Protesto em frente ao consulado dos EUA denuncia golpes, intervenções e bloqueios

Atividade reuniu integrantes de organizações sindicais e populares em SP; Trump e Bolsonaro foram os principais alvos

Protesto em frente ao consulado dos EUA denuncia golpes, intervenções e bloqueios

Protesto em frente ao consulado dos EUA denuncia golpes, intervenções e bloqueios

Atividade reuniu integrantes de organizações sindicais e populares em SP; Trump e Bolsonaro foram os principais alvos

Redação

Brasil de Fato | São Paulo |

 


Manifestantes denunciaram golpes e tentativas de intervenção na América Latina - Intersindical

Cerca de 50 manifestantes protestaram na manhã desta sexta-feira (16) em frente ao Consulado dos Estados Unidos em São Paulo (SP) para denunciar ações do imperialismo na América Latina.

Sindicalistas, estudantes e ativistas de dezenas de organizações, movimentos e partidos de esquerda chamaram a atenção para as guerras e tentativas de intervenção dos Estados Unidos no continente, assim como os bloqueios econômicos impostos a Cuba, Venezuela, Síria e Irã.

"Denunciamos as guerras e o genocídio praticado pelo governo dos Estados Unidos no Oriente Médio, a violência contra o povo palestino, e também a presença e participação dos EUA no último ciclo de golpes de Estado na América Latina: Honduras, em 2019, Paraguai, em 2012, Brasil, em 2016, e Bolívia, em 2019, além das várias tentativas de golpe na Venezuela", relata um dos manifestantes, Marcelo Buzetto, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O governo Bolsonaro e seu aliado, o presidente dos EUA, Donald Trump, foram os principais alvos. Para os manifestantes, o presidente brasileiro é submisso aos interesses estadunidenses e representa uma ameaça à soberania nacional. "Esse não foi um ato contra o povo dos EUA, mas contra seu governo", esclarece Buzetto.

Participaram do protesto integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Intersindical, da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União da Juventude Socialista (UJS), da União da Juventude Rebelião (UJR), do Partido Comunista Revolucionário (PCR), do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), da Esquerda Marxista, vinculada ao PSOL, da Marcha Mundial das Mulheres e da organização Liberdade e Luta.

As organizações se comprometeram a planejar um novo ato anti-imperialista em 31 de março, no mesmo local. A data é uma referência ao golpe civil-militar que derrubou o governo João Goulart e abriu caminho para uma ditadura apoiada pelos EUA, em 1964.


Presidente brasileiro também foi criticado por sua submissão a Trump / Divulgação / Semana Anti-Imperialista / Divulgação / Semana Anti-Imperialista

A atividade faz parte da programação da Semana Anti-Imperialista, realizada entre os dias 5 e 10 de outubro, organizada por movimentos populares de todo o mundo. O protesto em São Paulo foi remarcado em razão da chuva.

A Semana foi organizada pelas organizações Alba Movimentos e Assembleia Internacional dos Povos, em parceria com Via Campesina, Marcha Mundial de Mulheres, MST, plataforma Via Democrática (Marrocos), partidos comunistas do Nepal, da Espanha e de Portugal, Partido dos Trabalhadores da Tunísia, Partido Socialista da Zâmbia, Partido da Esquerda Europeia, Sindicato Nacional de Metalúrgicos da África do Sul e Frente Pátria Grande da Argentina.

Edição: Leandro Melito