Sob o efeito do Datafolha e pressão da CPI, Bolsonaro ora: “Peço a Deus que nos dê força para concluir o mandato”.

Apelo do presidente foi feito após ele ser recepcionado com protestos e atacar Lula em visita a Alagoas

Sob o efeito do Datafolha e pressão da CPI, Bolsonaro ora: “Peço a Deus que nos dê força para concluir o mandato”.

Sob o efeito do Datafolha e pressão da CPI, Bolsonaro ora: “Peço a Deus que nos dê força para concluir o mandato”.

Apelo do presidente foi feito após ele ser recepcionado com protestos e atacar Lula em visita a Alagoas

Por Ivan Longo

 

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Bolsonaro e Collor em Alagoas (Divulgação/Presidência da República)
 

 

Em visita ao estado de Alagoas, nesta quinta-feira (13), para “inaugurar obra já inaugurada”, conforme definiu o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o presidente Jair Bolsonaro se mostrou preocupado com a pressão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações e omissões do governo no combate à pandemia, a CPI do Genocídio, e também com os números da última pesquisa Datafolha, que mostram o ex-presidente Lula liderando com ampla vantagem a corrida pelo Planalto nas eleições de 2022.

A viagem ao estado do Nordeste já não começou da melhor forma para o ex-militar. Ele foi recepcionado com protestos por manifestantes que bloquearam as vias que dão acesso ao Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Rio Largo, sob os gritos de “genocida” e “fora, Bolsonaro”.

Já irritado, em Maceió, chamou o relator da CPI do Genocídio, Renan Calheiros, de “vagabundo” e incendiou apoiadores ao se referir a Lula como “ladrão nove de nove dedos”.

 

Depois, no ato de “inauguração” do Canal do Sertão Alagoano, em São José da Tapera, o presidente demonstrou seu temor com uma possível derrota nas eleições de 2022 e chegou a pedir “força” para conseguir concluir seu mandato.

Ao lado do senador Fernando Collor (Pros-AL), ex-presidente que sofreu impeachment em 1992, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso, colocando em dúvida o próprio sistema eleitoral pelo qual se elegeu, afirmando que a deputada Bia Kicis (PSL-DF) é a “mãe” da proposta e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que também estava no ato, é o “pai”. Logo na sequência, fez o apelo “divino” para que consiga se manter no cargo até a próxima eleição.

“Ninguém ousará mudar a cor da nossa bandeira, nem tolher a nossa liberdade (…) Só peço a Deus que nos dê força, sabedoria e coragem para enfrentar os desafios e concluir o nosso mandato, de modo que possamos dizer lá na frente que fizemos o melhor”, disparou.