enquanto houver Norte e Nordeste fracos, não haverá na União Estado forte, pois fraco é o Brasil.” (Ulysses Guimarães)
Miguel Manso é Engenheiro Eletrônico e de Telecomunicações pela EESC-USP em São Carlos.