NOTÍCIAS DE DOMINGO 18/04, DOS MAIORES JORNAIS DO PAÍS

FOLHA DE S.PAULO: Renda da classe média cai de 20?0% na pandemia CORREIO BRAZILIENSE: Sem escola, crianças ficam mais reféns da violência O ESTADO DE S.PAULO: Tratamento precoce da covid causa racha entre organizações médicas

NOTÍCIAS DE DOMINGO 18/04, DOS MAIORES JORNAIS DO PAÍS

NOTÍCIAS DE DOMINGO,DOS MAIORES JORNAIS DO PAÍS
 

Editado por Chico Bruno

Manchetes

FOLHA DE S.PAULO: Renda da classe média cai de 20% a 50% na pandemia

CORREIO BRAZILIENSE: Sem escola, crianças ficam mais reféns da violência

O ESTADO DE S.PAULO: Tratamento precoce da covid causa racha entre organizações médicas

O GLOBO: Aquisição de vacinas e cloroquina será  primeiro alvo da CPI da Covid

Resumo de manchetes

A manchete da Folha revela que ainda que os mais pobres formem a fatia mais vulnerável aos efeitos da Covid-19, com forte retração nos ganhos especialmente entre os que dependem do trabalho informal, a pandemia também impõe perdas para as camadas médias, mostra análise dos números da Pnad Contínua. Oito em cada dez famílias em que o rendimento mensal com o trabalho fica acima de cinco salários-mínimos perderam renda no quarto trimestre de 2020 ante igual período do ano anterior, e em termos reais, já considerada a inflação, segundo o levantamento feito pela consultoria IDados. A maior parte desses domicílios de maior renda perdeu entre 20% e 50% do que costumava ganhar por mês, sendo que 7% dessas famílias ficaram sem nenhum salário. o desemprego no país era de 14,2% no trimestre que vai de novembro até janeiro, o equivalente a 14,3 milhões de pessoas na fila por um trabalho. O desemprego no país era de 14,2% no trimestre que vai de novembro até janeiro, o equivalente a 14,3 milhões de pessoas. “As famílias enfrentam uma queda de qualidade de vida e de consumo, também pelo aumento da inflação”, diz Sandro Sacchet de Carvalho, do Ipea. As classes média e média alta foram as mais afetadas pelo aumento dos preços em março, sobretudo devido aos combustíveis. A manchete do Correio é sobre o afastamento do convívio escolar que constitui um fator adicional ao agravamento de uma epidemia brasileira: a violência doméstica. Dados monitorados pelo governo federal e pela Sociedade Brasileira de Pediatria indicam um aumento substancial de agressões a crianças e adolescentes. O contexto de isolamento da pandemia de covid-19 dificulta o recebimento de denúncias. A manchete do Estadão é sobre o chamado tratamento precoce da covid-19 que divide as organizações de médicos no Brasil. Também conhecido como kit covid, o receituário inclui medicamentos ineficazes ou sem benefício comprovado, como hidroxicloroquina e azitromicina. Médicos de todo o País, porém, prescrevem os remédios e algumas prefeituras distribuem o kit. Responsável por fiscalizar a atividade médica, o Conselho Federal de Medicina (CFM) dá aval à prescrição, com o argumento de que os profissionais têm autonomia para tomar decisões. Já a Associação Médica Brasileira (AMB), que reúne entidades de todos os Estados, publicou manifesto defendendo o banimento dos fármacos. A divisão vai além das instituições de representação médica. O cardiologista Bruno Caramelli, professor da USP, entrou com representação no Ministério Público Federal pedindo a abertura de inquérito contra o CFM. “Prescrever kit covid não é autonomia, é erro”, diz Caramelli. Para o Conselho Federal de Medicina, diante da falta de alternativas terapêuticas, cabe ao médico, com o paciente, decidir que remédio usar. Esse, porém, não é o entendimento de outras entidades científicas, que destacam a ineficácia e sugerem banir o chamado kit covid. O Globo revela em sua manchete que a maioria dos membros da CPI da Pandemia já definiu como a principal estratégia para verificar se houve recusa ou demora em firmar contratos para a compra de vacinas, e a aquisição de medicamentos do "Kit Covid", para descobrir quanto foi gasto com cloroquina e outros medicamentos. Além de ouvir os ex-ministros da Saúde de Bolsonaro, a oposição quer convocar o ex-chanceler Ernesto Araújo, que pode ter prejudicado o país na compra de imunizantes no exterior, por causa de sua atitude em relação à China.

Notícia do dia: Flávio Bolsonaro sofre acidente de quadriciclo no Ceará - O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) sofreu um acidente de quadriciclo neste sábado, no Ceará. Ele foi atendido na Unidade de Pronto de Atendimento do Pecém, na cidade de São Gonçalo do Amarante. A informação foi confirmada pelo GLOBO com profissionais do hospital e com o próprio advogado do senador, Frederick Wasseff. O senador sofreu uma luxação no ombro direito, de acordo com o advogado. — Acabei de falar com Flávio neste minuto. Ele está bem. Sofreu um acidente de quadriciclo, mas foi um tombo e uma luxação apenas. Ele volta amanhã para Brasília e fará ressonância magnética. Ele está bem. Foi tudo bem simples. Por ora, não há nenhuma previsão de cirurgia — disse Wasseff ao GLOBO. Segundo informações preliminares, o acidente teria ocorrido nas areias da  Praia da Taíba. O senador deixou a UPA do Pecém por volta das 19h deste sábado e foi atendido pelo médico Marvel Faber Pelucio Falcão, cirurgião geral, que postou uma foto com o senador no Instagram.

Notícias de 1ª página

‘O STJ perdeu a ossatura, não cumpriu seu papel’ - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, avalia que a Operação Lava Jato provocou um “colapso” no Judiciário, atingindo da primeira instância até o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em entrevista ao Estadão, Gilmar disse que essas instâncias sucumbiram a “pressões políticas” da força-tarefa que comandou a operação em Curitiba. “O STJ não cumpriu adequadamente seu papel”, afirmou. Expoente da ala garantista, Gilmar admite que a correção de rumos imposta pelo STF coincide com o momento em que a Lava Jato caiu em desgraça, mas afirma que isso se deve à “estrutura hierárquica do Judiciário”, na qual o Supremo é o último a se manifestar. O ministro ressalta que o Supremo anulou as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por questões meramente processuais, ao concluir que os casos não deveriam ter ficado em Curitiba. O STF não entrou no mérito se o petista cometeu corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “Não foi uma absolvição”, observou. Gilmar já fez duras críticas a posições adotadas pelo novato Kassio Nunes Marques que coincidem com os interesses do presidente Jair Bolsonaro, responsável por sua indicação. Mesmo assim, disse não ver riscos de uma Corte “bolsonarista” e afirmou que os vínculos políticos dos magistrados vão se “esmaecendo com o tempo”.

Presidenciáveis se unem em críticas a Bolsonaro - Reunidos virtualmente pela primeira vez para debater os desafios do Brasil, potenciais candidatos ao Palácio do Planalto fizeram ontem duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro e à conduta do governo federal na gestão da pandemia e em áreas sensíveis ao desenvolvimento do País, como meio ambiente, relações exteriores e educação. Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Fernando Haddad (PT) e Luciano Huck (sem partido) participaram do painel de encerramento da sétima edição da Brazil Conference at Harvard & MIT, evento organizado pela comunidade de estudantes brasileiros de Boston (EUA), em parceria com o Estadão. Quase sempre unidos em críticas ácidas ao presidente da República, eles também falaram em “convergência” num projeto de País e para derrotar Bolsonaro na eleição de 2022. Todos destacaram que é preciso “curar as feridas provocadas pela polarização política”. Em clima de cordialidade, os cinco possíveis candidatos ao Planalto listaram uma série de características do governo Bolsonaro consideradas antidemocráticas, como o enfrentamento às decisões do Judiciário e às tentativas de interferir nas polícias militares estaduais. Sem abordar diretamente a corrida eleitoral do ano que vem, nenhum dos debatedores citou a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal que tornou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegível novamente – e possível candidato em substituição a Haddad. A eventual polarização entre Lula e o Bolsonaro nas eleições tem forçado o chamado centro político a buscar mais rapidamente um projeto em comum. Com exceção do ex-prefeito, os demais participantes do debate já assinaram em conjunto, mês passado, um manifesto em defesa da democracia e contra o autoritarismo. Ciro, Doria, Leite e Huck – além do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta –, são apontados como os nomes possíveis hoje para tentar impedir que a disputa entre o petismo e o bolsonarismo se repita em 2022. Durante duas horas, os presidenciáveis defenderam que é preciso resgatar investimentos em ciência, tecnologia e infraestrutura – para a retomada do emprego –, mas dar prioridade, de forma urgente, ao atendimento da população mais pobre.

Depois de 14 anos, País deve ter contas externas no azul - Com um novo boom de commodities (produtos básicos, como petróleo, grãos e minério) no mercado internacional, o Brasil deve voltar a fechar as contas externas no azul após 14 anos. De acordo com o Banco Central, depois de um rombo de US$ 12,5 bilhões no ano passado – já considerado baixo para os padrões brasileiros – a estimativa é de saldo positivo de US$ 2 bilhões em 2021, o primeiro superávit desde 2007. A conta de transações correntes no balanço de pagamentos engloba todos os negócios do Brasil com o exterior, incluindo o saldo comercial de mercadorias e serviços, as remessas de lucros e dividendos e os juros pagos pelas empresas, além das transferências pessoais. A última vez em que o resultado ficou no azul foi no boom global das commodities do começo do século, quando o Brasil registrou superávits por cinco anos seguidos a partir de 2003. Até o fim de 2020, o BC previa um novo déficit de US$ 19 bilhões nas contas externas para este ano. Mas, com o aumento nos preços das commodities que o Brasil produz, o BC elevou a projeção de resultado para US$ 21 bilhões, o que resultará em saldo positivo de US$ 2 bilhões. Com as estimativas para as contas de serviços e de renda primária praticamente estáveis, a grande diferença veio na projeção para a balança comercial, que passou de superávit de US$ 53 bilhões para US$ 70 bilhões. Se o valor se confirmar, será o maior da história para o saldo comercial medido pelo BC. Pelas contas da instituição, somente as exportações devem alcançar US$ 256 bilhões este ano, superando o recorde de US$ 253,185 bilhões de 2011.

Mubadala quer o controle da Braskem - Ofundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, Mubadala, já negocia com a Odebrecht, rebatizada Novonor, a compra de sua fatia de 50,1% na Braskem. A venda da participação, dada como garantia a empréstimos tomados pelo grupo, está prevista no plano de recuperação judicial da Odebrecht. Para o Mubadala, que também está negociando com a Petrobras a compra da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), a aquisição da petroquímica viria em boa hora. A Petrobras é detentora do restante da Braskem e a impressão de fontes a par do caso é de que não deve se opor ao desinvestimento. Espera-se que a holandesa LyondellBasell retome as negociações pela mesma fatia. Em 2019, desistiu da compra no último minuto, por conta dos problemas com o acidente em Maceió. Procurada, a Novonor afirmou ser possível "que compradores diferentes tenham mais interesse em alguns ativos do que em outros, mas que o objetivo é vender a participação da Novonor na empresa consolidada." Pelo tamanho da Braskem, analistas comentam que a venda de toda a petroquímica para um consórcio, envolvendo tanto empresas internacionais quanto nacionais e fundos de investimentos, seria uma boa solução. Cada um ficaria com a parte que mais interessa. Por exemplo, Mudabala levaria os ativos da empresa no Nordeste, onde está a RLAM; e Ultrapar, que já mostrou interesse na compra de uma refinaria da Petrobras no Rio Grande do Sul, compraria os ativos naquela região. Analistas ponderam que tanto Mubadala quanto LyondellBasell têm dinheiro e capacidade de gestão para comprar sozinhas a Braskem inteira. Na Bolsa, a mineradora é avaliada em cerca de U$$ 7 bilhões. Nem tanto quanto valia quando a Lyondell apresentou sua proposta. À época, a petroquímica tinha valor de mercado de aproximadamente US$ 10 bilhões.

Cresce entre senadores pressão para investigar STF - Em paralelo às discussões em torno da CPI da Covid, senadores retomaram a carga nos últimos dias para levar adiante iniciativas para investigar e afastar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), além de propostas para mudar procedimentos relativos a decisões e mandato dos integrantes do tribunal. A pressão se iniciou novamente após decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que determinou a criação da comissão parlamentar de inquérito para investigar as ações e omissões do governo Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. A decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo na quarta (14). A CPI depois foi ampliada para investigar também repasses a estados e municípios. Senadores consideram que a corte invadiu as competências do Legislativo ao determinar uma ação que seria prerrogativa do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) —apesar de ter havido decisões semelhantes do STF nos governos Lula e Dilma Rousseff. A ordem para instalar a CPI da Covid, sob a justificativa de que os requisitos exigidos foram cumpridos (incluindo a assinatura de mais de um terço do Senado), incomodou mesmo parlamentares que eram a favor da comissão.

Bolsonaro dá as cartas na PF um ano após reunião - Na próxima quinta-feira (22), a reunião ministerial que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro dizia provar a interferência do presidente Jair Bolsonaro na autonomia da Polícia Federal completa um ano. Desde então, o presidente passou a dar as cartas na PF, mas também perdeu seis ministros que ocupavam assentos naquele encontro, 26% de seu primeiro escalão. Dois pediram para sair, enquanto quatro foram demitidos para solucionar problemas enfrentados pelo chefe do Executivo. O vídeo da reunião só se tornou público um mês depois, por decisão de Celso de Mello, então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Falas memoráveis foram proferidas no encontro. De Bolsonaro vieram manifestações como: "Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações"; "Não dá pra trabalhar assim. Fica difícil. Por isso, vou interferir! E ponto final, pô! Não é ameaça, não é uma extrapolação da minha parte. É uma verdade". O presidente também disse: "É putaria o tempo todo pra me atingir, mexendo com a minha família".

Esquerdistas na Cultura viram alvo de dossiês de radicais - Olavistas e outros radicais de direita que trabalham na Secretaria Especial da Cultura de Jair Bolsonaro têm elaborado dossiês fundamentados na orientação política de servidores que desejam que sejam exonerados ou promovidos. A secretaria tem se isolado no governo federal como reduto de seguidores do escritor Olavo de Carvalho e de radicais bolsonaristas à medida em que eles foram perdendo espaço em ministérios de maior destaque, nos quais se notabilizaram por discursos e políticas controversas (frequentemente sem fundamentação empírica) e falhas administrativas. O material costuma ser enviado à cúpula da secretaria, encabeçada por Mario Frias, geralmente por WhatsApp ou email, sem assinatura. Em planilha chamada "mapeamento Funarte 2020-2021", obtida pelo Painel, seis servidores aparecem como militantes esquerdistas ou do PT e que por isso devem ser exonerados. "Servidora, há anos e é militante esquerdista, tirar cargo de gratificação. Faz movimentos na Funarte contra governo. Companheira de Marcos Teixeira [Campos, presidente substituto da Funarte na gestão de Regina Duarte], turma do Humberto Braga [presidente da Funarte no governo Michel Temer (MDB)], levantar açãos contra o governo (sic)", consta na planilha. Dois que aparecem na lista de alvos da tabela foram exonerados recentemente: o coronel Lamartine Barbosa, que era presidente da Funarte, e Ivone Santos, chefe da representação regional Sul/Sudeste da fundação. Barbosa é citado sendo acusado de esconder informações e proteger falhas e Ivone, de tentar transferir a Funarte para SP. Em carta após ter sido exonerado da Funarte, revelada pelo Painel, Barbosa escreveu que não pôde aceitar imposições equivocadas de Mario Frias. O Painel procurou a Funarte e o Ministério do Turismo (ao qual está subordinada a secretaria de Cultura), mas não teve resposta a respeito da influência desses materiais sobre as tomadas de decisão na pasta, na secretaria ou na fundação.

Sem máscara - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mobilizou dois helicópteros oficiais para, fora da agenda, viajar neste sábado (17) para a cidade de Goianápolis (GO), a cerca de 190 quilômetros de Brasília. Sem o uso de máscara, o presidente decolou do Palácio do Alvorada e pousou em um campo de futebol cercado, em torno do qual pessoas de todas as idades se aglomeraram para receber os seus cumprimentos. Contrariando protocolos sanitários, Bolsonaro, que não usava máscara, estendeu a mão a várias pessoas que se espremiam na grade, incluindo idosos, do grupo de risco da Covid-19. Pelo que é possível ver nas imagens transmitidas na internet, Bolsonaro tirou fotos, apertou ao menos 144 mãos, passou a mão em seu rosto, tocou a cabeça de jovens e botou na cabeça o chapéu de uma criança antes de carregar um bebê no colo. A visita de Bolsonaro foi transmitida ao vivo pelo deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do PSL. Além de Vitor Hugo, estavam na comitiva o ministro da Defesa, o general da reserva Walter Braga Netto e o general da ativa Eduardo Pazuello, demitido há três semanas do Ministério da Saúde.

Governo já pagou R$ 1,7 bi por doses que não recebeu - O governo Jair Bolsonaro já pagou R$ 1,7 bilhão às farmacêuticas Pfizer e Janssen por vacinas contra a Covid-19 que ainda não recebeu. As autorizações para os pagamentos ocorreram três dias após o anúncio da assinatura dos contratos, mas não há data para a entrega de imunizantes, apesar dos depósitos feitos. O Ministério da Saúde autorizou ainda os pagamentos de R$ 2,3 bilhões a outras duas farmacêuticas que fecharam parcerias para a entrega de vacinas: a União Química, fornecedora do imunizante russo Sputnik V, e a Precisa Medicamentos, responsável pela indiana Covaxin. Nestes casos, a fase da despesa é o empenho, uma autorização para gastos futuros. Todos os dados estão disponíveis no Portal da Transparência, alimentado pelo governo federal. Depois de um atraso de meses na atualização desses dados pela CGU (Controladoria-Geral da União), as informações passaram a ficar disponíveis. As novas inserções permitem saber como o governo está gastando parte dos R$ 20 bilhões liberados de forma emergencial para a compra de vacinas. O dinheiro foi destravado por uma MP (medida provisória) assinada por Bolsonaro em dezembro. Os dados sobre pagamentos foram confirmados ainda no Siga Brasil, o sistema do Senado com informações sobre a execução orçamentária federal, baseadas no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira).

Brasileiros na Europa relatam ofensa por variante - O descontrole da pandemia no Brasil e a preocupação com as variantes identificadas no país já fazem com que brasileiros residentes na Europa sejam alvo de discriminação e comentários ofensivos. Eles são acusados de disseminar a Covid-19 no continente. Na França, que na última terça-feira (13) determinou a suspensão temporária dos voos com o Brasil devido à situação sanitária, as redes sociais estão repletas de publicações, vídeos e memes ofensivos aos brasileiros, muitos reunidos sob a hashtag #VariantBresilien (variante brasileira). As postagens são particularmente dirigidas às brasileiras, com associações a prostituição, promiscuidade e calcinhas fio dental. Também há piadas com o sotaque e com a aparência das mulheres. Com o país em lockdown, as agressões são sobretudo online, mas não se restringem ao universo virtual. Brasileiros em Portugal, onde os voos diretos com o Brasil estiveram suspensos entre 29 de janeiro até a última sexta-feira (16), também relatam episódios de discriminação. Nas redes sociais e em reportagens sobre a situação da pandemia no Brasil, há muitas acusações de que os brasileiros levariam a Covid-19 para o país. As responsáveis pelo projeto Brasileiras Não se Calam, que reúne relatos de discriminação no exterior, dizem ter notado que, em muitos casos em Portugal, a pandemia é usada como justificativa para a xenofobia. Além dos brasileiros, a comunidade chinesa também relata aumentos nos casos de discriminação e agressões. Em uma extensa reportagem no semanário Expresso, chineses de diferentes faixas etárias e classes sociais relatam episódios em que também foram acusados de disseminar o coronavírus no país. “Desde que começou a pandemia comecei a sentir mais violência no discurso tanto no espaço público como nas redes sociais”, afirmou a luso-chinesa Michelle Chan, membro da ONG SOS Racismo, em entrevista ao jornal. Devido à pandemia, a entrada de turistas brasileiros está proibida na União Europeia desde março de 2020. As viagens só são autorizadas para pessoas com dupla cidadania ou residência legal em algum Estado-membro, além de algumas exceções para deslocamentos classificados como essenciais.

Produção de máscaras está uma loucura hoje - Nascida a partir de duas máquinas de meias adquiridas pela família, anos depois da morte do patriarca joalheiro na epidemia de febre amarela do fim do século 19, a Lupo completou cem anos no mês passado. Quando a Covid-19 chegou, a empresa improvisou uma produção de máscaras para doar, o que desencadeou uma linha para vender. Hoje, fabrica 250 mil unidades por dia, com fila de espera até junho, segundo Liliana Aufiero, herdeira e presidente da Lupo. "Eu preferiria que não tivesse fila de espera e acabasse a pandemia. Corta a produção", afirma. Vacinada, ela diz que não usa máscara ao ar livre, e que, por isso, compreende a postura de Bolsonaro quando ele aparece em público sem a proteção. A Lupo teve de parar a fábrica em Araraquara, cidade que fez lockdown para conter o vírus, mas Aufiero questiona a eficácia da medida.

Destaques

Caminhoneiros vão cobrar - Representantes da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos se reúnem na terça-feira (20) com Tarcísio de Freitas (Infraestrutura). Os caminhoneiros afirmam que vão cobrar calendário de vacinação para a categoria e solução para o aumento do preço dos combustíveis. Outro tema que será levado ao ministério, segundo eles, é o pedido de atuação mais firme da ANTT (Associação Nacional de Transportes Terrestres) na fiscalização do cumprimento da tabela de frete pelas empresas.

Aziz e Renan suspeitos de desvio de verba - Indicados para a presidência e para a relatoria da CPI da Covid, que vai investigar a conduta de autoridades e o uso de verbas federais no enfrentamento da pandemia, os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) respondem na Justiça por suspeitas envolvendo o desvio de recursos públicos. Aziz é suspeito de irregularidades na área da saúde quando governou, entre 2010 e 2014, o Amazonas, estado com um dos mais graves quadros na crise sanitária. Em relação a Renan, as suspeitas estão vinculadas à Operação Lava Jato. Em notas enviadas por suas assessorias de imprensa, os dois parlamentares negaram envolvimento em ilícitos.

Impeachment de Bolsonaro é perda de tempo; vamos ganhar no voto, diz Paes - Mobilizar um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro é “perda de tempo”, e os partidos de centro devem construir consensos mínimos para oferecer uma alternativa em 2022 e “vencer no voto”, afirma o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM). O voto de Paes, neste momento, está direcionado para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Ele inclusive ofereceu o DEM para abrigar o projeto presidencial do gaúcho caso o embate interno com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não se solucione. “Tem um dever de casa do DEM, de modernizar o partido, se colocar como uma alternativa no projeto nacional a partir de 2022 e, eventualmente, atrair o Eduardo Leite. Não tenho problema em apoiá-lo no PSDB, mas as circunstâncias dele lá não conheço”, afirmou. Na quinta-feira (15), Paes divulgou que contraiu pela segunda vez a Covid-19 —estava com sintomas leves, como gripe e tosse. À Folha ele afirmou não ver crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente, classificando seus atos como “verborragia”. Ele comparou as tentativas de tirar Bolsonaro do cargo ao processo contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), cujo afastamento ele considera um erro. “Não acho que temos de fazer, como fizeram com a Dilma, ficar todo dia pedindo impeachment. Vamos ganhar no voto. A não ser que seja um motivo que junte o crime de responsabilidade com a dimensão política que um processo desse deve ter”, declarou, em entrevista, na última quarta-feira (14).

TCU aponta omissão de general Braga Netto - A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda aos membros da Corte a abertura de um processo para averiguar a conduta do ministro da Defesa, general Braga Netto, no combate à covid-19 no período em que comandou a Casa Civil e coordenou o Comitê de Crise do governo. O documento elaborado pela área técnica, ao qual o Estadão teve acesso, aponta "graves omissões" do general. Entre elas, "não ter contribuído da forma que seria esperada para a preservação de vidas". No TCU, o processo tem a relatoria do ministro Vital do Rêgo. Ele ainda analisa se vai acolher a sugestão e, para isso, tem mantido conversas com os demais integrantes da Corte. A eventual abertura do processo de representação pode ampliar o cerco sobre os erros do governo na gestão da pandemia, que já deverão ser esmiuçados pela CPI da Covid, no Senado, prestes a iniciar os trabalhos. Além disso, o processo aprofundaria o desgaste do presidente Jair Bolsonaro por significar um carimbo de ineficiência sobre mais um militar de seu núcleo duro diretamente envolvido no enfrentamento à principal crise do Brasil. Na Casa Civil, Braga Netto foi designado por Bolsonaro para coordenar o Comitê de Crise da pandemia. Entre as atribuições, estavam articular e monitorar ações governamentais, bem como assessorar o presidente na pandemia. É exatamente no desempenho dessas atribuições que os auditores identificaram falhas. O TCU também mira outro militar, o atual coordenador do comitê, Heitor Freire de Abreu, subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil. Na avaliação dos técnicos, ele também não contribuiu "da forma que seria esperada para a preservação de vidas". A iniciativa do tribunal é uma consequência de auditorias e recomendações que apontaram a inexistência de diagnósticos e diretrizes para o combate à doença. A área técnica entende que o comitê de crise omitiu-se diante de temas cruciais, como no monitoramento do consumo de oxigênio, emissão de diagnóstico sobre a segunda onda de contaminação e em projeções sobre a disponibilidade de leitos para pacientes com a covid-19. Uma auditoria realizada pela Secretaria-Geral de Controle Externo do TCU, entre 25 de janeiro e 19 de fevereiro, viu falhas no trabalho do comitê e transferência de responsabilidades ao Ministério da Saúde. "Constatou-se que inexistem diagnósticos elaborados que contenham as informações supracitadas (sobre diagnósticos conjuntos), bem como inexistem novas diretrizes voltadas especificamente para o enfrentamento à segunda onda de Covid-19", diz trecho do documento, de 15 páginas.

Empresários aceleram busca por via de centro - Diante do cenário de possível acirramento da polarização Lula versus Jair Bolsonaro, parte do empresariado pisa no acelerador atrás de um candidato único e viável de “centro”. De forma orgânica, representantes dos setores produtivo e financeiro trocam impressões no WhatsApp e agendam conversas por videoconferência com presidenciáveis. Têm pressa por uma definição do nome ainda neste ano. Se a busca fosse resumida em um anúncio de emprego, seria: procura-se candidato motivado, com ideias novas, carisma e, se possível, alguns votos. A Coluna conversou com representantes do setor produtivo, financeiro, e lideranças empresariais, especialmente de São Paulo, mas também de outros Estados. Eles participam de grupos de WhatsApp que variam de 10 a 20 pessoas. Os empresários conversam ainda sobre o cenário político com dirigentes partidários e políticos experientes, como Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer, ACM Neto e Gilberto Kassab. Por centro, consideram: governadores João Doria (PSDB-SP) e Eduardo Leite (PSDB-RS), Luiz Henrique Mandetta (ex-ministro da Saúde) e Luciano Huck (apresentador de TV).

Na mira da CPI, Pazuello deve ganhar cargo no Planalto - O ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, deve ganhar nos próximos dias o comando da Secretaria Especial de Modernização do Estado (Seme). Neste sábado, Bolsonaro, em uma demonstração de confiança no militar que deve ser um dos principais alvos da CPI da Pandemia, levou o ex-ministro para uma viagem ao interior de Goiás, onde, sem máscara, causou aglomeração, apesar de o país registrar diariamente mais de 3 mil mortes por dia. A secretaria de Modernização é subordinada à Secretaria-Geral da Presidência, chefiada pelo ministro Onyx Lorenzoni, e atualmente tem à frente o procurador da Fazenda Nacional, Sérgio Augusto de Queiroz. Se confirmado no cargo, Pazuello passará a despachar do Palácio do Planalto. A expectativa é que a nomeação seja publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União. Segundo fontes de governo, a Seme foi a solução encontrada para abrigar Pazuello, que deixou o Ministério da Saúde no dia 23 de março, data da publicação no Diário Oficial. Sem encontrar um cargo para o ex-ministro imediatamente, o general acabou retornado às suas funções no Exército, mas com a promessa do presidente de que voltaria ao governo. Inicialmente, chegou a ser cogitado entregar um ministério para que Pazuello mantivesse o foro privilegiado, o que gerou disputa no governo. Outros cargos também foram considerados para dar uma “saída honrosa” para o ex-ministro, o que não ocorreu também devido à resistência interna. A secretaria especial não tem direito a foro privilegiado. O ex-ministro responde a um inquérito que apura a responsabilidade na crise na saúde pública de Manaus, que registrou falta de oxigênio medicinal em hospitais em janeiro. O inquérito corria inicialmente no Supremo Tribunal Federal (STF), mas no dia 24 de março o ministro Ricardo Lewandowski determinou o envio do processo para a primeira instância após Pazuello ter sido demitido por Jair Bolsonaro e, portanto, perder o foro privilegiado. A defesa do ex-ministro, no entanto, segue sendo feita pela Advocacia-Geral da União.

Pandemia de Covid-19 leva evangélicos a criticarem Bolsonaro - A gestão da pandemia do novo coronavírus tem provocado fissuras na base formada por líderes religiosos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro. Alguns pastores evangélicos que votaram nele há dois anos já falam em terceira via para as eleições de 2022, enquanto outros admitem que o apoio ao presidente persiste apenas para evitar a volta do PT ao poder. Nem o empenho do governo federal para manter templos abertos durante a crise sanitária melhorou o humor de parte de sua base. A redução do entusiasmo com o mandatário começou a ficar clara em 29 de março, quando Bolsonaro fez uma convocação para um “dia do jejum”. No ano passado, 36 líderes evangélicos gravaram um vídeo em que atendiam “à proclamação santa feita pelo chefe supremo da nação”. Este ano não houve vídeo. A cerimônia, realizada no mesmo dia em que foi anunciada a troca de seis ministros, teve a presença de três lideranças. O pastor Samuel Câmara, da Assembleia de Deus Belém, aparecia no vídeo do ano passado, mas hoje tem restrições ao presidente. — O exercício do poder tende a desgastar, e a pandemia tem participação nisso. Gostaríamos que o presidente fosse mais protagonista. Acho que em alguns momentos ele é extremamente inflexível — disse. Câmara defende o uso de máscara e a vacinação e acredita que essas medidas devem se sobrepor às convicções pessoais de Bolsonaro. — Se houver uma terceira via, creio que o apoio (a Bolsonaro) será menor — disse. Líder da Igreja Plenitude do Trono de Deus, emergente entre as neopentecostais, o apóstolo Agenor Duque condenou a troca de André Mendonça por Anderson Torres no Ministério da Justiça e a entrada da deputada Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo. “O jejum não era para o meu Deus”, escreveu o pastor, que, no ano passado, também aparecia no vídeo pró-Bolsonaro. Procurado, o apóstolo não retornou. Líderes evangélicos ainda apoiam Bolsonaro com o objetivo de evitar a volta do PT à Presidência, na opinião do pastor batista Carlito Paes, líder da Igreja da Cidade de São José dos Campos. “Penso ser um erro, porque este ato pode ser lido pelo governo como apoio incondicional e (levar o governo a que) cometa novos erros”, escreveu no Twitter, no começo de março. Apesar da crítica, Paes já rezou com Bolsonaro depois que ele foi eleito presidente e chegou a tentar indicar nomes no Ministério da Educação. Desde que assumiu o poder, Bolsonaro sempre obteve seus melhores índices de aprovação entre os evangélicos. Em abril de 2019, pesquisa do Datafolha mostrava que 42% dos eleitores desse grupo consideravam o governo como ótimo ou bom. Em março deste ano, esse número era de 37%. Apesar da redução, os evangélicos ainda avaliam Bolsonaro melhor do que a média da população. Segundo o Datafolha, o percentual geral dos que consideram o governo ótimo ou bom é de 30%.

Após desgastes, chefe da Inteligência sai das sombras - Poucos integrantes do governo têm acesso irrestrito ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, está nessa lista seleta de visitantes com passe livre. Aos finais de semana, ele costuma levar informações estratégicas a Jair Bolsonaro. Nos últimos meses, porém, o chefe do serviço secreto brasileiro ficou desgastado após ter sido envolvido num suposto caso de arapongagem junto com a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), conforme revelou a revista “Época” em dezembro. Acossado, Ramagem tem adotado um plano de marketing pessoal, atípico para a sua função, ao tentar melhorar a sua imagem. O diretor-geral da Abin tinha um perfil no Twitter desde outubro de 2012, mas, devido à discrição exigida para ocupar o seu cargo, participava pouco da rede social. Costumava apenas curtir posts do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente. No último dia 6 de abril, Ramagem decidiu reativar a sua conta, um movimento que nenhum de seus antecessores havia feito até então. Sob pressão, Ramagem decidiu virar uma figura pública e divulgou a conclusão de uma sindicância que, segundo ele, teria inocentado a agência no episódio de produção de relatórios de inteligência fornecidos clandestinamente à defesa do filho do presidente. Além de reativar o Twitter, o diretor-geral da Abin criou contas no Instagram e no YouTube para falar sobre o mesmo assunto que o colocou na berlinda. O propósito original de Ramagem era usar as suas redes sociais para se defender e retocar a imagem da agência. Mas ele tem aproveitado para se engajar nas pautas do governo e, assim, tentar agradar o presidente. Desde 6 de abril ele passou a compartilhar publicações institucionais de Bolsonaro a respeito da distribuição de vacinas, divulgou o leilão de concessão de aeroportos realizado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e compartilhou publicações de diversos outros ministros. Além disso, endossou críticas à imprensa feitas pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Essa investida gerou rumores nos bastidores do governo de que Ramagem estaria se movimentando para se lançar candidato a deputado nas eleições de 2022. Perguntado por amigos sobre esse assunto, ele desconversa e diz não ter planos políticos. Em conversas reservadas, o chefe da Abin reclama de ter se tornado alvo de ataques da imprensa e diz que buscou as redes para ter um canal direto de comunicação.

Para ex-ministros, agenda ambiental perdeu fôlego no país - Em um panorama distinto ao de outros países, ex-ministros do Meio Ambiente e especialistas avaliam que a agenda ambiental vem perdendo espaço no debate político brasileiro. O movimento ocorre, para eles, pela atenção do eleitorado a temas mais “urgentes”, como saúde e educação, ou por desinteresse do governo federal. Titular da área, o ministro Ricardo Salles é alvo de duas ações sob a suspeita de agir para atrapalhar investigações sobre madeireiras ilegais na Amazônia — caberá à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir se ele será formalmente investigado. No campo da representação, os números da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara são expressivos, mas os 216 integrantes não significam um amplo escopo de atuação. De acordo com o presidente do bloco, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), seis deputados federais participam ativamente das discussões: — Minha vida foi toda voltada para o meio ambiente, mas me capacitei para debater outros assuntos. Eleitoralmente, se dependesse apenas da agenda ambiental para ser eleito, não estaria onde estou hoje. Por outro lado, a maior parte dos 513 deputados da Câmara tem eleitores cientes da importância do meio ambiente e os cobram por isso.